Psicóloga Fabiana Witthoeft

Psicóloga Fabiana Witthoeft Psicólogo

Nas teorias contemporâneas do luto, chamamos de luto não autorizado aquele que não encontra permissão social para existi...
08/12/2025

Nas teorias contemporâneas do luto, chamamos de luto não autorizado aquele que não encontra permissão social para existir.
É o luto silenciado, minimizado, invisibilizado mesmo sendo real, profundo e legítimo.

💔 Quando o mundo não reconhece, a dor f**a sem lugar. Isso acontece quando:

• A relação não era “validada” socialmente
• A perda não é vista como “suficiente” para gerar dor
• Não há rituais formais que acolham essa despedida
• Há julgamento sobre como e por quem alguém sofre

E, ainda assim, o que a ciência do luto nos diz?
👉 O corpo e o coração não precisam de autorização para sentir.
A dor que não pode ser dita, acaba sendo carregada em silêncio e esse silêncio pesa. Teorias como o Luto Vincular (Continuing Bonds) e a Perspectiva do Apego reforçam que o que importa não é a validação externa, mas a importância emocional do vínculo.
Perdemos porque amamos. E amar, nunca precisou de testemunhas para ser verdadeiro.
Por isso, nomear esses lutos é um ato de reparação. É dizer ao outro:” Eu acredito na sua dor. Você não precisa justif**ar o que sente.” Seja a perda de um animal de estimação, o término de um relacionamento não oficializado, a morte de alguém com quem se tinha uma relação complexa, uma perda gestacional, simbólica, social. Todas merecem espaço, dignidade e acolhimento.
Luto não autorizado não signif**a luto inexistente.Signif**a apenas que o mundo ainda não sabe acolhê-lo. Mas podemos começar a mudar isso, com presença, validação e escuta verdadeira.

Um abraço no ❤️

Neste final de semana fui visitar meu afilhado.E como todo bebê, ele chorou. Chorou forte, chorou sentido. E foi impossí...
07/12/2025

Neste final de semana fui visitar meu afilhado.
E como todo bebê, ele chorou. Chorou forte, chorou sentido. E foi impossível não perceber o impulso imediato que todos nós temos: fazer o choro parar.Acalmar rápido. Resolver logo. Diminuir o sofrimento dele, e também o nosso. Porque ver alguém chorando, mesmo tão pequenino, mexe com algo profundo dentro de nós.Mas percebi que fazemos o mesmo com os adultos ao nosso redor. Quando alguém que amamos está sofrendo, especialmente no luto, surge em nós a mesma urgência:
👉 aliviar rápido
👉 consolar rápido
👉 “resolver” rápido
👉 fazer o sofrimento desaparecer

Não porque essa pessoa “não pode” sentir, mas porque nós temos dificuldade em testemunhar a dor. A dor do outro escancara a nossa própria fragilidade. E então, sem perceber, queremos que o luto passe logo para que todos voltem ao “espetáculo da vida”. Para que possamos nos sentir confortáveis de novo. Para que tudo pareça normal outra vez. Mas luto não é silêncio que se abafa. Não é choro que se acelera para parar. Não é dor que se esconde para poupar os outros.

Luto é processo.
É tempo.
É presença.
É companhia, não solução.

Assim como um bebê precisa ser acolhido e não calado, quem está em luto precisa ser ouvido, respeitado, amparado, sem pressa para “voltar ao palco”.Porque a vida não é espetáculo. É encontro. E encontro só acontece quando conseguimos permanecer ao lado, mesmo quando o choro vem.

Um abraço no ❤️

05/12/2025

✨Hoje compartilho algo que me enche de orgulho, alegria e um profundo senso de propósito: meus e-books foram citados no curso de Acolhimento ao Luto Pet, ministrado pela Patrícia Vidal Hernandez no Instituto Quatro Estações, em São Paulo: uma das maiores referências brasileiras em atendimento, formação e treinamento em lutos e perdas. Saber que materiais que nasceram de anos de estudo, sensibilidade e dedicação estão sendo reconhecidos por profissionais tão importantes é, ao mesmo tempo, um privilégio e uma grande honra. Escrever sobre luto pet sempre foi, para mim, uma forma de dar voz ao amor silencioso que tantos tutores carregam. Ver esses conteúdos chegando a instituições que formam profissionais e ampliam o cuidado é a confirmação de que cada página valeu a pena.

🤍 Gratidão à Patrícia Vidal Hernandez por essa menção tão especial.
🤍 Gratidão ao Instituto Quatro Estações pelo trabalho pioneiro e humanizado.
🤍 Gratidão a cada paciente, cada história e cada partida que me ensinaram mais sobre amor, vínculo e presença.

Que este reconhecimento inspire ainda mais caminhos de acolhimento, ética e sensibilidade no universo do luto pet.

