27/11/2025
Antes de mergulhar na cirurgia de freios orais em bebês, precisamos olhar para muito mais do que o freio em si: cada bebê é único, cada família vive sua própria história e condutas clínicas precisam ser tomadas com responsabilidade, ética e cuidado.
O processo começa impreterivelmente com um diagnóstico assertivo e o planejamento cirúrgico, através da avaliação das condições médicas do bebê e de uma análise crítica dos riscos e benefícios da intervenção. Ainda, é fundamental estudar a anatomia cirúrgica de cada freio, assim como reconhecer as características das estruturas que se localizam próximas à área de atuação.
O trabalho transdisciplinar contribui com a qualidade e a resolutividade da cirurgia, a partir da ampliação das capacidades funcionais e fisiológicas da díade. Mas devemos lembrar que o núcleo familiar necessita de empatia e acolhimento de suas angústias, pois uma família segura em sua decisão certamente refletirá num pós-operatório mais tranquilo para o bebê.
NÃO EXISTE URGÊNCIA PARA SE OPERAR FREIOS EM BEBÊS! Se o momento cirúrgico não é o mais favorável, o manejo clínico de amamentação irá contribuir para que este momento seguro seja alcançado, mantendo o bebê nutrido sem bicos artificiais e o cuidado com a produção láctea materna. Existem critérios para um bom diagnóstico e técnicas cirúrgicas adequadas para que a cirurgia seja segura e efetiva. E isto precisa ser respeitado!!!