Psicóloga Áurea Spricigo

30/11/2025

Não podia me despedir de novembro sem mencionar a roda de conversa “Acolher para Transformar: O Desafio das Organizações que Incluem”, que foi inspiradora e reconfortante.

Pude compartilhar sobre as especificidades de adultos com TEA, desafios para se inserirem no mercado de trabalho e como sua maneira diferente de ver e sentir o mundo pode enriquecer nossa experiência na vida como um todo.

Sabe qual foi a melhor parte?

Ouvir dos participantes:
“Existe espaço para todos, só precisamos aprender a incluir e fazer do nosso mundo o mundo deles também”.

“Cada autista é diferente e precisa ser visto como pessoa, não como transtorno, porque a gente também tem coisas para ensinar”.

Dentre as práticas inclusivas que vêm sendo implementadas (e que precisamos expandir pra ontem) algumas me chamaram atenção:
• horário adaptado para evitar hora do rush
• marmita entregue no escritório para o colaborador TEA não enfrentar o refeitório tumultuado
• sala com redução de estímulos sensoriais
• orientação da gestão sobre comunicação e perfil do colaborador com TEA
• rodas de conversa para adultos com TEA.

Deu para sentir o cuidado, a sensibilidade e a seriedade, né? 🥹

Tive a alegria de dividir esse momento com uma profissional dedicada que mostrou, na prática, como as adaptações são feitas.

É raro ver iniciativas voltadas para adultos com TEA, e quando elas aparecem, minha esperança se renova. 🌟

Se você é um adulto com TEA: saiba que apesar de todas as dificuldades e invalidações que eu sei que você vive, hoje o mercado começa, aos pouquinhos, a entender a complexidade da sua condição e o quanto a comunidade autista tem a agregar.

Se você é neurotípico: pesquise sobre TEA. Muito provavelmente alguém que trabalha com você tem o diagnóstico e não se sente à vontade para compartilhar por falta de compreensão externa. Informação também é inclusão e a inclusão não acontece só de cima para baixo: acontece entre todos nós.

Quanto mais gente souber acolher e respeitar, maior o crescimento da sociedade como um todo.

Agradeço o convite da e da que cuidadosamente idealizaram e realizaram este evento tão necessário. 🤍

11/11/2025

Inclusão não é convidar uma pessoa para uma festa e esperar que ela se adapte. É convidá-la e perguntar “o que eu posso fazer para você desfrutar desse momento?”

Referências:
Gross, J.J (2015). Emotion regulation: currente and future prospects. Psychological Inquiry, 26(1), 1-26.

Hirvikoski T, Boman M, Chen Q, et al. Individual risk and familial liability for su***de attempt and su***de in autism: a population-based study. Psychological Medicine. 2020;50(9):1463-1474. doi:10.1017/S0033291719001405

Horwitz, E. H., Schoevers, R. A., Greaves-Lord, K., De Bildt, A., & Hartman, C. A. (2020). Adult manifestation of milder forms of Autism Spectrum Disorder; autistic and non-autistic psychopathology. Journal of Autism and Developmental Disorders, 50(8), 2973-2986. https://doi. org/10.1007/s10803-020-04403-9

07/10/2025

Ontem foi dia de dialogar com acadêmicos de graduação da na Semana Acadêmica de Psicologia.

Abordei a temática da Avaliação Psicológica para Adultos com Altas Habilidades/Superdotação.

Os alunos me receberam tão bem que pude compartilhar as especificidades de uma avaliação direcionada à este público e os cuidados indispensáveis para realizar uma análise clínica criteriosa. Afinal, a Superdotação ainda é um campo desconhecido por muitos profissionais e os diagnósticos equivocados ainda são uma realidade no Brasil.

Também me senti esperançosa em relação ao futuro da Psicologia por poder presenciar alunos acolhedores, atentos e dedicados. 🙌

Obrigada ao professor e amigo pelo convite e por ser este profissional exímio em tudo que faz.