Um abraço no ❤️

04/12/2025

Há exatamente um ano, eu estava no VetDay Uninter – o Primeiro Encontro Científico da Medicina Veterinária, vivendo uma experiência que marcou profundamente meu trabalho e meu olhar sobre o luto pet. Naquele encontro, fui convidada a abrir um tema tão necessário quanto delicado:
as conversas sensíveis na Medicina Veterinária :comunicação de más notícias, tomada de decisões difíceis e o imenso território emocional que se abre quando falamos de perda. Falei sobre dor humana.
Sobre o quanto a despedida de um animal (esse vínculo de amor tão singular), mexe com cam camadas profundas da nossa história. Sobre como o sofrimento não é apenas do tutor, mas também do profissional que cuida, acompanha, tenta aliviar, intervém quando pode e ampara quando não há mais o que fazer. E falei também sobre algo que sustenta todos nós nessa jornada: Resiliência.
A capacidade de seguir respirando em meio ao que parece impossível. De se adaptar ao irreparável. De continuar oferecendo presença, ética, escuta e cuidado, mesmo nos momentos em que o coração pesa. Hoje, um ano depois, sigo acreditando com ainda mais força que a comunicação sensível salva vínculos, humaniza processos e acolhe dores que muitas vezes não sabemos nomear. Que possamos, como profissionais e como pessoas, continuar fortalecendo essa ponte entre ciência, empatia e humanidade. Porque o luto pet é real, profundo, legítimo e merece ser tratado com respeito, assim como qualquer outra dor humana.

Um abraço no ❤️

03/12/2025

As teorias contemporâneas do luto pet mostram que o sentimento de culpa nasce de um lugar profundamente humano: a responsabilidade que carregamos pelas decisões de cuidado. Ao contrário do luto humano, em que os ciclos da vida se desenrolam sem a nossa interferência, no luto pet somos nós que ocupamos o papel de “decisores”. Nós escolhemos tratamentos, conforto, rotinas. Nós percebemos sinais que eles não conseguem verbalizar. Nós interpretamos dores, avanços, limites. E, muitas vezes, somos nós que precisamos decidir quando aliviar um sofrimento que eles não sabem nomear. É um amor que cuida. Mas é também um amor que carrega peso. Por isso a culpa aparece. Não porque fizemos algo errado, mas porque amamos o suficiente para assumir escolhas difíceis. Escolhas que, se pudéssemos, dividiríamos com eles. Escolhas que gostaríamos tanto que eles pudessem nos dizer: “assim está bom para mim”. Mas eles não falam com palavras.
E é nesse silêncio que o coração tenta adivinhar, tenta acertar, tenta proteger e, às vezes, se culpa. O sentimento de culpa, no luto pet, é um sinal de vínculo. É a dor de quem tentou fazer o melhor com o que sabia naquele momento. É a marca de um amor responsável, presente, cuidadoso. Se você sente isso, respire.Você não falhou, você amou. E esse amor foi, e continua sendo, tudo o que o seu companheiro precisava.

Um abraço no ❤️

03/12/2025

As teorias contemporâneas do luto nos mostraram algo transformador: não precisamos “superar”, “esquecer” ou “deixar para trás” quem amamos. O vínculo não termina, mas sim muda de forma. Chamamos isso de vínculo contínuo, uma compreensão atual e gentil que convida cada pessoa enlutada a construir novas maneiras de se relacionar com quem partiu. Não é negar a ausência, mas reconhecer que o amor não acaba com a morte.

E quando chega o fim de ano, esse tema se intensif**a.Nessas datas cheias de memórias e tradições, é comum sentir saudade, estranhamento, vazio, até culpa por estar vivendo momentos de alegria com o coração apertado. Mas e se em vez de tentar “evitar” a presença simbólica de quem se foi, nós os convidássemos amorosamente para estar entre nós? Não literalmente.
Mas em pequenos gestos, carregados de signif**ado:

✨ Acender uma vela na mesa por eles.
✨ Preparar aquela receita que tinha sabor de casa.
✨ Colocar uma foto discreta num cantinho.
✨ Escrever um bilhete de gratidão.
✨ Compartilhar uma memória boa antes da ceia.
✨ Usar um objeto que os representava.
✨ Oferecer uma oração, uma intenção, um pensamento.

Esses gestos não são “coisa de louco”.
São modos de elaborar a dor, integrar a ausência e permitir que o amor continue respirando dentro de nós. Manter o vínculo não é viver no passado, mas permitir que o passado continue nos nutrindo, enquanto seguimos caminhando. Se neste fim de ano a saudade apertar, lembre-se: há espaço para o amor permanecer.E tudo bem convidá-lo, também.

Um abraço no ❤️

03/12/2025

O luto não é apenas sobre perdas, mas sim sobre caminhos que surgem depois delas.

Na próxima entrevista, com a Psicóloga Fabiana Witthoeft, reflexões e perspectivas sobre este tema universal, que atravessa vidas e gerações.

