08/12/2025
Ao ver essa foto, passando diante da roda gigante, lembrei-me de um dos ensinamentos da filosofia budista: a vida também gira nesse eixo invisível onde alegria e dor se entrelaçam - o que é chamado de dukkha. Corremos tentando segurar o instante feliz, tentando apressar o instante difícil, mas a roda não obedece a comandos. Ela apenas gira. E não gira para nos punir, mas para nos lembrar da impermanência. Por um bom tempo associei impermanência ao que é ruim; hoje em momentos de desespero percebo a dádiva que é ter ciência de que a dor também é por enquanto, ela é impermanente. Assim como meus passos naquele asfalto, tudo segue em movimento.