Psicóloga Gabriela Bueno

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(contém spoiler)O filme “Aftersun” acompanha Callum e sua filha Sophie durante um período de férias juntos. O filme most...
21/08/2025

(contém spoiler)

O filme “Aftersun” acompanha Callum e sua filha Sophie durante um período de férias juntos. O filme mostra o dia a dia deles em um resort, mostrando momentos compartilhados entre pai e filha.

Assisti ao filme por conta do Clube de Palavras da e, conforme o objetivo, me fez refletir por dias e dias.. E após essa reflexão interna, entendi que precisava expressar em palavras o que eu tinha visto e entendido sobre o filme.. Então bora lá!

Em alguns momentos durante o filme, senti uma angústia quase física e até uma raiva de Callum. Por vezes, ele demonstra certa negligência ou falta de tato com a Sophie. Mas, ao mesmo tempo, é visível o esforço dele para ser um bom pai, para oferecer o que pode (mesmo não podendo muito).

Quando entendi que ele vivia com depressão, vi que o filme era muito mais do que apenas retratos de uns dias de férias e um homem tentando ser um bom pai rs. Não que isso justifique os descuidos, mas escancara a grande responsabilidade (e o risco) de deixar alguém com depressão cuidar de outro ser humano. Ele já mal consegue se cuidar, e ainda assim tenta cuidar de alguém que depende dele. É doloroso, mas também bonito de se ver essa tentativa.

O filme me fez pensar muito na Sophie também. Ela surge como uma criança/pré adolescente forte, com recursos internos para lidar com suas experiências. Essa diferença entre ela e o pai me parece profundamente ligada à infância: enquanto Callum cresceu em um ambiente marcado por negligência, desamparo, falta de acolhimento e pertencimento, Sophie sente que tem um lar, que é cuidada, que é amada. O contraste mostra de forma muito crua o impacto do cuidado e do afeto nos primeiros anos de vida.

O filme me deixou com muitas reflexões sobre cuidado, infância, vulnerabilidade e sobre como amor e descuido podem coexistir de formas tão contraditórias. É um filme que mexe, que incomoda, e nos faz olhar para a vida e para quem está perto com mais cuidado, afinal nunca sabemos as lutas silenciosas que cada pessoa carrega consigo.

E aí.. Você já viu o filme? O que achou?

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18/07/2025

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Existe uma ideia muito difundida (e bastante romantizada) de que fazer terapia é um caminho direto para aprender a se am...
04/07/2025

Existe uma ideia muito difundida (e bastante romantizada) de que fazer terapia é um caminho direto para aprender a se amar, se valorizar, se admirar. Mas essa promessa é questionável..

Na verdade, esse discurso muitas vezes se aproxima de uma exaltação narcísica, que pouco tem a ver com o processo real da psicoterapia.

A terapia não garante que você vai sair dela se amando mais. O que ela possibilita, sim, é um encontro (geralmente desconfortável) com quem você é de fato.
Ela promove autoconhecimento, amplia a escuta interna, evidencia conflitos e revela camadas que estavam escondidas de nós mesmos.
Mas isso não signif**a necessariamente gostar do que se encontra.

A psicanálise, nos mostra que não somos donos de nós mesmos. Que há algo que nos move, nos atravessa, e que muitas vezes desconhecemos. O inconsciente revela desejos, repetições, medos, angústias, contradições… Escancara aquilo que gostaríamos de esconder até de nós.

Nesse processo, às vezes será preciso olhar para partes difíceis de sustentar, suportar vazios, reconhecer limitações, mas também de ressignif**ar o que adoece, quebrar ciclos que se repetem e criar novas formas de existir.

Não se trata de se apaixonar por si, nem de se resignar. Mas talvez de aprender a estar consigo com mais verdade e menos idealizações.

E, com o tempo, quem sabe, gostar de si possa ser uma consequência e não uma obrigação.

Como pode uma frase aparentemente contraditória fazer tanto sentido?Tenho refletido sobre o sentimento de solidão e sobr...
30/06/2025

Como pode uma frase aparentemente contraditória fazer tanto sentido?

Tenho refletido sobre o sentimento de solidão e sobre a importância de saber estar só (ao mesmo tempo em que reconheço o valor da presença do outro). Nascemos “sozinhos” — entre muitas aspas, já que não há bebê sem uma mãe, um pai, ou alguém que o acolha. E morremos “sozinhos” — também entre aspas, pois a morte reverbera e afeta quem f**a.