Ouvir é o primeiro ato do recomeço.

Um abraço no ❤️

Um agradecimento especial aos mais novos superfãs! 💎Roseli SantisDeixe um comentário para dar a eles as boas-vindas à no...
03/12/2025

Um agradecimento especial aos mais novos superfãs! 💎

Roseli Santis

Deixe um comentário para dar a eles as boas-vindas à nossa comunidade,

01/12/2025

Caixinha de memórias dos meus pacientes, que são montadas aqui no consultório:

A caixinha funciona como um gesto concreto, algo que as mãos fazem enquanto o coração tenta entender o que está acontecendo.

Ela serve para:

✨ Cuidar da saudade
Porque lembrar também pode ser um gesto de carinho, não só de dor.

✨ Honrar a história
Cada objeto ali dentro conta um pedaço da vida compartilhada.

✨ Trazer um pouco de paz
Ter um espaço físico dedicado à memória ajuda o cérebro a se reorganizar emocionalmente.

✨ Continuar o vínculo
O amor não acaba quando alguém morre. Ele muda de forma. A caixinha ajuda a encontrar essa nova forma.

Um abraço no ❤️

01/12/2025

E no luto, essa diferença importa e muito. A culpa é uma das emoções mais comuns quando perdemos alguém. Ela chega silenciosa, distorcida e cruel. Não porque achamos que fizemos algo errado, mas porque o amor procura explicações para o inexplicável. No luto, a culpa é uma tentativa desesperada do cérebro de retomar o controle:
“Se eu tivesse percebido antes…”
“Se eu tivesse feito diferente…”
“Se eu tivesse insistido…”

Mas prestar atenção nisso é fundamental:
Sentir culpa não signif**a ser culpado. A culpa é um reflexo do vínculo, da importância, da ausência que ainda não entendemos como real. É o coração tentando encontrar lógica onde só existe dor.

O que fazer com essa culpa?

🌿 1. Nomeie o sentimento.
Diga para si: “Eu estou sentindo culpa, e isso não signif**a que eu seja culpado(a).”

🌿 2. Explore o contexto.
A culpa surge quando olhamos para trás com informações que só existem agora. E isso nunca é justo com quem você foi naquele momento.

🌿 3. Traga humanidade para a narrativa.
Mesmo com todo amor do mundo, ninguém controla todas as variáveis da vida. A gente faz o que pode com o que tem.

🌿 4. Reescreva a pergunta.
Ao invés de “O que eu fiz de errado?”, tente:
“O que essa dor está querendo me mostrar sobre o amor que eu sinto?”

🌿 5. Não carregue isso sozinho(a).
Falar sobre a culpa é parte essencial da cura.
No luto, silêncio sempre pesa mais.

No fundo, a culpa não fala sobre falhas.
Ela fala sobre o amor que ficou sem lugar para ir. Se você está vivendo isso, seja gentil consigo. Você não é culpado. Você está apenas aprendendo a respirar em um mundo que mudou de repente.

Um abraço no ❤️

28/11/2025

Recomeçar exige forças que muitas vezes nem percebemos que temos. E não são forças grandiosas, heroicas ou cinematográf**as.
São forças sutis, quase invisíveis, que se revelam justamente quando tudo parece frágil.

✨ Recomeça quem tem coragem de olhar para si com honestidade. Coragem não é ausência de medo? mas sim caminhar mesmo tremendo.

✨ Recomeça quem tem resiliência emocional. Essa habilidade silenciosa de se adaptar, reorganizar, respirar e tentar de novo.

✨ Recomeça quem tem flexibilidade interna.
A capacidade de acolher mudanças, renunciar ao que pesa e criar novos signif**ados.

✨ Recomeça quem tem humildade para pedir ajuda. E essa é uma força enorme , pois reconhecer limites é maturidade, não fraqueza.

✨ Recomeça quem cultiva esperança realista. Aquela esperança que não fantasia o futuro, mas acredita em pequenos passos possíveis.

✨ Recomeça quem tem amor próprio suficiente para não se abandonar. Mesmo quando tudo grita para desistir.

✨ Recomeça quem é gentil consigo. Porque o recomeço só floresce onde existe respeito pelo tempo interno.

Recomeçar não é um ato isolado. É um movimento feito de forças internas que já moram em você, mesmo que adormecidas.
E quando você se reencontra com essas forças, percebe que o recomeço não é sobre voltar a ser quem você era, mas sobre permitir-se ser quem você está se tornando.

De quais forças ou características pessoais, você se utiliza para RECOMEÇAR?

Um abraço no ❤️

Endereço

R. Brigadeiro Arthur Carlos Peralta, 280
Curitiba, PR
82560030

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 09:00 - 19:00
Terça-feira 09:00 - 19:00
Quarta-feira 09:00 - 19:00
Quinta-feira 09:00 - 19:00
Sexta-feira 14:00 - 19:00
Sábado 09:00 - 12:00

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