04/06/2022
Texto que escrevi para página da clínica em que atuo 🥰
Com o diagnóstico da Doença Celíaca (DC), o tratamento consiste na retirada total do glúten da alimentação. Considerando que o alimento em nossa cultura exerce uma função também de interação, compartilhamento, forma de obter prazer e até de identidade cultural e familiar, a restrição severa na alimentação (não comer certos alimentos para sempre) e a necessidade de adaptação de hábitos de vida e socialização – como não poder comer certos alimentos em eventos e estabelecimentos. Podem implicar em dificuldades tanto de adesão na dieta sem glúten e prejuízos físicos, como impactos na saúde mental se não forem pensadas alternativas e novas respostas para o problema.
Podem ser percebidos alguns sintomas e comportamentos atrelados a DC, tais como: ansiedade, “hipervigilância”, isolamento social, depressão, irritabilidade, dificuldades de aceitação do diagnóstico e mudanças dos hábitos, prejuízos na relação com o corpo, medos pelo desconhecimento, mecanismos de defesa como de racionalização, negação, frustração (sentimento de raiva e tristeza), angústia e luto.
Outros impactos ruins pela falta de rede de apoio (família, amigos...) quando fortalecida e informada vêm muito a contribuir para cuidado contínuo, mas os desafios aparecem quando há desinformação: “só um pouquinho não faz mal”, no menosprezo da seriedade da doença: “é frescura!”, na pena: “que dó você não poder comer”, ao invés da inclusão, respeito, empatia, acolhimento e nas muitas alternativas possíveis que podem ser construídas conjuntamente.
A busca de um psicólogo pode ser necessária quando celíaco não consegue lidar diante deste cenário. A psicoterapia pode ser lugar de escuta, auxílio na elaboração desse diagnóstico e tudo que o impacta. Comunicar o que está sentindo ou qual sentimento desperta, ampliar a percepção sobre o problema, lidar com aquilo que não pode controlar, compreender a ansiedade, sentimentos sobre si e sobre seu entorno, relação com alimentação e seu próprio corpo, tendo lugar de fala e compreensão.
Para além de acompanhamentos multiprofissionais, é possível alcançar pessoas da comunidade que também são celíacas seja presencial ou virtual. Há muitos grupos, páginas e perfis que podem auxiliar no conhecimento, saída do isolamento, construção de alternativas e estabelecimentos aptos para alimentação, assim como associações. Em Curitiba há diversas opções, além da cidade ser considerada a capital dos celíacos!
Psicólogo Renan Vinícius Gnatkowski
Especialista em Saúde da Família (e celíaco)
CRP 08/23328
Doença Celíaca e Saúde Mental
Com o diagnóstico da Doença Celíaca (DC), o tratamento consiste na retirada total do glúten da alimentação. Considerando que o alimento em nossa cultura exerce uma função também de interação, compartilhamento, forma de obter prazer e até de identidade cultural e familiar, a restrição severa na alimentação (não comer certos alimentos para sempre) e a necessidade de adaptação de hábitos de vida e socialização – como não poder comer certos alimentos em eventos e estabelecimentos. Podem implicar em dificuldades tanto de adesão na dieta sem glúten e prejuízos físicos, como impactos na saúde mental se não forem pensadas alternativas e novas respostas para o problema.
Podem ser percebidos alguns sintomas e comportamentos atrelados a DC, tais como: ansiedade, “hipervigilância”, isolamento social, depressão, irritabilidade, dificuldades de aceitação do diagnóstico e mudanças dos hábitos, prejuízos na relação com o corpo, medos pelo desconhecimento, mecanismos de defesa como de racionalização, negação, frustração (sentimento de raiva e tristeza), angústia e luto.
…continua nos comentários.
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