28/09/2022
A quantidade de açúcar no sangue tem relação direta com o bom funcionamento dos rins. A atividade renal e o índice glicêmico estão conectados por mecanismos complexos, e controlar o nível de açúcar é fundamental no tratamento do paciente renal.
Tanto a hiperglicemia (aumento de açúcar ou glicose no sangue) quanto a hipoglicemia (diminuição de açúcar ou glicose no sangue) podem ser prejudiciais para o paciente com insuficiência renal.
Cerca de 42,3% das pessoas com diabetes possuem algum grau de comprometimento renal. Isso ocorre porque o excesso de açúcar no sangue causa danos aos vasos sanguíneos do rim, prejudicando a filtragem e eliminação de toxinas — entre elas, o próprio açúcar. É um verdadeiro efeito ""bola de neve"".
🔸 A hiperglicemia pode danif**ar inúmeros órgãos, pois o excesso de açúcar f**a cristalizado nos vasos sanguíneos. Entre os órgãos mais prejudicados estão os rins, levando à insuficiência renal, e o coração podendo levar à insuficiência cardíaca.
Por outro lado, a hipoglicemia também é um risco. A médica endocrinologista Dra. Marcia Scolfaro Carvalho explica a relação: “Por mais estranho que pareça aos pacientes, os rins também são responsáveis pela produção de açúcar. Em momentos em que não conseguimos nos alimentar, rins e fígado nos protegem da queda glicêmica. Conforme os rins deixam de funcionar adequadamente, eles diminuem a produção de açúcar e aumenta a chance do doente renal crônico apresentar hipoglicemia. Conforme os rins diminuem sua função, a insulina produzida por nosso pâncreas deixa de ser filtrada e f**a acumulada no sangue, aumentando mais ainda o risco de hipoglicemia no doente renal crônicos.