Psicóloga Patricia Queirós de Sousa

19/11/2025

https://oglobo.globo.com/ela/noticia/2025/11/18/investigacao-de-bruna-marquezine-para-tdah-e-autismo-traz-a-tona-debate-sobre-diagnostico-tardio-em-mulheres.ghtml

Bruna Marquezine impulsiona debate sobre diagnósticos tardios de TDAH e Autismo em mulheres
A declaração de Bruna Marquezine sobre sua investigação para TDAH e Autismo reacendeu o debate sobre diagnósticos tardios de neurodivergências em mulheres. A atriz compartilhou dificuldades comuns a muitas brasileiras que enfrentaram anos de autocrítica devido à falta de compreensão de seus sintomas. Especialistas destacam que essa busca não é uma nova onda, mas uma correção de décadas de invisibilidade feminina nos estudos de neurodesenvolvimento. É visto como um processo transformador e libertador, permitindo que as mulheres compreendam e aceitem suas diferenças.

Ao comentar a própria investigação, a atriz destacou uma vivência comum entre brasileiras que passaram anos lidando com sinais ignorados pela ciência e pela sociedade

25/10/2025

JOANA DE CASTELA, A DOIDA DA ESPANHA

"Quando te disserem que você é louca, lembre-se de que, num dia 6 de novembro, nasceu Joana de Castela, uma Rainha que nunca foi louca, nunca!

Joana, a casaram aos 16 anos com um rapaz a quem chamavam “o lindo” (Felipe, o lindo), mesmo que não fosse (de acordo com os retratos, era bem feio). O cara se beneficiou desde o primeiro dia de todas as senhoras da corte. Joana se zangava logicamente, porque exigia um respeito que a ela não era dado.
Nem como mulher, nem como Rainha, nem como esposa. E é por isso que a chamavam de louca.

Quando seu marido morreu, Joana reivindicou o trono de Rainha de Castela, que a ela estava destinado. O Rei Fernando, seu próprio pai, não queria que Joana reinasse. Então, decidiu que ela estava louca. E trancou-a.

Joana ainda era jovem e muito bela. O Rei temia que voltasse a casar-se e contasse com um homem que a apoiasse na luta pelo trono. Melhor presa...

Quando seu filho Carlos foi visitá-la, dizem que ela "lhe cedeu graciosamente" o poder. Mentira! Carlos obrigou-a a assinar e deixou-a lá: Presa!

Joana era uma mulher culta, que falava latim e escrevia poesia. Mas a história a chamou de Joana, a louca, e não Joana, a prisioneira.

Joana de Castela é uma de tantas mulheres a quem a história negou sua verdadeira voz.
Da próxima vez que te chamarem louca, lembra que louca é a primeira coisa que se diz a uma mulher quando a querem silenciar!"

Tradução do texto de Paco Alonso

02/10/2025

Diagnosticada aos 3 anos com a rara e devastadora Síndrome de Rasmussen, Cameron enfrentava até 150 convulsões por dia, um quadro que ameaçava não apenas seu desenvolvimento, mas também sua própria vida. Aos 8 anos, a única alternativa para interromper o avanço da doença foi uma decisão drástica: a hemisferectomia, cirurgia em que metade do cérebro é removida.

O prognóstico inicial era desanimador. Médicos alertaram que ela poderia nunca mais andar, falar ou viver de forma independente. Mas o cérebro jovem de Cameron mostrou-se surpreendentemente resiliente.

Com muita determinação, apoio familiar e um processo intenso de reabilitação, a parte remanescente do cérebro assumiu funções vitais. Aos poucos, Cameron recuperou a mobilidade, ainda que com alguma fraqueza no lado esquerdo e desenvolveu plenamente suas habilidades cognitivas.

Aos 17 anos, alcançou um marco simbólico de autonomia ao conquistar sua carteira de motorista. Pouco depois, impressionou novamente ao concluir o bacharelado e o mestrado em apenas cinco anos.

Hoje, Cameron Mott atua como fonoaudióloga (Speech-Language Pathologist), transformando sua própria história em inspiração para ajudar outras pessoas a superarem barreiras de comunicação.

