16/09/2025
A pergunta que está no post foi feita pelo meu filho, Arthur, quando tinha 6 anos..
“Mamãe, o que acontece com o dia de ontem?”
Eu parei, olhei nos olhos dele, e disse: “Vira memória”
A pergunta dele me fez pensar...
Deve haver uma postura de esforço pessoal, autoral, para agirmos no sentido de compreender a nossa própria história de vida. Não estamos, sendo impossível estarmos, separados da nossa circunstância (aquilo que nos circunscreve, que está direta ou indiretamente em contato com o nosso eu).
Ao nascermos encontramos a circunstância posta, o mundo está aí, e mesmo diante disso temos algo que é surpreendente: o COMO vamos vivenciar esta circunstância!
Viemos para este mundo, para o agora, trazendo nada além do nosso corpo, e tenho a certeza que partiremos sem levar nada. Aqui está um grande drama da vida humana! Recebemos uma circunstância POSTA e estamos CONDENADOS a ser LIVRES!
O SER nos presenteia com esta VERDADE, ora, não há outra forma de SER sem a liberdade intransferível e pessoal de TORNAR-SE!
A compreensão da totalidade da VIDA jamais se dará no hoje, porém será contemplada por ele! Posso explicar por meio de uma analogia (ou comparação), ao olharmos para um objeto somente temos a visão de uma das faces do mesmo - as demais estão ocultas. Para que EXISTA a possibilidade de vermos as demais faces devemos nos MOVIMENTAR ou mover o próprio objeto. O presente é isso, uma das faces da vida, o passado (a memória) outra, e o futuro (aquilo que imaginamos) somente será possível de ser visto ao nos movimentarmos.