24/06/2022
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A cada três minutos, um bebê nasce com algum tipo de fissura labiopalatina no mundo. No Brasil, uma criança a cada 650 nascimentos é afetada por essa malformação congênita, que consiste na falha da fusão de lábio, de palato (céu da boca) ou ambos e causam problemas estéticos e funcionais que necessitam de reabilitação multidisciplinar, pois afetam diretamente a comunicação, a alimentação, a autoestima, as relações interpessoais sociais e profissionais.
O fonoaudiólogo assume um papel fundamental para o bem estar da pessoa com fissura. Atua junto ao paciente, à família, aos cuidadores e à equipe multidisciplinar buscando favorecer a alimentação oral e o desenvolvimento global referente à linguagem, à fala, à audição evitando atrasos e ajudando no desenvolvimento infantil. Os procedimentos fonoaudiológicos, inclusive, favorecem a estética facial.
No último dia 13 de junho, o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei nº 6565/2019, de autoria do deputado Pedro Uczal, cujo objetivo é instituir o Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina. O texto foi encaminhado para sanção presidencial e, se sancionado, esse data passará a ser celebrada anualmente em 24 de junho, fazendo referência à fundação do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, pioneiro e centro de referência no tratamento e pesquisa das anomalias craniofaciais congênitas, síndromes associadas e deficiências auditivas, que ocorreu em 24 de junho de 1967.
O CFFa atuou incessantemente para que o projeto fosse discutido, votado e aprovado pelo Congresso Nacional. Entendemos que com essa legislação haverá maior visibilidade sobre o tema, permitindo que a sociedade se aproprie acerca dessa malformação congênita, como também das possibilidades de tratamento.