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Alexandra Graf - Doula e Educadora Perinatal, Curitiba (2025)

29/03/2021

A Elyka e o Pedro são os pais do Murilo e gravaram um vídeo contando a experiência deles como pais de primeira viagem.

“Na minha cabeça, eu tinha idealizado um vídeo muito mais bonito. Mas assim como a maternidade, as coisas nunca saem do jeito que a gente planeja, então este vídeo serve mesmo como um retrato da ” 😂 - Elyka

Elyka, Pedro e Murilo, obrigada por compartilharem conosco a experiência de vocês, com muita verdade e humor! Contem comigo nessa jornada que se chama educar, criar!

26/03/2021

Você sabia que em países como a Somália, 98% das mulheres são vítimas da mutilação ge***al feminina? Esta prática ocorre principalmente em 30 países da África e Oriente Médio, mas também em outras regiões pelo mundo inteiro! 🌎😣

A mutilação ge***al feminina, MGF, é definida pela ONU como "um procedimento que fere os órgãos genitais femininos sem justif**ativa médica". Ou seja, é uma violência de gênero e por que não uma violência obstétrica? Uma vez que essas mulheres correm riscos ainda maiores quando estão parindo seus filhos. Sem falar na dor! 🩸

São crenças culturais e religiosas que ainda sustentam e supostamente justif**am essa prática. Na visão deles, representa a aceitação na sociedade, tornado a menina pura, “protegendo” sua sexualidade, e evitando o estupro. Sem a mutilação, muitas não podem casar e não são consideradas “mulheres” de fato. E assim, diversas garotas chegam ao cúmulo de pedir para suas mães para que sejam cortadas, acredita?

O procedimento é trágico. Realizado em ambientes insalubres, usando um mesmo elemento cortante, seja uma faca ou uma lâmina em diversas meninas. MGF é motivo de infecções de repetição, problemas recorrentes na bexiga, menstruação irregular e hemorragias fatais. E tem mais... em países como Egito, Sudão e Indonésia a mutilação é, em sua maioria, um procedimento realizado por profissionais da área da Saúde. 🥼🔪✂️

Opa... agora soou um pouco familiar aqui, não acha? Ainda que essa situação de MGF pareça distante da nossa visão cultural, na verdade não está se lembrarmos de quantos casos de episiotomia (corte na região inferior da va**na) são realizados ainda hoje no Brasil... Sem real necessidade, simplesmente para tornar o nascimento mais rápido.

Sim, aqui ou na África o caminho é longo, mas nós, mulheres, podemos dar voz a estas lutas! Difundindo informação de qualidade e clamando por direitos e respeito mínimo! 💪

Por isso, compartilhe este post com alguém que possa se mobilizar! Marque elas aqui nos comentários, pois esta luta não é só das indianas, egípcias ou somalis, é de todas nós! 🖤

***alfeminina

25/03/2021

Lara Julia –
📅 Nasceu no dia 16.07.2018 às 23h48
⚖️ Peso ao nascer: 3980g
📏 Tamanho: 51 cm
🤱 Hospital Nossa Sra. Das Graças - Cesárea intraparto

“Tia Ale querida, tem calma nas palavras, tem doçura no olhar, tem calor e amor no tocar. Tia Ale tem carinho ao chegar e cheirinho de tranquilidade. Tia Ale tem sabedoria pra nos doar, tem força pra nos passar, tem gentileza no conduzir.

Tia Ale tem tanto amor dentro dela, tanto tanto que vem receber conosco, nossos maiores presentes que a vida pode nos dar. Tia Ale ajuda a suavizarmos as dúvidas e entendermos ainda mais nossos processos. Tia Ale tem amor dentro dela, tanto tanto que compartilha conosco sua missão e se faz bênção também no nosso caminho.

Tia Ale tem amor dentro dela e sentimos isso até hoje. Lara Julia tem 2 anos e 7 meses, uma menina sapeca, carinhosa que amaaa comer bananas...rsrs...mamou no peito até esses dias, cheia das vontades. Veio ao mundo com a Tia Ale, ajudando bastante a mamãe, a ser feliz em sua cesárea. Ficou do meu lado, me olhava com ternura!

Lembramos do carinho que tivemos nos momentos que passamos com nossa querida doula, Tia Ale!! Cheirinho de alecrim, vem ao coração. Suave, amiga, mulher, doce, gentil, hábil, alegre!

