21/02/2021
A contratransferência é a resposta do analista frente às transferências do paciente, e é fundamental no processo terapêutico. Nesse sentido, ela ocorre no sentido de transformar tanto o paciente, como o terapeuta.
"Assim como a transferência na concepção junguiana, a contratransferência não é algo patológico, mas é fato comum que permeia um relacionamento que é real, entre o analista e o paciente.
👉🏻O analista não é um mero espectador, ele faz parte do processo analitico, onde ambos, tanto paciente, como terapeuta se transformam mutuamente, como num processo alquímico."
“É que, queiramos ou não, a relação médico-paciente é uma relação pessoal, dentro do quadro impessoal de um tratamento médico. Nenhum artifício evitará que o tratamento seja o produto de uma interação entre o paciente e o médico, como seres inteiros.
✨O tratamento propicia de duas realidade irracionais, isto é, de duas pessoas que não são grandezas limitadas e definíveis, mas que trazem consigo, não só uma consciência, que talvez possa ser definida, mas, além dela, uma extensa e imprecisa esfera de inconsciência. Esta é a razão por que muitas vezes a personalidade do médico (como também a do paciente), é infinitamente mais importante para um tratamento psíquico do que aquilo que o médico diz ou pensa, ainda que isso não possa ser menosprezado como fator de perturbação ou de cura.
O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação.” Carl Gustav Jung.
📚A Primavera (Botticelli), 1482.
A Prática da Psicoterapia 16/1, § 163, 164.