21/10/2025
O consumo elevado de fast food e alimentos ultraprocessados tem sido associado a um aumento de risco para características prodrômicas da doença de Parkinson.
Um estudo longitudinal recente, publicado no Neurology, demonstrou que a ingestão prolongada de ultraprocessados, categoria que inclui fast food, está relacionada a maior prevalência de sintomas não motores sugestivos de fase prodrômica de Parkinson, como constipação, distúrbio comportamental do sono REM, dor corporal e sintomas depressivos, com risco de até 2,5x para apresentar três ou mais sintomas prodrômicos em comparação aos de menor consumo
Pesquisadores acompanharam mais de 42 mil profissionais de saúde por 26 anos (Incrível né?!). Eles avaliaram a quantidade diária de alimentos ultraprocessados e a presença de sinais prodrômicos, ou seja, alterações sutis que podem aparecer anos antes do diagnóstico: constipação, perda de olfato, distúrbio do sono REM, dor corporal, lentidão, alterações de humor e cognição.
📊 O resultado impressiona: quem consumia cerca de 11 porções diárias de ultraprocessados tinha 2,5 vezes mais probabilidade de apresentar três ou mais sinais prodrômicos em comparação a quem ingeria menos de 3 porções por dia.
👉 É importante destacar: o estudo não prova que fast food causa Parkinson, mas mostra uma associação FORTE entre dieta ultraprocessada e indícios precoces de neurodegeneração. É muito provável que esta associação seja semelhante para outras doenças como Alzheimer.
🍎 Em contrapartida, padrões alimentares protetores, como a dieta mediterrânea e a dieta MIND, ricas em frutas, vegetais, grãos integrais, azeite e peixes, estão cada vez mais associados à preservação da saúde cerebral.
🔍 Concluiindo: quanto menos produtos ultraprocessados no prato, melhor para o corpo — e para o cérebro.
📖 Referência:
Wang P, Chen X, Na M, et al. Long-term consumption of ultraprocessed foods and prodromal features of Parkinson disease. Neurology. 2025;104(11):e213562. doi:10.1212/WNL.0000000000213562.