24/11/2025
📍 Delfinópolis – MG: entre sesmarias, indígenas e ouro
A região onde hoje está Delfinópolis ficava entre os ribeirões Extrema, Forquilha, Engano e o Rio Santo Antônio, em terras divididas originalmente em três sesmarias concedidas a Ambrósio Gonçalves Pacheco. No início do século XVIII, sua esposa, Dona Violanta Luzia de São José, doou 288 hectares de matas virgens à margem esquerda do Ribeirão Forquilha para erguer uma capela em honra ao Divino Espírito Santo. ⛪✨
Assim nasceu o povoado Espírito Santo da Forquilha — nome do padroeiro e do ribeirão cuja curva lembrava uma forquilha.
Antes da chegada dos colonizadores, a região provavelmente foi habitada por Tupiniquins e Carijós. Provas disso são peças domésticas e de guerra encontradas perto da Ponte do Surubi, onde se acredita ter sido um antigo acampamento indígena. Também há sinais da passagem de bandeirantes próximos à Cachoeira do Santo Antônio: escavações profundas e pedras deslocadas reforçam essa presença. ⚒️🌿
Entre os primeiros moradores conhecidos estavam João Marques, Joaquim de Almeida e Justiniano, de sobrenome desconhecido.
O progresso acelerou em 1871, quando Antônio Rodrigues descobriu ouro no Rio Santo Antônio. Ainda naquele ano, o povoado virou distrito do município de Santa Rita de Cássia.
Em 1919, o nome mudou para Delfinópolis, em homenagem ao então governador de Minas Gerais, Delfim Moreira da Costa Ribeiro. O município foi criado em 1938, subordinado à Comarca de Cássia. 🏛️
Gentílico: delfinopolitano.
Uma história marcada por fé, mineração, indígenas, sesmarias e a força das pequenas comunidades do interior mineiro.