Obrigada! Seremos eternamente gratos pelos nossos caminhos terem se cruzado e pela dádiva em tê-la ao nosso lado no nascimento da nossa menina!
Um grande beijo”

24/03/2021

Olá! Como você está? Tem acompanhado minhas postagens sobre violência obstétrica por aqui? Hoje vamos falar de um dos casos de V.O. mais recorrentes, que infelizmente se agravou na pandemia: QUANDO A PARTURIENTE F**A SOZINHA, SEM CONTAR COM A PRESENÇA DO ACOMPANHANTE QUE ELA ESCOLHEU PARA ESTAR AO SEU LADO, justamente durante um momento de extrema sensibilidade, vulnerabilidade e intensidade – O SEU PARTO!

Firmada em 2005, a lei 11.108, mais conhecida como a Lei do Acompanhante, assegura às mulheres o direito a um acompanhante de sua escolha para estar consigo durante todo processo de trabalho de PARTO, nascimento e pós-parto, independentemente do seu tempo de internação e do desfecho (via de nascimento). 🤱

Maternidades e Hospitais públicos e privados, em muitos casos, têm barrado a presença do acompanhante, sobretudo neste cenário marcado pela COVID-19. No entanto a lei, com pandemia ou sem pandemia, não pode ser violada! Este momento e direito deve ser garantido as parturientes e suas famílias, ainda que exija mais cuidados. ☝️

Os benefícios relacionados à presença do acompanhante são muitos: não se sentir desamparada; estar com alguém que seja de sua intimidade e, portanto, lhe transmita segurança. Reduz medo, ansiedade, auxilia na liberação de hormônios favoráveis a fisiologia do trabalho de parto, potencializa as chances de uma vivência positiva do nascimento do seu filho e fortalece vínculos emocionais entre os envolvidos nesta verdadeira missão.

Outro fator importantíssimo é que a figura e a presença do acompanhante representam uma medida de prevenção importantíssima no combate da violência obstétrica! 🙅‍♀️

📞 Caso o seu direito de estar acompanhada no momento do parto não seja garantido, existem estas opções: chamar a Polícia Militar e fazer um Boletim de Ocorrência; contactar o Comitê de Ética e a ouvidoria da instituição; e com a ouvidoria, denunciar ao Ministério Público e também a Secretaria de Saúde da sua cidade.

Agora me conta... Quem esteve ou estará ao seu lado no momento do parto? Você teve alguma dificuldade com o hospital ou maternidade para permitir a entrada do seu acompanhante? 💬

23/03/2021

Cordão umbilical

Elo, laço, corda, fio condutor que nutre e leva ar... Mas não “só isso”. Nele pulsam fluxos de sentimentos, emoções e segredos do aprender a amar. Um Ser com dois. Ou mais. 💝

Vigoroso chiado que remete à vida, ao seu pulsar que desde o princípio soa como embalo, acalanto.

Fio de aço invisível que nos conecta também sensivelmente, para além daquele tempo que dura a gestação, inclusive daqueles que não o tiveram fisicamente. Filhos do coração e pais, avós, dindos também sentem este cordão que leva e traz amor entre nós, porém sem nós.

Nos corpos, é ele que une a placenta (que f**a coladinha na parede uterina) ao bebê (no seu umbiguinho). Sem cordão umbilical essa transfusão de oxigênio e melhores nutrientes não existiria.🤰

Dizem que ele é o primeiro brinquedinho do bebê, no seu mundo intraútero e até já inventaram os polvos de crochê, com seus bracinhos que imitam a textura do cordão umbilical, com o intuito de acalmar os recém-nascidos cá fora do útero.☺️🐙

Minutinhos após o nascimento do bebê, o seu pulsar cessa e ele vai f**ando translúcido. Ali já se pode cortá-lo. E sabe quem pode cortar o cordão umbilical? O pai, a mãe, a avó, o irmão mais velho ou todos juntos, se for o caso de uma parto domiciliar planejado, por exemplo. Se for uma cirurgia cesariana isso só pode ser feito pelo médico. ✂️👨‍⚕️

Agora conta pra mim! Quem cortou ou pretende cortar o cordão umbilical que te une ao seu bebê? 💬💛

12/03/2021

“Ter minha linda Antonella em meio a pandemia foi muito desafiador e um momento de muito receio também! Muita coisa diferente, não foi autorizada a entrada da nossa querida Doula Ale conosco no centro cirúrgico, o que fez muita falta, tivemos que usar máscara todo tempo e não tivemos visitas, fomos só eu e meu esposo e nossa neném!