Sua vida não é apenas um caso clínico extraordinário, mas um poderoso testemunho da força humana e da incrível neuroplasticidade que pode reescrever destinos.

17/09/2025

“Aquilo que nunca quisemos saber sobre nós mesmos volta a nos confrontar como destino.” Carl Gustav Jung

Muitas vezes, passamos pela vida evitando olhar para certas partes de nós mesmos: dores, fragilidades, escolhas que fizemos ou não fizemos. O que deixamos de lado, no entanto, não desaparece. Ao contrário, encontra caminhos para retornar, seja em nossas relações, em situações repetidas ou até em sintomas que insistem em aparecer.

Na psicoterapia existencial, aquilo que não é reconhecido permanece à espreita, pedindo espaço para ser vivido. O “destino” aqui não é algo místico, mas a forma como a própria vida nos devolve a chance de olhar para o que evitamos. É um convite para acolhermos nossa verdade, mesmo que desconfortável, e assumirmos a responsabilidade de nos reconciliar com quem somos.

Encarar o que evitamos pode ser doloroso, mas também é libertador. Pois, quando damos voz ao que foi silenciado, encontramos a possibilidade de viver com mais autenticidade e liberdade.

Psicóloga Patricia Queirós de Sousa

Saúde Mental

01/09/2025

🌻 Setembro Amarelo 🌻

Setembro nos lembra da importância de falar sobre saúde mental e prevenção ao suicídio.
É um convite para olharmos com mais cuidado para nós mesmos e para quem está ao nosso redor.

📌 Lembre-se: pedir ajuda não é sinal de fraqueza, é um ato de coragem e de amor à vida.
📌 Você não está sozinho(a). Compartilhar a dor pode aliviar o peso que parece insuportável.
📌 Acolher, ouvir e estar presente pode salvar vidas.

✨ Cuidar da saúde mental é tão essencial quanto cuidar do corpo.
Falar pode transformar, silenciar pode adoecer.

💛 Se precisar, busque apoio profissional. Sua vida importa, sempre.

Psicóloga Patricia Queirós de Sousa

21/08/2025

O termo sofomaníaco é usado para descrever aquela pessoa que acredita saber de tudo, que não se abre para aprender com o outro e se coloca como dono da verdade.

Na psicologia fenomenológica existencial, podemos pensar que essa postura, muitas vezes, não fala de um "saber genuíno", mas de uma defesa diante da insegurança: ao assumir que já tem todas as respostas, o sujeito evita se confrontar com a dúvida, a vulnerabilidade e a possibilidade de rever sua própria história.

➡️ O verdadeiro saber nasce da abertura, da escuta e da humildade diante da vida.
➡️ Quando nos permitimos não saber, abrimos espaço para crescer e nos transformar.
➡️Nem sempre quem fala como dono da verdade está em paz consigo mesmo.

✨ O risco de ser é permanecer preso a si mesmo, sem espaço para o novo.

Como a psicoterapia pode ajudar?

Na psicoterapia, especialmente dentro da perspectiva fenomenológica existencial, o sofomaníaco pode se beneficiar ao encontrar um espaço seguro para olhar para além da máscara do “saber absoluto”.

🔹 Escuta sem julgamento: O psicoterapeuta não entra em disputa de quem sabe mais, mas acolhe a experiência vivida, favorecendo que a pessoa perceba os sentidos e intenções por trás de sua necessidade de “saber tudo”.

🔹 Contato com a vulnerabilidade: Muitas vezes, a sofomania é uma defesa contra insegurança ou medo de não ser reconhecido. A psicoterapia ajuda a dar nome a essas fragilidades, permitindo maior autenticidade.

🔹 Ampliação da consciência: O processo convida a pessoa a perceber que o “não saber” é parte essencial da existência humana e que abrir-se ao outro é também uma forma de crescimento.

🔹 Relações mais saudáveis: Ao diminuir a postura rígida de dono da verdade, o indivíduo pode se conectar de forma mais genuína, aprendendo a ouvir, dialogar e se transformar.

✨ Em resumo, a psicoterapia oferece a oportunidade de trocar a necessidade de parecer “sempre inteligente” pela possibilidade de ser inteiro e verdadeiro.