A frase é de Winnicott. Para ele, não existe um “eu” que se constitua sem a presença do outro. Embora tenhamos uma tendência ao desenvolvimento desde o nascimento, dependemos profundamente da relação com o outro para que esse desenvolvimento aconteça.
Só é possível aprender a falar quando há um outro que nos escuta, que nos ensina. E em camadas mais complexas, é também o outro que nos ensina — mesmo que sem querer — a amar, a odiar, a desejar, a temer.

Freud já apontava isso. A análise, por exemplo, é justamente esse lugar de escuta, onde se descobre a si, mas sempre através de uma relação com um outro.

Christian Dunker e Ana Suy publicaram recentemente um livro com o título provocador: “Eu só existo no olhar do outro?” — ainda não o li, mas a pergunta ressoa. E acredito que sim, em muitos sentidos. É pelo olhar do outro que muitas vezes conseguimos reconhecer nossas falhas, nossas potências, nossos limites e possibilidades. Claro, é fundamental construirmos referências internas e capacidade de autoavaliação, mas isso só vai até certo ponto. O outro nos desafia, nos atravessa, nos mostra o que não vemos sozinhos.

Que bom que não estamos sós. Que bom.

“A psicanálise torna a vida mais simples. Adquirimos uma nova síntese depois da análise. A psicanálise reordena um emara...
19/03/2025

“A psicanálise torna a vida mais simples. Adquirimos uma nova síntese depois da análise. A psicanálise reordena um emaranhado de impulsos dispersos, procura enrolá-los em torno do seu carretel. Ou, modif**ando a metáfora, ela fornece o fio que conduz a pessoa para fora do labirinto do seu inconsciente”. Freud, 1926 🤍

Hoje na minha sessão de terapia tive uma reflexão importante sobre autocobrança e vim aqui compartilhar com vocês. Eu se...
10/03/2025

Hoje na minha sessão de terapia tive uma reflexão importante sobre autocobrança e vim aqui compartilhar com vocês.

Eu sempre me cobro por mais, sempre acho que poderia ter feito melhor, sempre coloco uma pressão enorme sobre meus próprios ombros. Essa autocobrança tem um lado positivo, claro. Ela nos impulsiona, nos faz crescer. Mas até que ponto? Quando é que o incentivo vira um peso desnecessário?

Se uma amiga chegasse até mim dizendo que está cansada, sobrecarregada, eu jamais diria: “Você deveria ter feito mais” ou “Isso não é suficiente.” Eu ofereceria acolhimento, incentivo e um olhar mais humano. Então por que comigo mesma seria diferente?

E antes que alguém diga: “Ah, mas tem que tomar cuidado pra não virar preguiça…” Sim, tudo tem limite. Mas me parece que a maioria de nós acaba indo para o outro extremo: somos duros, impacientes, implacáveis. Ser gentil consigo mesmo não é desculpa para não agir, mas é uma forma de criar um espaço saudável para evoluir.

Hoje, me propus a trocar a crítica severa por uma conversa mais equilibrada comigo mesma, por mais difícil que isso seja. E aí, t**a fazer esse desafio junto comigo?

Um pouco sobre mim 😊✨Ah, claro que não dá pra saber tudo de alguém por um post, né? Se quiser marcar uma sessão para nos...
21/01/2025

Um pouco sobre mim 😊✨

Ah, claro que não dá pra saber tudo de alguém por um post, né? Se quiser marcar uma sessão para nos conhecermos melhor e já iniciar seu processo de psicoterapia, o contato está na minha bio!

Ter uma escuta conectada ao que está acontecendo no mundo: isso é essencial para uma boa análise. Não dá pra f**ar preso...
07/01/2025

Ter uma escuta conectada ao que está acontecendo no mundo: isso é essencial para uma boa análise. Não dá pra f**ar preso em um tempo que já passou – é essencial saber o que move as pessoas hoje.

Saber as músicas que tocam, as séries que emocionam, os filmes que fazem pensar... Isso é sobre entender as referências que ajudam os pacientes a se expressarem, a traduzirem o que sentem.

Na clínica, é incrível como isso aparece! Diversos pacientes trazem músicas e cenas de filmes para colocar em palavras o que, de outra forma, seria difícil de dizer. E isso enriquece tanto o processo terapêutico! É nessa troca, nesses detalhes, que a escuta realmente se torna viva e transforma.

Praticar a psicanálise vai muito além de estudar teorias, fazer análise pessoal e supervisão – é viver o que está ao redor, é aprender com cada encontro, é se abrir para o novo, todos os dias.

Endereço

Rua Professor Arthur Loyola 85, Ap 71
Curitiba, PR
80035100

Site

https://www.gabrielabuenopsi.com.br/

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