Como tudo tem seu lado bom, nós tivemos um momento só nosso. Sem nos preocuparmos em receber pessoas, tivemos tempo de ter uma conexão profunda com nossa neném, não tivemos que dividir ela com ninguém. Hehehe. Mas também nos vimos muito malucos sem ajuda.

Desejo que quem passar por essa experiência tenha muita resiliência e paciência, na certeza que tudo passa e que ter uma benção em meio a pandemia e com saúde é uma vitória!”

- Depoimento da mãe da pequena Antonella, que chegou ao mundo em setembro de 2020.

11/03/2021

Michel Odent, nosso queridinho e sábio médico francês. Impossível mensurar o seu legado, após uma vida dedicada à humanização do nascimento. A frase mais conhecida no universo da partolândia é dele: “Para mudar o mundo, é preciso primeiro mudar a forma de nascer”. ☝️🤱

Quanto signif**ado ela carrega, não é mesmo? E mesmo vivendo na era das cesáreas eletivas e da medicalização do parto; pronunciá-la ou ouvi-la desperta aquela vontade mesmo de mudar e transformar. 🤍

É preciso resgatar e acessar nossa humanidade, nossa ancestralidade (e seus preciosos legados), o respeito pela vida em sua forma natural de acontecer.

Eu acredito que cada mulher que hoje em dia pode ter uma experiência positiva de parto/nascimento, trazendo assim seu filho ao mundo num ambiente de respeito, amor, força e harmonia; representa uma semente de esperança na humanidade. Um broto, uma faísca de esperança. 🌱✨

E é por esse e outros motivos que pessoalmente, trabalhar como doula é gratif**ante e engrandecedor. Testemunhar os primeiros (grandes) encontros entre pais e neném, saber do valor destas marcas impressas ali, neste comecinho de experiência e referência deste mundão... ahhh... que grande privilégio! 😍 E é por isso que eu luto, mas sem perder a ternura jamais. 🌷

Eu acredito que essa é a chave dourada que está transformando e irá transformar a positivamente a nossa sociedade. 🙏

E você? O que acha da frase de Odent? Faz sentido para você?

10/03/2021

Receber tratamento agressivo, fazendo o uso de frases ofensivas, mandar f**ar quieta, recriminar a gestante por qualquer comportamento como: gritar, chorar ou ter medo. Discriminá-la por sua classe social, aparência ou etnia tratando-a de forma inferior, inclusive ignorando suas queixas ou dúvidas, é violência obstétrica! 😠😢

Além disso, a agressão física também caracteriza uma das realidades mais cruéis dentro deste tipo de violência. Pode incluir: tortura, imposição de algumas posições, jejum forçado, amarração de membros como pernas e braços, manter algemadas as detentas em trabalho de parto, a realização da Manobra de Kristeller (quando o profissional se posiciona sobre a mulher e pressiona sua barriga empurrando o fundo uterino para que supostamente o bebê nasça mais rápido), exames de toque em excesso (e muitas vezes realizados por diferentes profissionais ou alunos), raspagem dos pelos pubianos, dentre outras inúmeras situações. 😣

Que cenário terrível, não é? Chega e embrulhar o estômago e dilacerar o coração. 🤢💔 Mas, infelizmente, como temos falado, são situações recorrentes aqui no Brasil. E você, mulher, por acaso já teve a infelicidade de passar por algo assim? Gostaria de compartilhar comigo? Se quiser, estou aqui para conversar! 🙋‍♀️💬

09/03/2021

Quem mora em Curitiba – Paraná – Brasil já deve ter avistado umas árvores amarelas, vibrantes que estão floridas, enfeitando a cidade nesta época. 💛 Chuva de ouro que nos traz um tico de alegria e esperança para estes tempos difíceis. Sabem qual é? Há alguns anos essa árvore representa para nós, aqui de casa, a proximidade do aniversário do nosso caçulinha. 🥳

Da mistura de um pai engenheiro florestal e uma mãe doula, deu no que deu: nasceu um ritual familiar que nos acompanha há 13 anos, desde que resolvemos plantar a “árvore da vida” do nosso primogênito. Então, para cada filho, o papai escolheu uma árvore que estava florida no dia do nascimento deles. 🌳🌼

A nossa ideia era eles terem essa árvore deles como um refúgio, um símbolo, um pouco deles ali, unidos e crescendo junto na Terra que eles agora habitam. 🌎 No caso dos dois mais velhos, enterramos junto o coto umbilical de cada um e no caso do Benício, que fez 5 anos na semana passada, enterramos a placenta dele junto com a sua árvore.

