04/11/2025
Há nós que unem e há nós que aprisionam.
Em cada relação, existe algo que nos enlaça: afetos, desejos, faltas e repetições.
Mas nem sempre sabemos se estamos de mãos dadas… ou amarrados.
Quantas vezes o “nós” esconde o medo do “eu”?
Quantas vezes o vínculo é apenas o disfarce de um velho enredo, onde buscamos costurar a falta que o outro não pode preencher?
Os nós se formam no invisível: no olhar que pede, na palavra que fere, no silêncio que acusa.
E é preciso coragem para desatar o que se repete, reconhecer o que nos prende, e talvez, aceitar que alguns nós não se desfazem… apenas se transformam.
Porque amar é também suportar o movimento: o aperto, o laço, o afrouxar.
É permitir que o “nós” exista sem que o “eu” desapareça.
Entre nós e os nós, existe o trabalho de se reconhecer.
E isso, talvez, seja o verdadeiro laço do amor. 🦋