Psicólogo Rogério Maia

Psicólogo Rogério Maia Psicólogo I Sexólogo

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é uma data dedicada à reflexão sobre a luta, a resistência e as...
20/11/2025

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é uma data dedicada à reflexão sobre a luta, a resistência e as contribuições da população negra na construção do Brasil. A escolha do dia marca a morte de Zumbi dos Palmares, símbolo de enfrentamento à escravização e de busca pela liberdade. Não é um dia de celebração, mas de memória, consciência e responsabilidade coletiva.

É também um convite a encarar que o racismo segue sendo uma ferida aberta que atravessa corpos, afetos, sexualidades e relações. O racismo não é apenas um fenômeno social: é psíquico. Impacta a forma como alguém se percebe, como vive o próprio corpo, como experimenta desejo e intimidade. Na clínica, isso aparece com força quando surgem relatos de fetichização, exotificação, deslegitimação de sofrimento ou silenciamento de experiências raciais. Essas marcas produzem dor, vergonha, hipervigilância e solidão, e precisam ser reconhecidas para que a terapia não repita a violência que existe fora dela.

Diante disso, cabe aos profissionais da saúde mental revisar práticas, encarar vieses, estudar branquitude e ampliar a escuta. Não para ocupar espaços que não lhes pertencem, mas para não reproduzir opressões e para construir um ambiente de acolhimento real. A clínica pode (e deve) ser um espaço onde o racismo é nomeado, enfrentado e reparado.

💡Consciência não é um ponto de chegada, é um compromisso vivo, que deve ser renovado todos os dias.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

Muitas vezes, quando pensamos em comunicação, imaginamos a fala: aquilo que dizemos, como argumentamos, como defendemos ...
11/11/2025

Muitas vezes, quando pensamos em comunicação, imaginamos a fala: aquilo que dizemos, como argumentamos, como defendemos nosso ponto. Mas uma parte essencial da comunicação é aquilo que fazemos enquanto a outra pessoa fala.

Você está realmente ouvindo ou só aguardando o momento de responder?

Escutar não é apenas ficar em silêncio. É se permitir ser afetado pelo que o outro diz, sem preparar mentalmente contra-argumentos o tempo todo. É estar disponível. É reconhecer que o diálogo não é disputa, mas encontro.

No consultório, observo com frequência casais que se amam, mas não se escutam. Pessoas que falam muito, mas não conseguem se ouvir mutuamente. A comunicação se torna um campo de batalha. Cada um tenta provar algo, defender algo, corrigir algo. E, nesse embate, a relação vai se esvaziando.

Ouvir, de verdade, pode ser desconfortável. Pode nos confrontar. Pode revelar lugares que preferíamos não visitar. Mas é exatamente aí que o vínculo se fortalece. Quando eu escuto o outro, eu reconheço sua humanidade. Reconheço sua história, sua dor, seus limites, seus desejos. Reconheço que o que ele sente é legítimo, mesmo quando eu discorde.

Talvez valha se perguntar:

• Como você tem escutado quem diz amar?
• Há interesse verdadeiro pelo que o outro sente, ou apenas o desejo de ser compreendido?

A qualidade de uma relação não está na ausência de conflito, mas na capacidade de sustentar o diálogo sem que ninguém precise se apagar.

🔹 Comunicar é construir ponte.
E uma ponte só se sustenta quando há duas margens se oferecendo ao encontro.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

O Novembro Azul é um movimento global dedicado à conscientização sobre a saúde masculina, com foco especial na prevenção...
04/11/2025

O Novembro Azul é um movimento global dedicado à conscientização sobre a saúde masculina, com foco especial na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata. Durante esse mês, monumentos se iluminam de azul e campanhas se multiplicam, lembrando que cuidar de si também é um ato de coragem.

