13/10/2025
Lembro dessa foto como se fosse ontem. Estávamos em um casamento, e minha amiga era daminha. O fotógrafo queria tirar fotos dela no jardim, mas ela estava morrendo de vergonha. Minha mãe conta que eu me sentei no banquinho e disse para ela: “Faz assim, Diana!” fiz pose e o fotógrafo acabou tirando a foto de mim.
Eu fui uma criança curiosa, falante, questionadora, mas ao mesmo tempo era tímida e um pouco medrosa.
A medida em que a gente cresce, um fenômeno estranho acontece, parece que a gente começa a ter medo de errar, passamos a nos preocupar muito com o que os outros vão pensar e automaticamente, vamos ficando presos ao medo e a vergonha, ao mesmo tempo em que paramos de mos divertir.
Essa foto sempre me lembra que, mesmo com medo ou vergonha eu posso enfrentar o que vier. Que eu não sei de tudo e nunca vou saber e que isso não é um problema. Que eu vou errar e acertar, que eu posso e devo me divertir mais, mesmo com todas as responsabilidades da vida adulta. E que a seriedade do trabalho e da vida, não podem apagar o encantamento de olhar o mundo como se fosse a primeira vez.
Como diz no livro O Mundo de Sofia: “Na ponta do pelo de um coelho nascem todas as crianças. Elas se encantam com tudo que veem, tudo é mágico e extraordinário. À medida que envelhecem, vão afundando lentamente até a base do pelo, e por lá ficam confortáveis no comodismo, presas ao mais do mesmo, sem coragem de subir outra vez.”
Desejo que você nunca perca essa capacidade de se encantar com a vida, de rir, de se divertir como uma criança, de errar e não se envergonhar por isso, de enfrentar o medo e de perceber as coisas extraordinárias que acontece todos os dias.
As crianças tem muito para nos ensinar, não as percamos de vista, tão pouco, não as percamos dentro de nós! ✨
Com amor, da minha criança para a sua
Tatiane 💛