07/08/2025
Endurance e Fibrilação Atrial: até que ponto o exercício é saudável?
O exercício físico é um dos pilares da saúde cardiovascular.
Mas será que existe um limite onde o treino deixa de ser protetor e passa a trazer riscos?
Estudos mostram que exercício moderado reduz o risco de fibrilação atrial, mas o treinamento intenso e prolongado por anos — comum em atletas de endurance — pode aumentar significativamente esse risco.
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🔬 O que a ciência diz?
📌 Mont et al. (2009) – Atletas de endurance têm risco até 5x maior de FA comparados à população geral.
📌 Andersen et al. (2013) – Existe uma curva em J: exercício leve/moderado protege, mas treinos extremos aumentam o risco.
📌 Calvo et al. (2012) – Mostraram fibrose atrial e áreas de baixa voltagem em atletas com FA, mesmo sem outras doenças cardíacas.
📌 Myrstad et al. (2014) – Homens idosos que participaram de múltiplas provas de endurance tinham risco 30% maior de FA.
📌 Malmo et al. (2016) – Em pacientes com FA, o exercício estruturado reduziu a carga de arritmia, mostrando que o problema está no excesso, não na prática.
📌 Flannery et al. (2025) – Ex-remadores de elite apresentaram risco 6,8x maior de FA. Quando havia predisposição genética (AF‑PRS elevado), o risco era ainda maior.
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🫀 Por que isso acontece?
• Remodelamento atrial
• Dilatação e fibrose
• Tônus vagal elevado
• Bradicardia sinusal
• Estresse oxidativo crônico
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✅ Conclusão:
O exercício é um remédio. Mas, como todo remédio, a dose faz a diferença.
👟 Mantenha-se ativo, mas com equilíbrio.
📈 E se você é um atleta veterano e sente palpitações, pausas ou desconforto… avalie!