Residência em Medicina de Emergência - HCV PR

Residência em Medicina de Emergência - HCV PR Página da Residência de Medicina de Emergência do Hospital Cruz Vermelha Brasileira - Paraná.

Temas da área de emergência, casos clínicos e tira-dúvidas sobre a própria residência.

HEART Score. Ferramenta essencial para o emergencista 🏥Não é novidade para ninguém que o atendimento a síndrome coronari...
31/01/2020

HEART Score. Ferramenta essencial para o emergencista 🏥

Não é novidade para ninguém que o atendimento a síndrome coronariana aguda (SCA) faz parte do dia-a-dia do médico emergencista. Existem diversos protocolos de atendimento para o correto manejo deste tipo de situação clínica.

Quando o paciente com dor torácica dá entrada no Departamento de Emergência, na vigente suspeita de SCA , o mesmo entra em um algoritmo de categorização. SCA com supradesnivelamento do segmento ST, SCA sem supradesnivelamento do segmento ST e angina instável.

Categoricamente, a condução do caso das duas primeiras situações se faz a nivel hospitalar de atendimento, seguindo protocolos especificos que não serão abordados neste post. Contudo, ao depararmos com o paciente sem alteração eletrocardiográfica especifica e sem alteração de marcadores de necrose miocárdica ( ex: troponina) , podemos encontrar um caminho nebuloso. Realmente este paciente não tem doença coronariana? Posso dar alta com segurança do meu departamento de emergência? Existe alguma forma de prever o risco cardíaco do meu paciente?

Diante desse dilema clínico ( que com certeza já ficou martelando na cabeça de muito emergencista) foi desenvolvida na Holanda uma ferramenta prática e especialmente voltada a emergência: O *HEART SCORE* !
history -> história, electrocardiogram -> eletrocardiograma, age -> idade, risk factors -> fatores de risco e initial troponin -> troponina inicial.

Cada uma dessas variáveis recebe uma pontuação , de 0 a 2, gerando uma somatória de 10 pontos. O escore é usado para guiar o manejo do paciente. Por exemplo, uma pontuação ≤ a 3 (de um possível 10) resulta em alta hospitalar sem mais te**es ( mortalidade de 1,7%). Score 4-6 ( mortalidade de 16,6%) - no protocolo do Hospital Cruz Vermelha é indicado estratificação de risco não invasivo ( ex: teste de esforço). Score 7-10 ( mortalidade de 50,1% nas próximas 6 semanas) -- conforme protocolo local sugerido estratificação invasiva ( ex: cateterismo).

Este sistema de classificação foi validado em diversos estudos desde sua criação em 2014. Uma análise de custo-efetividade indicou que o escore HEART poderia economizar 40 milhões de dólares anualmente na Holanda.
Obeservação então o grande impacto econômico e no gerenciamento de leitos hospitalares!

Referência: www.heartscore.nl

Dor abdominal no PS 🏥 Situações especiais!A dor abdominal é uma das principais queixas no atendimento ao paciente na eme...
28/01/2020

Dor abdominal no PS 🏥 Situações especiais!

A dor abdominal é uma das principais queixas no atendimento ao paciente na emergência. Segundo dados americanos, aproximadamente 8% das visitas aos departamentos de emergência são relacionada a queixa de dor abdominal. Inúmeras doenças podem ser relacionadas a este quadro álgico o que gera dificuldade no diagnóstico preciso desses pacientes.

Quando nos referimos a pacientes de alto risco de dúvida diagnóstica, podemos citas as 4 categorias abaixo:

1) Idoso
2) Paciente portador do vírus da imunodeficiência humana
3) Mulher em idade fértil
4) Pacientes com histórico cirúrgico prévio.

1) O Paciente Idoso:

- Mortalidade por abdome agudo chega a ser maior que a de dor torácica nessa faixa etária por falta de sinais clínicos precoces de doença grave e com indicação cirúrgica ( ex: peritonite é um achado tardio). Muitas vezes o abdome cirúrgico não se apresenta com dor localizada e a febre e leucocitose estão ausentes.
- Impressão clinica é mais importante que achados laboratoriais e de temperatura para a indicação de exame de imagem.
- O limiar para obter exames de imagem nesses pacientes é menor.
-Doenças das vias biliares são a maior causa de dor abdominal no idoso. Aumenta- se o risco também de obstruções intestinais, pancreatite hérnia, doença diverticular e causas vasculares.

2) Paciente portador do vírus HIV:

- Contagem do CD4 é de extrema importância
- Patologias abdominais semelhantes a população geral se CD4 > 200
- CD4< 200: Fazer pesquisa de espécimes>> Cryptosporidiu, Isospora, Cyclospora e Microsporidium.
- Maior risco de pancreatite induzida por dr**as - evento eu pode se fulminante.
- Incidência de cólica nefrética é maior nos pacientes usuários de inibidores de protease.
- Escore de Alvarado para apendicite é menos sensível para diagnóstico e a apresentação de apendicite é atípica nessa população ( sintomas tardios).
- Recomenda-se uso mais liberal de exames de imagem.

3) Mulher em idade fértil:

- Aumento do numero de possibilidades para diagnóstico ( causas ginecológicas e obstétricas)
- Solicitar SEMPRE : Beta-hcg.
- Um terço das mulheres em idade fértil com diagnóstico final de apendicite foram de inicio diagnosticadas erroneamente.
- Exame ginecológico pode também causar dúvida já que um quarto das mulheres com apendicite podem ter dor a mobilização do colo uterino ( critério maior de doença inflamatória pélvica).
- Consideração na gestante : Geralmente no 2º trimestre de gravidez o apêndice é deslocado para o quadrante superior direito do abdome, podendo em caso de apendicite a paciente referir dor abaixo das costelas ou mesmo flanco. USG de abdome e RNM em ultimo caso auxiliam o diagnóstico.

4) Pacientes com cirurgia abdominal prévia:

- SEMPRE perguntar: O senhor(a) já realizou cirurgias previas no abdome? e em SEGUIDA, procurar cicatrizes abdominais ( muitos pacientes não lembram de cirurgias prévias a que foram submetidos!)
- Paciente submetido a cirurgia bariátrica ( principalmente com anastomose em Y de Roux) tem maior risco de complicações >> PRECOCES: infecção de sitio cirurgico e vazamento em anastomose ( sinais como febre, taquicardia e leucocitose) e >>> TARDIOS: obstrução intestinal, hérnias internas, ulceras marginais. Nestes paciente sem indicado uso de TC de abdome com contraste venoso e oral.

Referência: Assessing abdominal pain in adults: a rational, cost-effective, and evidence-based strategy - EB Medicine Jun 2019.

O que é a Medicina de Emergência? Há quanto tempo existe esta especialidade? Como é o dia-a-dia do emergencista? Viver d...
23/01/2020

O que é a Medicina de Emergência? Há quanto tempo existe esta especialidade? Como é o dia-a-dia do emergencista? Viver de plantões...? Estas são algumas das perguntas que constantemente pairam na cabeça do estudante de medicina que seguir uma especialidade médica e também do médico já graduado e que conhece pouco desta especialidade tão ampla e importante! Criamos esta página com o intuito de facilitar e divulgar as informações referentes a Medicina de Emergência e estimular, em cada um de vocês, o gosto pela medicina do "primeiro contato" . Nós daqui da residência de Medicina de Emergência HCV-PR temos o prazer em ajuda-los.

Obrigado!

23/01/2020
23/01/2020

Endereço

Avenida Vicente Machado, 1310
Curitiba, PR
80420010

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Residência em Medicina de Emergência - HCV PR posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram