24/05/2012
CINOMOSE, QUAL TESTE UTILIZAR?
A cinomose canina inicia-se com a inalação viral e replicação nas tonsilas e linfonodos bronquial. Quando este alcança a circulação, cerca de 2 dias após a infecção. Uma viremia célula associada, geralmente nos macrófagos, resulta em rápida disseminação e o vírus pode ser isolado de todos os tecidos linfóides e de linfócitos sanguíneos cerca de uma semana após a infecção.
A progressão da doença é determinada pela rapidez e eficácia ou não da resposta imune. A replicação viral resulta em linfocitólise, é um importante fator na determinação da manifestação clínica. Incapacidade para limitar a disseminação da infecção, permite a expansão desta para o sistema respiratório, urinário e sistema nervoso central. Pele, glândulas exócrinas e endócrinas são também afetadas. Infecções bacterianas secundárias a imunossupressão contribuem para o desenvolvimento de vários sinais clínicos que precedem a sintomatologia nervosa, já que os sinais de envolvimento do SNC geralmente não se manifestam até a 4a semana, caracterizando clinicamente o período de incubação de 1 a 4 semanas.
DENTRE OS EXAMES MAIS UTILIZADOS, LISTAMOS 5 EXAMES MAIS UTILIZADOS PARA DETECÇÃO DESTE VÍRUS:
Cinomose, Pesquisa do Corpúsculo de (inclusão) Lentz
Material: 2,0 ml de sangue total em EDTA
Condições de coleta: Jejum não obrigatório.
Método: Capa leucocitária.
Indicação: Realize apenas em filhotes com os primeiros sintomas clínicos, o resultado positivo é diagnóstico definitivo, mas o resultado negativo deve ser interpretado com muita cautela.
Cinomose – Imunocromatografia Ag
Amostra: 0,5 ml de soro ou plasma (EDTA), secreção vaginal, ocular ou líquor.
Método: Imunoensaio Cromatográfico - Antígeno. Sensibilidade 98,8% e
Especificidade 97,7%.
Condições de coleta: Jejum não obrigatório. A vacinação não influencia o resultado do teste. O soro ou plasma pode ser armazenado por até 7 dias entre 2 e 8 graus. Para armazenar por mais tempo congelar. Amostras hemolisadas ou
lipêmicas não afetam o resultado. Para coleta de secreções usar um swab sem
meio umedecido em soro fisiológico, enviar ao laboratório no mesmo dia.
Indicação: Este é um excelente método, pois é rápido e barato, recomendamos seu uso sempre que o animal apresenta os sintomas clássicos. Resultados falso negativos ocorrem quando a amostra certa não é avaliada, por exemplo, na fase neurológica da doença a amostra enviada deverá ser líquor pois pode ocorrer uma não liberação viral no sangue em secreções nesta fase da doença. Em outras fases da doença enviar sempre soro e secreção ocular.
Cinomose Imunofluorescência IgM
Material: 1 ml de soro
Método: RIFI IgM Sensibilidade 94,3% e Especificidade 98,8%. (Método de Referência)
Condições de envio: Refrigerado
Indicação: É o melhor método quando o animal está em fase aguda (3 a 4 semanas de exposição ao vírus). Vacinações em menos de 35 dias podem apresentar-se com falso positivos.
Cinomose Imunofluorescência IgG
Material: 1 ml de soro
Método: RIFI IgG com titulação.
Condições de envio: Refrigerado
Indicação: É mais utilizado em diagnóstico em animais que nunca foram vacinados para cinomose, títulos vacinais podem persistirem por até 3 anos. É ideal para se avaliar o status imune contra a cinomose, resultando em um teste para se avaliar a necessidade ou não de se revacinar o animal para cinomose.
Cinomose PCR
Material: Swab ocular, urina ou 2 ml de sangue total em tubo com EDTA.
Método: PCR
Condições de coleta: Respeitar intervalo de 21 dias após vacinação para que
não ocorra interferência do agente vacinal.
Condições de envio: Refrigerado