Dr André Astete - Psiquiatra

Dr André Astete - Psiquiatra Psiquiatra clínico, com um olhar fenomenológico e comportamental sobre a psicopatologia e interesse acadêmico em Transtornos de Ansiedade.

Sou um estudioso da cognição social. A cognição social representa um constructo multidimensional que abrange os processo...
09/11/2025

Sou um estudioso da cognição social. A cognição social representa um constructo multidimensional que abrange os processos cognitivos envolvidos na interpretação e resposta a informações sociais. Embora não exista uma definição única e universal, a cognição social é geralmente descrita como o conjunto de operações mentais que permitem perceber, interpretar e reagir adequadamente a sinais sociais, incluindo intenções, emoções e comportamentos de outras pessoas. Em termos mais abrangentes, refere-se às funções cerebrais humanas responsáveis pelo processamento do estímulo social, constituindo a base da expressão do comportamento interpessoal e das habilidades sociais, como a empatia e o entendimento de lógicas culturais ou do grupo ao qual pode-se ou não pertencer. Falaremos mais a respeito aqui no perfil e no canal do YouTube Medicina Mental com André Astete. Espero dialogar com colegas interessados no tema!

A cor do Girassol que é a do seu cabelo..."Vento solar e estrelas do mar, A terra azul da cor de seu vestido, Vento sola...
08/11/2025

A cor do Girassol que é a do seu cabelo..."Vento solar e estrelas do mar, A terra azul da cor de seu vestido, Vento solar e estrelas do mar,Você ainda quer morar comigo?". Há uma semana perdemos Lô Borges, poeta e músico mineiro. Este fato fala a mim por minhas raízes em Belo Horizonte onde nasceu minha mãe, mas também pela melodia da juventude nos versos desta exata música. O adeus ao poeta que parecia eternamente jovem é também simbólico de um momento em que perdas e aceitação passam a ser um exercício frequente. Sobre a perda é importante saber que só é perda se for irremediável e insubstituível. Para perda real não há restauração apenas soluções cicatriciais. Aceitar é renovar e abraçar novamente as cores do mundo, o horizonte dos sonhos, agradecer novamente pelas manhãs azuis de sol morno, caminhar pelas ruas da minha cidade e descobrir que pode ser como se fosse a primeira vez. O girassol da cor do seu cabelo e a terra azul como seu vestido ainda será a melodia para se ouvir dentro da alma, e isso é prata nos cabelos mas o mesmo olhar brilhante e abraço caloroso. Como disse o mesmo poeta das alterosas, ter novamente "O Sol na cabeça" . Sempre o sol.

02/11/2025

A agorafobia tem base no medo de passar mal fisicamente e se expressa em inumeras situações de insegurança sobre o contexto ou sitação. Veja o video na íntegra no canal Medicina Mental com André Astete no you tube "Entrevista sobre ansiedade e agorafobia" (link do canal na bio)

Não é apenas uma "observação da bolha da elite". Multiplicam-se pesquisas que mostram um aumento significativo de compor...
01/11/2025

Não é apenas uma "observação da bolha da elite". Multiplicam-se pesquisas que mostram um aumento significativo de comportamentos paternos que envolvem cuidado direto e construção de intimidade com as crianças, rompendo o tradicional trinômio provimento / proteção / disciplina. E as pesquisas mostram impactos benéficos no desenvolvimento cognitivo, social e na saúde mental de filhos de figuras paternas envolvidos em seus cuidados e intimamente conectados a eles. São dados que apontam menores taxas de reprovação escolar, melhora nos índices de autoestima de meninas, melhores índices de saúde mental materna, menor envolvimento em comportamento anti social por parte de meninos. Um novo e mais saudável desenho de dinâmicas parentais está se firmando e as evidências apoiam o estabelecimento de equivalência na importância dos cuidados parentais de pais e mães. No âmbito até mesmo da justiça, avança gradualmente o impacto prático da Lei 13.058/2014 que estabelece a guarda compartilhada como a norma. O mundo progride e boas notícias existem, talvez isto esteja mais evidente fora do estardalhaço das manchetes. Deixo uma fonte interessante sobre o impacto do cuidado paterno: Sarkadi A, Kristiansson R, Oberklaid F, Bremberg S. Fathers' involvement and children's developmental outcomes: a systematic review of longitudinal studies. Acta Paediatr. 2008 Feb;97(2):153-8. doi: 10.1111/j.1651-2227.2007.00572.x.

