03/11/2021
💙
E quando eu percebo que carrego as feridas de meus antepassados?
Acredito que isso seja algo mais dificultoso em ser reconhecido, já que são marcas tão internas que apenas levamos em nossa vida sem se dar conta que muitas vezes essas feridas dificultam de vivermos de maneira espontânea. Mas como são essas feridas? O psicodramatista Sérgio Perazzo ilustra isso com um trecho "a solidão da minha avó determina a solidão da minha mãe que, por sua vez, determina a minha solidão" (Retirado do livro Psicodrama: o forro ao avesso, página 101).
Pode parecer meio difícil de acreditar que algo como esse trecho se reproduza na vida de alguém, mas a questão é que isso pode ser mais comum do que imaginemos, pois muitas dessas feridas possivelmente surjam ao serem expostas para o outro durante uma conversa ou discussão, e como se fosse uma espécie de "maldição", aquilo se internaliza no sujeito, construindo um legado inconsciente de reproduções de comportamentos e falas que se perpetuará até esse ciclo ser quebrado.
Denomino como ferida, pois é algo intrapsíquico que não foi resolvido pela pessoa primária a desenvolver o sintoma, sendo que essa característica trouxe angústias e possivelmente desencadeou em algum sofrimento no indivíduo, que tomado por isso, passa para suas futuras gerações aquilo que estava fortemente vívido dentro de si.
Se torna um longo processo se desvencilhar desse legado familiar, visto que o sintoma tem um poder bastante carregado pela pessoa originária, e quando passado de geração por geração, torna aquilo como se fosse uma grande marca que definisse seus indivíduos. Fazendo com que esses possuam dificuldade em exercer a sua espontaneidade de forma plena.
Embora seja algo de forte presença, é possível fazer com se a situação se reverta e quebrar essa "maldição". Se identificou? Venha agendar uma consulta!
Psicóloga Beatriz Grupp da Rosa (CRP PR 08/28354)
Atendimento online
Fone: 41 99794-0007
instagram.com/psibeatrizgrupp