Adivinhem o que aconteceu com a muda da árvore plantada com a placenta do Beni? Bombou, não cresceu!💥 E sabem por quê? Porque ela recebeu o melhor adubo que poderia: a placenta. Um órgão magnífico e de função vital na gestação, pois é através dela que acorrem as trocas (oxigênio, gás carbônico, nutrientes...) entre o bebê e a mãe. 🤰

Quis trazer pra vocês uma pitada de possibilidades e curiosidades do que é e do que podemos fazer com as nossas placentas, mas vou aproveitar o gancho aqui para iniciarmos uma prosa sobre ela, beleza?

E aí, você já tinha ouvido falar sobre a árvore da vida? Você gostaria de fazer o carimbo da sua placenta? Essa é a árvore da vida do nosso Benício e o dia que fizemos o seu plantio, ao lado da casa da vovó Bibi. 🏡 O engraçado foi que bem na hora que íamos fazer o nosso ritualzinho, tocou o interfone e eram umas tias nossas, que tinham ido conhecer o mais novo membro da família. Desde então, elas nos acham ainda mais esquisitos. K*k! 🤪 Mas para nós, a simbologia e tudo que tem por detrás dela nos encanta e faz sentido. Então... Vamos que vamos! Criando memórias afetivas para nossos rebentos.

08/03/2021

Hoje é dia das guerreiras. Das heroínas que cotidianamente chamamos de Marianas, Ritas, Barbaras, Floras, Marias, Iolandas, Rosas, Nitis, Jéssicas, Luizas, Fernandas, Paulas, Renatas, Julias, Alexandras. Somos nós, as mulheres.

Quem são as mulheres que você admira? Quem são aquelas que te ensinam, te inspiram, te ajudam, te (re)conhecem, te acolhem, te amam?

Mais do que ninguém, sabemos das nossas infindáveis lutas e que apesar das conquistas (galgadas a duras p***s) e dos frutos que colhemos delas, as lutas diárias AINDA são árduas. Lutas por direitos. Direitos nada mais que: direitos humanos...

Nesta data, para além de parabenizar uma mulher ou as mulheres, a gente quer mesmo é lançar luz sobre situações recorrentes entre ELAs, entre nós. E acreditem! Lutar pelas causas das mulheres é de todos nós, independente do gênero.

Respeito. Equidade. Amor. Leveza. Bravura. Doçura. Potencialidade. Sabedoria. Coragem. Força...

Quer maior expressão de “tudo isso” do que uma mulher quando traz seu rebento ao mundo? Da forma que for, eu sempre vislumbro todas nós em cada uma de nós, especialmente nestes momentos de travessias.

Gestar. Parir. Nutrir. Acalentar. Amar. Alimentar. Educar. Zelar. Cuidar. Respeitar. Lutar por. Lutar com. TransforMAR. Criar: mundos, laços, afetos, memórias, histórias, vitórias, batalhas inglórias... Desfazer. Desatar: nós, por nós e entre nós. Somos todas UMA. Somos todas UNAS.

E ninguém solta a mão de ninguém! Amém! Sigamos. Além! Juntas na luta, na garra, na esperança que consegue brotar mesmo diante das piores violações que nos assolam.
Eis que me ocorreu essa frase: “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”, já diria uma guerreira que lutou bravamente, mas ficou a margem de um grande líder social... qualquer semelhança não é mera coincidência...

Vem cá amiga, amada, querida mulher: quero te dar aqueeele abraço e dizer que essa nossa força nos nutre e conecta. Estou aqui. Estamos aqui. Estamos aí e ali! Obrigada por existir e RExistir comigo & conosco!