Quero apresentar meu canal no YouTube onde vou passar a publicar conteúdos de interesse acadêmico, debates com colegas e...
30/10/2025

Quero apresentar meu canal no YouTube onde vou passar a publicar conteúdos de interesse acadêmico, debates com colegas e convidados. Venha conhecer!

27/10/2025

O que não está "na moda" não deixa de existir! Transtorno de Ansiedade Social e TOC precisam ser reconhecidos, psiquiatras precisam ser melhor treinados para isso e para o tratamento, que deve combinar medicação correta, em doses individualizadas e orientação comportamental simultânea. Tenho publicações sobre manifestações destas patologias aqui no perfil, caso tenha dúvidas! E se vc se indetificar não fique em silencio, busque tratamento e orientação, há muitos recursos para te ajudar!

24/10/2025

Uma depressão com muito nervosismo e atitudes explosivas.... Vai ser necessário melhorar o ânimo e a melancolia como em toda a depressão, mas aumentar também a capacidade de controlar as emoções pode mudar todo o cenário. Ao escolher um fármaco que favorece o aumento potencial do controle executivo o psiquiatra cria condições para que, ao melhorar a depressão, a pessoa também se torne menos propensa a voltar a sofrer de estresse. Mas para isso precisará saber conduzir o paciente a exercitar a regulação emocional, somente o casamento do potencial neurobiológico com o método comportamental certo trará os resultados visíveis. Somente prescrevendo a "medicação certa" os resultados podem não sair do potencial. Somente coordenando o exercício comportamental o resultado pode ser menos expressivo do que se tivermos o terreno neurofuncional preparado para isso. Isso se chama conduta clínica plena, quando o tratamento se dá pela combinação de diferentes fatores e tem os resultados mais amplos e estáveis no curto e no longo prazo.

É hoje! Venha participar deste debate sobre a nova política de saúde mental no ambiente de trabalho! Acesso pelas plataf...
02/10/2025

É hoje! Venha participar deste debate sobre a nova política de saúde mental no ambiente de trabalho! Acesso pelas plataformas da Inspirar!

Neste día dedicado aos psiquiatras queria lembrar Jean Pierre Falret o que se já não fosse tão propício seria ao menos u...
13/08/2025

Neste día dedicado aos psiquiatras queria lembrar Jean Pierre Falret o que se já não fosse tão propício seria ao menos uma homenagem justa. Ao pronunciar seu nome talvez apenas alguns psiquiatras fãs de história se lembrarão que ele descreveu as manifestações clínicas do transtorno bipolar ainda no século XIX. Mas sua obra tem importância ainda maior. Foi autor de uma verdadeira doutrina clínica que valorizava o exercício da compreensão da experiência do adoecimento mental. Falret entendeu antes de qualquer outro que o adoecimento mental é acima de tudo uma trajetória onde o paciente não é uma vítima passiva de sintomas e sim um protagonista que reage e dá a resposta a essas experiências. Diante da doença alguns aprofundam o abismo, outros encontram saídas possíveis e outros encontram a superação. E é sempre possível ajudar as pessoas a fazerem as escolhas saudáveis. Suas ideias guiaram as mentes que posteriormente revolucionaram a psiquiatria sob a liderança germânica de pessoas como Kahlbaum e Kraeplin. Mas acima de tudo neste dia de hoje vejo como muito necessário que o olhar de Falret diante daquele que sofre seja o nosso mais genuíno método. Orgulho de ser psiquiatra!

