13/02/2020
Todos devemos estar alertos e atentos ao que rola na rede para assim orientar nossas crianças e adolescentes!!!
Vídeos em que dois adolescentes derrubam uma terceira pessoa, que cai de cabeça no chão, começaram a circular nas redes sociais e aplicativos de mensagens
Imagens gravadas em uma escola na Venezuela deixaram os pais em alerta
De acordo com especialista, “brincadeira” pode provocar traumatismo craniano e contusões cerebrais
Uma série de vídeos tomou conta dos grupos de WhatsApp desde o início da semana: neles, aparece o chamado “desafio da rasteira”, em que duas pessoas – na maioria dos casos, adolescentes – derrubam uma terceira pessoa no chão. Na maioria dos casos, ela cai de cabeça e sem nenhum tipo de amortecimento. A brincadeira se tornou viral e tem preocupado os pais, ainda mais em época de volta às aulas.
O primeiro vídeo a viralizar foi gravado neste mês em um colégio de Caracas, na Venezuela. Nas imagens, o menino que está no meio cai e bate violentamente com a cabeça no chão. O caso aconteceu no Colégio Santo Tomás Aquino, confirmou que o incidente aconteceu em sua instituição e disse que os estudantes envolvidos e seus representantes foram chamados. Lá, a “brincadeira” é chamada de “quebra-crânios”.
“Esse desafio na verdade é uma brincadeira boba, de mal gosto e que pode ser fatal”, afirma Dr. Fernando Gomes, neurocirurgião e neurocientista. De acordo com o especialista, a pessoa que cai no chão pode sofrer contusões graves, como traumatismo craniano e contusões cerebrais, dependendo da força do impacto da cabeça no chão.
Por isso, é importante alertar as crianças e adolescentes sobre os perigos da brincadeira, em todos os sentidos. “É claro que a criança que está no meio é a mais vulnerável, mas temos que orientar nossos filhos para que eles também não sejam as crianças da ponta, que derrubam um colega. Os riscos são grandes afirmou Dr. Fernando.
Com a divulgação do “desafio da rasteira”, um caso antigo voltou à tona e também viralizou nas redes sociais. Emanuela Medeiros, de 16 anos, bateu a cabeça no chão na Escola Municipal Antônio Fagundes, em Mossoró, no Rio Grande do Norte (RN). Ela sofreu traumatismo craniano, foi socorrida pela direção do colégio e levada ao Hospital Regional Tarcísio, mas morreu.
O caso aconteceu em novembro de 2019, mas começou a circular novamente nas redes sociais, como se a morte de Emanuela tivesse ocorrido agora por conta da nova brincadeira. Não é verdade. De acordo com a prima da vítima, em entrevista concedida na época do acidente, a estudante participava de uma brincadeira com outras duas pessoas que a seguraram e tentaram girá-la, como uma espécie de cambalhota. Durante o giro, ela caiu e bateu a cabeça no chão.
José Altemar da Silva, diretor da escola, contou que não tinha conhecimento a respeito da brincadeira e lamentou a situação. “Infelizmente foi uma fatalidade que não tivemos como evitar”, disse ele, em entrevista ao portal GazetaWeb. Ele também recomendou que os pais fiquem atentos ao que circula nas redes sociais.