05/03/2021

📅 Nasceu no dia 06/07/2018 – 1h02
⚖️ Peso ao nascer: 4,015kg
📏 Altura: 51 cm
🤱 Cesárea respeitosa

"Nessa vida, basta esperar que você vai entender o inexplicável. Marina não queria nascer não, mesmo com 40 semanas, 5 dias e uma bolsa rompida há 24 horas, ela insistia em f**ar. O que justif**a? O amor, acho que ela queria f**ar ali guardadinha em mim.

Aqui do lado de fora desta história só foi possível f**ar tranquila e em paz porque tínhamos conosco pessoas que confiávamos e que nos deram a segurança suficiente para isso. Ale Graf, esse é um dos nomes que mudaram nossa história. Essa doula que chegou na nossa família nos “15 minutos de acréscimo”, mais precisamente com Marina de 38 semanas e 5 dias, fez o seu momento de chegada ser bem especial. Sem ela, tudo seria diferente e muito menos romântico.

Assim nasceu Marina, em uma cesárea realmente respeitosa, com 51cm e 4,015kg. Não dava para chamá-la no diminutivo, então por muito tempo a chamávamos de Marinona. Hoje com 2 anos e 7 meses essa garotinha traz uma alegria para nosso lar que nem dá pra explicar. Divertida, falante, amorosa com o irmão e briguenta também, grudada em mim e muito vaidosa.

O que mais gosta de fazer: pintar com guache os pés, as mãos, o papel e nossa parede também. Tento sumir com todos os meus batons de perto dela, porque nessa idade já tem um histórico que a compromete. Aff, já destruiu vários. Seu cabelo cor de fogo justif**a a personalidade apimentada e decidida.

Esse é o pequeno trecho de nossa história com essa menina e nossa doula especial."

- Depoimento da mamãe Ângela, papai Eric e irmão Felipe.

04/03/2021

Hoje vamos dar sequência a um outro caso de violência obstétrica: QUANDO NÃO INFORMAM SOBRE ALGUM PROCEDIMENTO QUE SERÁ REALIZADO.

☝️🚫 Você sabia que fazer qualquer procedimento - como cirurgia cesariana, lavagem intestinal, uso da ocitocina sintética, episiotomia (que é o famoso “piquezinho”, o corte no períneo), entre outros - sem previamente pedir permissão ou explicar, DE FORMA A SER COMPREENDIDO PELA GESTANTE, o que está sendo feito ou recomendado para ela também se constitui violência obstétrica?

👉Além disso, realizar estes procedimentos SEM NECESSIDADE e levar a gestante a acreditar que seriam urgentes, fazendo ameaças com exemplos de riscos imaginários ou hipotéticos não comprovados, também caracteriza outra forma de violência obstétrica!

👉Você DEVE e PRECISA saber sobre o que está sendo submetida, respeitando-se a autonomia sobre o seu próprio corpo, bem como tendo suas vontades e necessidades asseguradas! Precisamos lutar diariamente por isso!

😔 Sei que este não é um tema muito agradável de se falar, mas a realidade é tão triste que quanto mais falarmos e disseminarmos a situação, mais contribuiremos para que haja uma mudança de mentalidade e atitude em nossa sociedade. Por isso, compartilhe este post com uma mulher para que ela também esteja atenta e informada sobre este cenário tão revoltante e recorrente em nosso país! 💪

03/03/2021

03 de março de 2021.

5 anos!
Até eu desacredito que nosso caçulinha ta aí. Assim: grandão...
Finalmente chegou o dia em que poderás mostrar tua mãozinha cheia de dedos para contar a tua idade por aí, né pitoco?! 🤚 Foi difícil esperar este dia chegar. Eu sei. Cada dia, há 32 dias, riscando no calendário, na expectativa com essa contagem regressiva.

Beni, Beni! Menino maroto que trouxe desde as primeiras horas de vida essa força no olhar. 👁 Expressivo, forte, corajoso, sagaz, birrentinho e dengoso... assim você é, às vezes, no teu ser no mundo. Mamar, amar, brincar com...