Sessenta e um socos....e ainda temos a tétrica obrigação de contar. Um golpe pela força da raiva explosiva, já criminosa...
02/08/2025

Sessenta e um socos....e ainda temos a tétrica obrigação de contar. Um golpe pela força da raiva explosiva, já criminosa, mas que não chega a surpreender. Mas outras seis dezenas que mostram a essência do mal, proposital, desferidos quase todos na face buscando desfigurar. A monstruosidade que nos envergonha não é apenas uma evidência da possibilidade de personalidades doentes, nem só da nossa misoginia nacional. Tenho que dizer que é sintoma de uma doença cultural brasileira, mas não é só do Brasil. Toleramos e até cultivamos uma emocionalidade sem limites e sem ética nas nossas relações íntimas. Exibir fúria vem carregado da equivocadíssima certeza de que se trata de justa indignação diante do "inaceitável", é resposta ao desaforo. E os "desaforados" são cônjuges, filhos e afins que vivem com quem se permite externar a fúria. Cinicamente, em nome de um excesso de "amor". Nós, médicos, somos testemunhas frequentes dessa violência. Da mulher com as costelas quebradas (e envergonhada disso!) no meu consultório ao menino que teve o intestino "explodido" por um soco que meu pai e o Dr Affonso (cirurgião pediátrico) diagnosticaram em Apucarana anos atrás. E tudo foi "em casa". É urgente que falemos da violência moral e física nas relações. É urgente entender que aprender a regular nossas emoções não é apenas uma conversa de psiquiatra. E que a fúria é o que há de mais próximo no ser humano comum daquilo que consideramos desumano.

Um dos propósitos deste perfil, além de falar de ansiedade e depressão, é abordar fatos da experiência social que afetam...
14/07/2025

Um dos propósitos deste perfil, além de falar de ansiedade e depressão, é abordar fatos da experiência social que afetam a saúde mental. A solidão é vista hoje como uma epidemia crescente e se aproxima da doença não pelo simples fato de se estar sozinho, a solidão é na verdade "sentir-se só" e isso pode acontecer na presença de mais ou menos contatos sociais disponíveis. Migrar é um dos fatores de risco de exposição a experiências de solidão, a dificuldade em manter o exercício dos vínculos formados na sociedade de origem e a lentidão com que se criam e desenvolvem novos vínculos são as grandes raízes do estado de privação que muitos sentem a ponto de adoecer de depressão. Em estado de solidão as pessoas se tornam mais criticas e desconfiadas das pessoas que não conhecem, criam estereótipos negativos mais facilmente ("os curitibanos são frios como a cidade"...), exigem mais e ficam mais insatisfeitas com as relações que efetivamente tem, delas se tornam mais emocionalmente dependentes. Algumas pessoas experimentam a solidão em fases de transição como a migração, mas outras vivem barreiras para o preenchimento social, mesmo quando possível. Mas sofrer de solidão não é inevitável, mesmo quando se vive algum grau de desconexão social concreta. Comportamentos que afirmam a identidade (quem eu sou, o que gosto, dou importância ou acredito), que exploram as possibilidades de experiência e descoberta e iniciativas que favorecem a formação de intimidade se equilibram em fases de desafio e transição social para favorecer uma boa saúde mental. Ajudar as pessoas nessas mudanças terapêuticas tem sido tarefa comum no consultório, nesta cidade onde, entre os solitários, muitos estão afinal saudosos do que ainda chamam de "casa" até fazer da nova realidade a sua. Na primeira imagem concentração de paranaenses no estado e fora dele. Na segunda as maiores comunidades de paranaenses fora do estado, nas seguintes os forasteiros em Curitiba, São Paulo e no Rio.
Fonte: nexojornal.com.br

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