20/08/2019
"O que é mesmo dependência emocional?
Dumbo era um elefantezinho que nasceu com orelhas imensas numa família de elefantes artistas de circo.
Desengonçado por conta de suas enormes orelhas, não sentia-se capaz, era sempre ridicularizado, auto-estima baixa e alvo de piadas.
Um dia o seu amigo, um ratinho, decide treiná-lo para voar usando suas orelhas como asas. Dumbo faz várias tentativas frustradas, mas sempre se esborrachava no chão, sempre repetindo: "eu sou um elefante... não vou conseguir, nunca vou voar!" O Ratinho, então, percebendo a descrença de Dumbo, quando encontra uma pena qualquer no chão e tem uma idéia e a entrega a Dumbo dizendo que é uma pena mágica que o fará voar.
Dumbo então passa a acreditar, tentar voar, mas dessa vez crendo no poder da pena... E com muito esforço, finalmente consegue.
Daí então ele experimenta uma posição diferente na vida, tudo é diferente, seus contextos, sua rotina, sua vida. Mas o problema de Dumbo foi nunca perceber que aquilo era uma capacidade dele, ao contrário, sempre atribuiu tal possibilidades a suposta pena mágica, que sempre segurava firmemente na pontinha da tromba.
Essa é a estrutura da dependência emocional. Por um instante parece que toda a sua vida só faz sentido se a pessoa objeto dessa dependência estiver presente.
Como se ela fosse a provedora de seu bem estar.
Mas é preciso perceber que por mais que você tenha se sentindo feliz ou diferente com uma pessoa, a sua felicidade está no que você descobriu ao lado dessa pessoa, não na pessoa em si.
Sua vida não para. E ninguém é o dono ou a dona da sua felicidade. O crédito não deverá ser dado à pessoa com quem você se sente feliz, mas a você mesmo por se permitir ser feliz ao lado de uma pessoa.
No final é você quem se entrega, você quem escolhe confiar e se entregar. Assim como essa pessoa, poderiam existir outras milhares de outras pessoas que te proporcionariam possibilidades de experiências iguais ou melhores. Ou seja, você é o responsável pela sua própria felicidade. Solte a pena! Voe com suas asas!"
Texto: Adelson Sousa