Não sei nem explicar por que tanto te sentia fazendo parte das nossas vidas, antes mesmo de você nelas adentrar. Seu figurinha conversador, cheio de histórias para contar! Como não te amar? 🥰 Desde sempre se faz presente. Luta pelo teu espaço. 💪

Sortudinho de ser o terceirinho e receber todo carinho deste nosso ninho. 🤗
Quanto amor você recebe dos teus irmãos, Beni. Sabia que logo que você nasceu, já mexia a cabecinha a procura daquelas vozes fraternais tão conhecidas? Sim! Teus irmãos são teus super-heróis da vida real e nós te flagramos flertando-os, analisando tim-tim por tim-tim de tudo que eles fazem e falam. Vocês planejam juntos salvar o mundo. 👶👦🧒🌎Mas sabe, filho, acredite: vocês já estão mudando um pouco deste mundo pelo que floresce destes pequeninos corações de ouro.

Hoje, meu coração de mãe que aprende contigo nesta jornada que juntos trilhamos, é pura gratidão pela tua vinda e por ter te “dado” à luz desta vida. Tua história é uma lenda linda que eu ainda vou te contar em muitos e muitos abraços apijamados, cobertos a meia luz, instantes antes de eu sentir teu corpinho relaxando sob o meu e teus olhinhos se fecharem... 💤

Que teu anjo da guarda ilumine e proteja teus passos, Benício, nosso “abençoado” que há 5 anos veio para completar a nossa banda. Quer dizer, a nossa família! Parabéns, pitoco! 🥳♥️⭐️

02/03/2021

Você também já passou por esta situação? Ahhh, eu me lembro bem! Precisar sentar na ponta da cama ou mesmo no chão para tentar calçar os sapatos, ou precisar de ajuda para amarrar... 🥾👟😅

Sandálias de abotoar então…? Impossíveis com aquele pezinho de pão que costumamos f**ar. 🍞🦶 Comigo inclusive aconteceu um fenômeno na primeira gestação: meu pé cresceu um número. 🙈 Sim! E para sempre, depois de velha. K*k!

E cortar as unhas dos pés!? Uma acrobacia fora do normal e que no último trimestre da gestação está simplesmente fora de cogitação. 🙅‍♀️ Ai ai, coisas de grávida que só quem passou por isso sabe, não é mesmo?

E aí, você também tem uma lembrança dessas para contar pra gente? Escreve aqui nos comentários me contando como foi. Vamos dar umas risadas juntas! 😄🤰

01/03/2021

Você é do time que, assim como eu, gosta de documentários? Se tem me acompanhado por aqui, deve ter percebido duas coisas: a primeira delas é que há um tempinho atrás eu recomendei um filme chamado "O Renascimento do Parto" e a segunda é que durante essas semanas estou trazendo em pauta o tema da VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA. E é por isso que hoje, a dica de cineminha é a sequência "O Renascimento do Parto 2", já que este filme explora o assunto, do início ao fim. 🎞

Lançado em maio de 2018, o documentário traz inúmeras situações reais de violência obstétrica em nosso país, como por exemplo: mulheres traumatizadas por serem impedidas de receber água e comida ao longo do trabalho de parto, por não terem sido avisadas dos procedimentos que foram realizados ou que, mesmo discordando, não foram ouvidas e respeitadas, por sofrerem violência física e verbal... e por aí vai. 😣

Assim como no primeiro da série, este documentário traz depoimentos de especialistas, que correlacionam o trauma sofrido por estas mulheres com uma situação de estupro... Papo sério este, minha gente! ☝️😠

A situação é revoltante e ainda assim o diretor Chauvet afirma que, por ser um tema chocante, não seria possível mostrar 100% da realidade. 😓 Por isso, talvez não seja o filme para assistir sozinha ou grávida. Depende de como está se sentindo diante deste meu spoiler aqui. Mas não deixe de assisti-lo!

E assim, com informações de qualidade e bastante pé no chão, seguimos juntos, lutando para disseminar sementes de mudança, para que esta deixe de ser a realidade em nosso país!💪 Lembrando que a trilogia está disponível no Netflix, no Google Play ou Now. 😉

A imagem deste post é uma cena do documentário "O Renascimento do Parto 2', utilizada com nenhuma violação de direitos autorais pretendida.