Os números reforçam a urgência do tema.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2023 e 2025 devem surgir 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano no Brasil, o que representa um risco estimado de 67,86 casos para cada 100 mil homens. Trata-se do segundo câncer mais incidente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

Apesar desses dados, muitos homens ainda evitam procurar o médico, fazer exames de rotina e conversar sobre o próprio corpo. O toque retal, essencial para o diagnóstico precoce, continua cercado de preconceitos, piadas e desconfortos simbólicos. Essas barreiras têm raízes profundas na cultura machista, que ensina desde cedo que “homem de verdade” não sente medo, não chora, não adoece e, por isso, não se cuida.

O Novembro Azul, portanto, não é apenas uma campanha sobre um tipo de câncer. É um convite à redefinição do que significa ser homem. Falar sobre autocuidado é questionar a ideia de que cuidar de si é fraqueza. É afirmar que força também é vulnerabilidade, que prevenção é coragem e que cuidar-se é um gesto de amor próprio e coletivo.

Autocuidar-se vai além dos exames.
É olhar para o corpo e para a mente com atenção, reconhecer limites, buscar ajuda quando necessário, falar sobre saúde mental e sexualidade sem vergonha. É entender que não há contradição entre ser forte e ser sensível: há humanidade.

🔹 Neste Novembro Azul, que cada homem transforme a resistência em curiosidade, o medo em conhecimento e o silêncio em conversa. Porque autocuidar-se é estar inteiro no corpo, na mente e nas relações.
E talvez esse seja o gesto mais corajoso e genuinamente masculino que existe.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

Desde cedo aprendemos que mostrar demais pode ser perigoso. Que é melhor controlar o que sentimos, suavizar o que pensam...
22/10/2025

Desde cedo aprendemos que mostrar demais pode ser perigoso. Que é melhor controlar o que sentimos, suavizar o que pensamos, esconder o que nos diferencia. Assim, vamos nos moldando, e as máscaras surgem como tentativas legítimas de proteção e pertencimento.

O conceito de “persona”, desenvolvido por Carl Jung, ajuda a entender esse movimento. Em latim, persona significa “máscara” e representa a forma como nos apresentamos ao mundo. É a interface entre o eu e o social, necessária para conviver, trabalhar e construir vínculos.

Mas quando o uso dessas máscaras se torna excessivo, o preço da adaptação pode ser alto. A constante tentativa de corresponder às expectativas alheias pode diluir nossa identidade e nos afastar do que é genuíno. Passamos a viver sustentando personagens: o forte, o simpático, o competente, o desejável. Isso gera tensão, ansiedade e uma sensação silenciosa de vazio.

Com o tempo, relações mediadas por máscaras tendem a perder profundidade. A intimidade se fragiliza quando a presença é substituída pela performance.

A Psicologia nos convida a olhar para essas máscaras com curiosidade, não com culpa. Elas não precisam ser eliminadas, mas compreendidas. Ao identificar o que estamos tentando proteger (ou esconder), podemos fazer escolhas mais conscientes.

Reconhecer nossas máscaras exige autoconhecimento: refletir sobre quem somos, o que valorizamos e o que tememos mostrar. Exige consciência emocional: perceber quando nos afastamos de nossos sentimentos para manter uma imagem. Muitas vezes, também exige diálogo com pessoas de confiança ou com um profissional que nos ajude a enxergar o que sozinhos não conseguimos.

🔹 Viver de forma autêntica não significa abandonar todas as máscaras, mas aprender a usá-las sem se perder nelas. É transitar entre papéis sociais sem abrir mão da essência. Autenticidade não é a ausência de máscaras, mas a liberdade de escolher quando e por que usá-las.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

O convite deste mês não é exclusivo às mulheres. É também aos homens e a todas as pessoas que desejam construir relações...
08/10/2025

O convite deste mês não é exclusivo às mulheres. É também aos homens e a todas as pessoas que desejam construir relações mais conscientes com o próprio corpo e com quem amam.

Quando falamos em câncer de mama, é natural associarmos às mulheres, já que elas são as mais atingidas. No entanto, esse olhar restrito também cria silêncios: homens podem desenvolver câncer de mama, ainda que de forma rara (1% dos diagnósticos). Uma porcentagem pequena, mas com impacto relevante, porque na maioria das vezes o diagnóstico chega tarde. Não por falta de sintomas, mas por falta de cultura de prevenção e desconhecimento do risco.

