07/01/2022
E aí, você costuma confundir prazer com felicidade?
Seria um problema? ... Longe disso, mas precisamos compreender as diferenças!
Neurofisiologicamente falando, o prazer é efêmero por natureza, cessa muito rápido, além de ser muito pontual, comenta nossa Psicóloga Letícia S. Pozza.
Estudos apontam que o cérebro tem uma característica que é chamada de "habituação". Quando temos uma experiência de prazer nova, a descarga de neurotransmissores que ocorre no cérebro é bastante inusitada; traz uma sensação de prazer muito intensa. A questão é que nos habituamos a esse estímulo, isto é, quando tentamos repetir a experiência, já não sentimos a mesma coisa. O prazer está fadado a ser limitado!
Já com a felicidade não funciona assim...
Alegria e bem-estar são um tipo de prazer, é verdade, mas essas são emoções positivas que fazem parte da felicidade, mas não são o mesmo que felicidade. E na sociedade de consumo em geral, o prazer é vendido sob o rótulo de felicidade. Sabe por quê?
Porque é uma busca incessante do ser humano: Ser feliz! E daí acontece uma tremenda confusão de conceitos...
"Felicidade" é uma avaliação que o sujeito faz da própria vida, e que inclui um predomínio das emoções positivas em detrimento das negativas. E no entendimento desse 'balanço', na eterna "matemática emocional" que chegamos à conclusão se somos mais ou menos felizes, esclarece nossa Psicóloga.
Ser feliz é construção subjetiva, ter prazer é mero resultado de uma ação. Uma é companhia eterna e a outra, uma presença finita.
Ok?