Ao término da palestra, sorteei um livro em que participei com um capítulo intitulado “Crianças Superdotadas sentem superemoções?” que escrevi com a .glaucethaisbarros que é uma psicóloga extraordinária e que tenho a sorte de tê-la como amiga.

Como vocês podem perceber, estou cercada de gente linda, elegante e sincera 🥹 rsrsrs e além de tudo competente e ética. 🤍

Obrigada a vocês que estão aqui, por acompanharem minha jornada e trazerem contribuições, questionamentos e apoio, a conscientização da Superdotação continua sendo uma luta conjunta e necessária. Vamos em frente! 💫

04/08/2025

🧠 Cada cérebro tem seu ritmo e cada pessoa se comporta da sua maneira.

Nem todo mundo se encaixa nas mesmas expectativas de desenvolvimento e de comportamento — e tudo bem! Inclusive, acho isso ótimo.
Imagina que tédio seria se fôssemos todos iguais…

“Os neurônios-espelho auxiliam no entendimento de como ações de outros podem afetar nossas próprias ações e cognições, mesmo quando estas não são reproduzidas, mas pensadas.”

Referência: FERREIRA, V. R. T.; CECCONELLO, W. W. e MACHADO, M. R. NEURÔNIOS-ESPELHO COMO POSSÍVEL BASE NEUROLÓGICA DAS HABILIDADES SOCIAIS. Psicol. rev. (Belo Horizonte) [online]. 2017, vol.23, n.1.

31/03/2025

Um recorte singelo para mostrar a complexidade das neurodivergências.

11/03/2025

É isso. 🍃

13/10/2024

Dificuldades vividas por mulheres autistas.

12/10/2024

Lutar contra quem você é só te tratará mais sofrimento, assim, aceitar a sua condição de superdotado(a) te permitirá reconhecer que também há características positivas em meio a toda a sua complexidade.

Existem muitos outros aspectos positivos em ser curioso e sensível, qual você mais gosta?

̧ão

10/06/2024

E pra você, que aprendizado foi valioso sobre superdotação?

̧ão

06/05/2024

Para trazer esse conteúdo pra você, analisei inúmeras pesquisas e gostaria de compartilhar especialmente o artigo que citei. ☺️

Então, segue a referência:
França-Freitas, M. L. P. D., Del Prette, A., & Del Prette, Z. A. P. (2014). Social skills of gifted and talented children. Estudos de Psicologia (Natal), 19, 288-295.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

23/04/2024

Dirigindo de casa até o consultório às 8:30 de uma terça-feira nublada ao som de Elis no volume 11, me parei pensando no refrão que diz “Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais” que me fez refletir sobre meus pacientes que buscam psicoterapia para não serem como os pais, para não repetirem os mesmos padrões intergeracionais, os medos, as dificuldades e a mentalidade sobre o mundo e a vida.

Que acreditam que “Viver é melhor que sonhar”.

Observando a estrofe que ela canta (com aquela presença impactante) “Quero lhe contar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo” me remeteu às sessões inicias, em que o paciente adentra o consultório sedento por acolhimento e validação, porque nunca encontrou nas relações algo que sempre almejou: ser ouvido atentamente.

E é aqui, nessa poltroninha branca, que alguns têm o encontro mais belo de suas vidas: o encontro consigo. É quando passam a entender a origem de seus traumas e se permitem ressignificá-los para desenvolver uma vida que valha a pena viver. (E eu facilito essa travessia e assisto tudo isso de camarote, que sorte a minha! 🥹)

A Psicologia está em tudo, é sobre a vida. É sobre entender, sentir, acolher, ressignificar e recalcular rotas.

Se Elis (que tanto admiro) me permitisse humildemente questioná-la, eu diria que não somos os mesmos e não vivemos como nossos pais, porque cada ser é um universo por si só, e que até repetimos alguns erros, mas é no anseio de acertar e tentar ser melhor a cada dia.

E você, o que pensa quando ouve essa música?

08/03/2024