Cuidar-se é um ato de amor, mas também de responsabilidade. Aprender a tocar o próprio corpo, perceber sinais, buscar acompanhamento médico e oferecer apoio emocional a quem enfrenta um diagnóstico, tudo isso faz parte da saúde e da sexualidade.

Também é sobre estar ao lado das mulheres em suas rotinas de prevenção, sustentar conversas que ainda parecem incômodas e dividir responsabilidades quando o diagnóstico atravessa a vida de alguém próximo.

O câncer de mama não toca apenas células e tecidos. Ele atravessa narrativas de feminilidade, autoestima, desejo, sexualidade e vínculos. Nessa travessia, a presença masculina pode ser transformadora: apoiar sem infantilizar, encorajar sem pressionar, acolher mudanças corporais sem reduzir o valor e a dignidade da mulher, que continua sendo inteira, desejável e amada.

💕 Se enxergarmos o Outubro Rosa apenas como um lembrete de exames, perderemos a chance de reconhecê-lo como um movimento de educação cultural sobre o cuidado. Cuidar não é só prevenir doenças, mas também reinventar a forma como nos relacionamos: transformar afeto em presença, transformar vínculo em responsabilidade.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

Quando a sexualidade é tratada como um teste de desempenho, a ansiedade inevitavelmente toma o lugar do desejo. Essa cob...
16/09/2025

Quando a sexualidade é tratada como um teste de desempenho, a ansiedade inevitavelmente toma o lugar do desejo. Essa cobrança pode vir de fora, mas muitas vezes nasce dentro do próprio indivíduo: uma voz silenciosa que exige estar sempre pronto, corresponder plenamente e nunca falhar.

Vivemos em uma sociedade que exige, sobretudo dos homens, uma performance sexual inabalável. A lógica da masculinidade tóxica associa virilidade à capacidade de “dar conta” sempre, reduzindo o sexo a uma prova de potência.

Essa cultura limita não apenas a relação dos homens com o próprio corpo e desejo, mas também impacta suas parcerias, que muitas vezes reforçam expectativas de performance a partir de papéis de gênero.

O sexo, nesse cenário, deixa de ser espaço de encontro e liberdade, e se transforma em território de desempenho, onde o valor da experiência é medido por resultados e não pela conexão genuína.

É importante lembrar que essa cobrança não é natural ao desejo humano. Ela nasce de exigências sociais e pessoais que se infiltram na intimidade, transformando a sexualidade em pressão, em vez de prazer. O corpo entra em estado de alerta, a mente se ocupa em avaliar cada gesto, e a espontaneidade se perde.

Esse círculo afeta não só a experiência individual, mas também a qualidade do vínculo: quanto maior a pressão, maior a ansiedade; quanto maior a ansiedade, menor a entrega. O distanciamento cresce e a conexão enfraquece.

Sexualidade não é sobre desempenho, e sim sobre presença, conexão e expressão. Quando tentamos corresponder a padrões idealizados, perdemos a espontaneidade do encontro e, com o tempo, isso pode até apagar o desejo.

🔺 Refletir sobre isso abre caminho para um movimento transformador: em vez de medir resultados, cultivar experiências; em vez de focar no controle, abrir espaço para o sentir. Essa mudança de perspectiva reduz a ansiedade e fortalece a intimidade, devolvendo liberdade ao encontro.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

Muitas meninas que fogem do padrão esperado de feminilidade, seja no jeito de se vestir, se comportar ou se relacionar, ...
29/08/2025

Muitas meninas que fogem do padrão esperado de feminilidade, seja no jeito de se vestir, se comportar ou se relacionar, crescem enfrentando não apenas o bullying escolar, mas também uma série de pequenas violências diárias. São piadas que ridicularizam, perguntas invasivas que expõem, invalidações que silenciam. Muitas vezes, antes mesmo de compreenderem sua orientação sexual, já sentem na pele a lesbofobia e o peso de não caberem no molde imposto, uma realidade que marca, intimida e molda suas primeiras descobertas sobre si mesmas.

