31/03/2016
É de conhecimento que em muitas vezes os sujeitos que apresentam perda auditiva, tem a necessidade de vencer o preconceito para que ela possa ouvir melhor .
Afirma a fonoaudiologa Isabela Papera que é fato que apenas 40% das pessoas com perda de audição reconhecem que ouvem mal.
Em muitas situações o preconceito chega junto com a falta de informação, isso faz com que a maioria das pessoas que sofrem do problema demore vários anos para tomar uma providência. O que é lamentável, porque a perda auditiva é cumulativa e, se nada for feito a tempo, a dificuldade para ouvir será cada vez maior.
A realidade é que nas ruas não faltam homens e mulheres de todas as idades usando óculos, mas no caso da deficiência auditiva, persiste uma grande resistência em usar aparelhos nos ouvidos. E por que isso acontece? Porque a maioria desconhece os avanços tecnológicos que permitiram a criação de aparelhos auditivos minúsculos ou até mesmo invisíveis, os intra-auriculares.
Indivíduos com problemas de audição tendem a se isolar do convívio social, podendo até mesmo chegar à depressão. Têm dificuldades de relacionamento na família, no trabalho e entre amigos. O que ocorre é um constrangimento, de ambas as partes, devido à embaraços na comunicação. Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil, porque poucos têm coragem de admitir a surdez. Familiares e amigos podem oferecer um apoio importante.
À medida em que você envelhece, as células ciliadas do ouvido interno começam a se degenerar. Algumas pessoas perdem a audição mais cedo do que outras. Muitos já começam a sentir o problema quando estão na “faixa” dos 40 anos. Pesquisas revelam que um em cada cinco adultos com mais de 40 anos e mais da metade de todas as pessoas com idade acima de 80 anos sofrem de perda auditiva.
Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, 25 milhões de brasileiros têm dificuldades para ouvir. Além de uma exposição contínua a ruídos – seja no trabalho, nas ruas ou em casa –, outros fatores podem levar à perda de audição: doenças congênitas ou adquiridas, traumas, uso de medicamentos ototóxicos e idade avançada. No caso dos idosos, o déficit auditivo pode ocorrer por causa de mudanças degenerativas naturais do envelhecimento, chamadas de presbiacusia.
A maioria das pessoas começa a perder a audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência (uma conversação contém sons de alta frequência). Portanto, o primeiro sinal de presbiacusia pode ser a dificuldade de ouvir o que as pessoas dizem para você. Infelizmente, muitas vezes, quando o indivíduo procura tratamento, o caso já está mais grave. A perda se dá de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a deficiência atinge estágios mais avançados.
Ao sentir alguma dificuldade para ouvir, é importante consultar logo um médico otorrinolaringologista que irá avaliar a causa, o tipo e o grau da perda auditiva. A partir do resultado de te**es como o de audiometria, será indicado o tratamento mais adequado e, muitas vezes, o uso de prótese auditiva resolve o problema.
Cabe aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo de aparelho atenderá as necessidades do deficiente auditivo. O aparelho será então regulado para tornar os sons audíveis para o paciente. Não há demérito algum em usar uma prótese auditiva, já que atualmente existem aparelhos com design moderno, como os da ototec , com tecnologia digital, que não causam constrangimento para quem os usa. Então, por que não fazer uso dessa tecnologia e voltar a ouvir com clareza, sentindo-se mais confiante para conversar com os familiares e colegas de trabalho? O aparelho auditivo devolve a autoestima, proporcionando bem-estar, liberdade, alegria e qualidade de vida!