Psicóloga Patricia Queirós de Sousa

13/08/2025

Porque fechar um ciclo dói?
Porque não é só sobre encerrar uma história — é sobre abrir mão de sonhos, rotinas, lugares e até de versões de nós mesmos que só existiam naquele contexto.
A dor vem do vazio que se forma entre o que já não é e o que ainda não chegou.
Mas é nesse espaço que nasce a possibilidade de um novo começo.

Dentro da perspectiva fenomenológica existencial, fechar um ciclo dói porque significa reconhecer que algo que fazia sentido no nosso mundo-de-vida já não encontra mais lugar no presente.
A perda não é apenas do outro, do trabalho ou da fase — é também da forma como nos víamos e nos sentíamos ali.
A dor surge porque somos seres em constante construção, e cada fim nos convida a lidar com o vazio e a incerteza que precedem o próximo sentido.
Encerrar um ciclo é, ao mesmo tempo, um ato de despedida e de abertura: despedida do que foi vivido, e abertura para acolher aquilo que ainda está por vir.

Psicóloga Patricia Queirós de Sousa

12/08/2025

08/08/2025

Quantas dores você carrega que, na verdade, nunca lhe pertenceram?
Expectativas que colocaram sobre você. Culpas que não eram suas.
Pesos herdados, silêncios impostos, medos absorvidos…

Na psicoterapia, muitas vezes, o caminho da cura é justamente esse: Reconhecer o que é seu e o que é do outro.
Devolver os fardos emocionais que não te cabem, que foram projetados, transferidos ou impostos.

É um processo delicado, mas necessário.
Porque só quando abrimos espaço, podemos, de fato, nos acolher.

Cuidar de si é também aprender a se libertar.

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Psicóloga Patricia Queirós de Sousa

05/08/2025

“Tenho medo do futuro, Snoopy...”
“Então volte para o presente. É tudo o que você tem.”

O medo do futuro, tão comum na clínica, costuma refletir uma tentativa de controlar o incerto, o invisível e o que ainda não se deu. Nessa angústia, muitas vezes nos afastamos do único tempo possível de ser vivido: o agora.

Na Psicologia Fenomenológica Existencial, o tempo é vivido de forma que o passado, o presente e o futuro não são apenas marcos cronológicos, mas experiências que habitam o ser humano em sua existência concreta.

Estar no presente não significa ignorar o futuro, mas reconhecer que a existência se realiza momento a momento. É no presente que o sujeito escolhe, sente, sofre, ama e transforma-se. O convite ao aqui e agora não é um conselho simplista — é um retorno à própria presença, à escuta de si, aos sentidos que emergem quando deixamos de fugir.

Como psicoterapeuta, ao acolher o medo do futuro, não oferecemos respostas prontas. Acompanhamos o outro a reconhecer sua liberdade, sua responsabilidade e sua potência diante da vida que pulsa... hoje.

Psicóloga Patricia Queirós de Sousa

02/08/2025

"Toda vez que você evoluir, sua vida antiga tentará te chamar de volta.
Não atenda!"
(autor desconhecido)

Essa frase fala sobre um movimento sutil, mas muito comum: o desconforto da mudança.

Ao crescer emocionalmente, você deixa para trás velhos padrões, relacionamentos que já não cabem mais, lugares que não fazem mais sentido. Mas o antigo, por ser familiar, pode tentar te seduzir de novo.

É nessa hora que você precisa se lembrar de quem está se tornando.
Acolha o medo, mas siga.
A vida nova exige coragem, presença e escolhas conscientes.

Não é sobre rejeitar o passado, mas sobre não permitir que ele te prenda onde você já não pertence. Assuma as rédeas de sua vida!

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Psicóloga Patricia Queirós de Sousa

02/08/2025

"Cada um tem o seu tempo."
Nem tudo precisa acontecer agora.
Nem todos vão seguir o mesmo ritmo.
E tá tudo bem.

Respeitar o próprio tempo é um ato de autocuidado.
Se hoje você só conseguiu dar um passo, que bom… já é movimento.

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Psicóloga Patricia Queirós de Sousa