A isso se somam estigmas persistentes, que tentam reduzir a multiplicidade de identidades e formas de expressão a rótulos simplistas, além da hipersexualização dos casais de mulheres, vistos não a partir de seus afetos, mas como objetos do olhar masculino. Esses enquadramentos distorcidos reforçam a violência simbólica e tornam ainda mais difícil o reconhecimento de relações lésbicas como legítimas e dignas de respeito.

Essas experiências deixam marcas profundas na autoestima, na relação com o corpo e na capacidade de confiar em si mesmas. O medo de não serem aceitas, somado à pressão de se enquadrarem em padrões que não refletem suas verdades, pode acompanhá-las por toda a vida adulta.

No Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, somos convidados a romper com o silêncio que ainda marca tantas vidas. É momento de valorizar as narrativas de afeto e cuidado entre mulheres, histórias que desafiam a violência, o estigma e a fetichização, e que afirmam que viver plenamente sua identidade é um gesto de dignidade e de beleza.

🔸 Toda mulher merece viver em um ambiente que não a reduza a estereótipos, que não a silencie e que lhe permita descobrir, sem medo, que existem muitas formas de existir, viver e amar.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

Hoje, no Dia do Psicólogo, celebro não apenas a profissão que escolhi, mas também o chamado que me atravessa todos os di...
27/08/2025

Hoje, no Dia do Psicólogo, celebro não apenas a profissão que escolhi, mas também o chamado que me atravessa todos os dias. Ser psicólogo não é apenas escutar, acolher ou intervir; é estar disponível para caminhar junto em territórios de dor, transformação e esperança. É uma escolha que exige coragem, humanidade e constante compromisso com o cuidado.

Sinto-me realizado por ter encontrado nesse caminho não só uma profissão, mas um lugar de sentido e pertencimento.

Parabenizo, com respeito e admiração, todos os colegas que seguem sustentando espaços de escuta, reflexão e crescimento. Que possamos continuar a transformar vidas enquanto também somos transformados por elas.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

Paixão é incêndio. Surge intensa, avassaladora, e muitas vezes nos pega de surpresa. É feita de química, de impulso, de ...
15/08/2025

Paixão é incêndio. Surge intensa, avassaladora, e muitas vezes nos pega de surpresa. É feita de química, de impulso, de um querer que parece urgente. Na paixão, o outro é visto como um mistério irresistível; projetamos nele sonhos, fantasias e desejos que talvez nem sejam dele, mas nossos. É um estado alterado de consciência. O mundo se estreita para caber naquela pessoa, naquele toque, naquele olhar.

O amor, por sua vez, é a arquitetura que se constrói depois que o fogo inicial acalma. Ele não é menos intenso, mas é menos ansioso. Enquanto a paixão é o impulso, o amor é a escolha. É nele que reconhecemos o outro como ele é, com luzes e sombras, e ainda assim decidimos ficar. O amor não depende apenas da química, mas da constância: é o que permanece quando as borboletas se aquietam, e o que cresce quando a realidade se apresenta sem filtros.

O sexo na paixão costuma ser urgente, voraz, como se o corpo quisesse devorar o outro antes que o encanto acabe. Já o sexo no amor é diferente: não perde o desejo, mas ganha camadas, é mais demorado, consciente, cúmplice. No amor, o toque não é apenas para excitar, é também para comunicar, para reconhecer e reafirmar o vínculo. Paixão e amor oferecem experiências sexuais distintas, mas igualmente poderosas; o desafio e o privilégio é aprender a manter a intensidade da paixão dentro da profundidade do amor.

🫀A paixão é o primeiro verso de uma música; o amor é a melodia inteira. A paixão aquece; o amor sustenta. E talvez o verdadeiro encontro esteja em compreender que o que nos move não é escolher entre um ou outro, mas aprender a dançar com os dois, permitindo que o fogo da paixão continue iluminando o caminho seguro do amor.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

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