30/10/2025
Você já ouviu falar no nervo vago? Ele percorre do cérebro até órgãos como coração, pulmões, fígado, intestino e rins, e carrega mais de 75% das fibras do sistema nervoso parassimpático, que é responsável por ativar o modo “descanso e recuperação”.
Enquanto o sistema simpático prepara o corpo para lutar ou fugir, acelerando batimentos e liberando energia rápida, o nervo vago faz o contrário: desacelera o coração, regula a respiração, melhora a digestão e ajuda o corpo a economizar energia. Ele é o fio invisível que conecta o cérebro ao corpo, ajustando em tempo real as respostas fisiológicas para manter o equilíbrio interno.
Mas o mais fascinante é que cerca de 80% das fibras do nervo vago são sensoriais. Ou seja: ele não só leva comandos do cérebro aos órgãos, como também traz informações de volta, funcionando como um “sexto sentido” que informa ao cérebro como está o estado interno do corpo.
A força desse nervo é chamada de tônus vagal. Quando o tônus é alto, você tem mais resiliência ao estresse, menor risco cardiovascular, digestão eficiente e maior capacidade de regular emoções. Já um tônus baixo está ligado a ansiedade, inflamação, pior recuperação ao estresse e até queda na imunidade. Estudos mostram que pessoas com maior tônus vagal lidam melhor com pressões do dia a dia, têm emoções mais estáveis e até melhor desempenho cognitivo.
E como aumentar esse tônus? Uma das formas mais simples é pela respiração lenta e profunda. Inspirar e expirar de forma ritmada (em torno de 6 respirações por minuto) aumenta a variabilidade da frequência cardíaca (HRV), um marcador direto de saúde do nervo vago. Técnicas de respiração, yoga e meditação já mostraram em estudos melhora do HRV, redução do estresse e até melhora da qualidade do sono.
Resumindo: cuidar do nervo vago é cuidar do eixo que conecta corpo e mente!