18/11/2025
Em muitas constelações realizadas pelo Descender Constelações, seja no atendimento individual ou em grupo… sempre tem um momento em que aparece aquele suspiro quase inevitável:
“Minha mãe…”
O cliente chega com um tema, relacionamento, dinheiro, saúde, trabalho, paralisia, sensação de vazio, mas, quando o campo começa a se abrir, quando as peças vão se revelando, lá está ela. Não como vilã. Não como causa de todos os problemas. Mas como raiz.
E, constelação após constelação, a mesma verdade se apresenta de forma silenciosa e muito precisa:
Era isso que precisava ser visto.
Porque, segundo a visão de Bert Hellinger, a relação com a mãe é a porta pela qual a vida nos alcança. E quando essa porta está pesada, quando há dor não vista, histórias mal compreendidas ou expectativas irreais, tudo na vida tende a emperrar. É como tentar caminhar com a alma olhando para trás.
E aí vem o ponto essencial, que sempre retorna como um eco amoroso:
Mesmo sem presença física, mesmo sem demonstração, muitas mães amaram do jeito que aprenderam a amar.
Às vezes, aprenderam com silêncio.
Às vezes, com dureza.
Às vezes, com ausência.
Às vezes, com marcas herdadas de seus próprios pais, rejeição, abandono, humilhação, lutas que a gente nem imagina.
Mas, ainda assim, elas lutaram para que seus filhos tivessem um destino diferente.
Esse foi o amor possível. O amor que lhes coube. O amor que puderam entregar.
E, quando o cliente percebe isso, quando deixa o julgamento, o ideal, o “deveria”, e olha para essa verdade simples, tudo muda.
O corpo relaxa.
O campo abre.
A vida volta a fluir.
Porque honrar a mãe é honrar a própria vida.
O resto é caminho.
# dores.