26/02/2021

Ah, a sexta-feira chegou. E pra hoje preparei uma dica muito importante para todas as mamães. Aqui vai ela: valorize e acolha o seu processo! 🦋

Muitas vezes quando chegam os filhos, nós, mulheres, passamos por um processo de perda da autoestima. Nosso vigor, vaidade e disposição acabam se esvaindo por entre as fraldas, mamadas e noites a fio em claro, dormindo aquele sono picado. Acreditem, eu sei bem como é! 🥱

Além disso, outra coisa que pega muito na nossa cabeça é a comparação com outras mães, e é sobre isso que eu queria falar. ☝️

Sabe, às vezes somos as carrascas de nós mesmas. Precisamos aprender a valorizar as coisas que acertamos e pegar leve naquilo que achamos que podemos melhorar. 💛Lembrando que nenhum filho é igual a outro, assim como nenhuma mãe também o é! Você está indo bem! Acredite! Acolha a si mesma e valorize-se. Digo isso para você, e para mim mesma! E assim vamos nos encorajando mutuamente e trilhando a caminhada da maternidade juntas. Combinado? 🥰😘

25/02/2021

Benício, filho já tão amado e esperado: há 39 semanas que compartilhamos o mesmo corpo, que sou seu ninho, seu lar.

Sei que a qualquer momento você, nosso caçulinha que já está prontinho para nascer, vai dar os seus sinais. Estou entregue para o teu nascimento, seja lá como ele vir a ser. Me preparei para uma cirurgia desacordada, de um bebê prematuro e veja só! Você já está a termo, de cabecinha pra baixo (sim! Ainda tivemos essa cambalhota maravilhosa que você conseguiu dar na 37 semana! Ufa!) e pronto para sobreviver aqui fora.

Sei que você sabe do medo que senti de te “perder”. Mas também sei que você me entende, né? Não tinha como não ser atravessada por este sentimento depois de ter perdido o teu irmão, Valentim. Relaxei um pouco quando ultrapassamos as 24 semanas. Não adianta: as memórias estavam vívidas aqui dentro e este tempo representou um marco.

Outro momento marcante foi parar numa floresta de Teca (árvore), voltando de uma eco em Sinop-MT. Paramos, entramos nela e ali, de joelhos, agradecemos pelo teu bom desenvolvimento e te batizamos de BENÍCIO. “Abençoado”, “aquele que vai bem”, “homem bom”. Pronto. Não poderia ter mais a ver contigo e com a sua história.

Conforme as semanas passavam, todo este medo deu lugar a uma fé inabalável da qual nem eu sabia que tinha. Cada injeção um dia a menos. Ou melhor, um dia a mais de você aqui dentro de mim.

Teu pai e eu nos conectamos como nunca, superando e nos fortalecendo. A última aventura foi ele chegar de Colíder com zika vírus. Ali eu desmoronei. Estar sem ele no teu parto? Eu só mandava este pensamento pra bem longe e te pedia para esperar só mais um pouquinho até ele sair do hospital.

Você nem pode imaginar como seus irmãos já te amam e perguntam diariamente se é hoje que você vai nascer. O Caetano quer muito te ver nascendo e ser a primeira pessoa a te pegar no colo nesta vida.

Agora, filho, pode nascer. Venha em paz e no seu tempo. Te abraço mais um pouco, assim de dentro pra fora e de fora pra dentro. Te espero com todo meu amor e humanidade.

Curitiba, 18 de fevereiro de 2016

24/02/2021

Olá. Tudo bem com você? Não sei se reparou, mas na semana passada começamos a falar sobre esta temática tão importante: A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA. Expliquei um pouquinho o que é e comentei também como este tipo de violência é tão recorrente no Brasil.

Mas será que você sabe identif**ar os casos quando a violência obstétrica ocorre? Bem, aqui está o primeiro deles: QUANDO A DOR É IGNORADA. 😓

Isto signif**a que quando deixam de oferecer algum tipo de alívio para a dor da parturiente, seja por meio de analgesias, banhos, livre deambulação, massagens, etc, é um ato de violência obstétrica e não pode ser tolerado! 😠

Em muitos casos, por exemplo, a mulher demonstra que está sentindo muita dor e é chamada de “fresca”, que “reclama demais” ou até que “na hora de fazer não gritou, né”? Ser ouvida com empatia, respeito e liberdade, recebendo os métodos adequados é direito nosso. É direito seu, mulher parturiente! Por isso não admita que este tipo de situação aconteça com você! ✋🙅‍♀️

Alexandra Graf - Doula e Educadora Perinatal