Psicanalista Michelle Gomes Trindade Matos

Psicanalista Michelle Gomes Trindade Matos Psicanalista Clínica e Didata

Há nós que unem e há nós que aprisionam.Em cada relação, existe algo que nos enlaça: afetos, desejos, faltas e repetiçõe...
04/11/2025

Há nós que unem e há nós que aprisionam.

Em cada relação, existe algo que nos enlaça: afetos, desejos, faltas e repetições.

Mas nem sempre sabemos se estamos de mãos dadas… ou amarrados.

Quantas vezes o “nós” esconde o medo do “eu”?

Quantas vezes o vínculo é apenas o disfarce de um velho enredo, onde buscamos costurar a falta que o outro não pode preencher?

Os nós se formam no invisível: no olhar que pede, na palavra que fere, no silêncio que acusa.

E é preciso coragem para desatar o que se repete, reconhecer o que nos prende, e talvez, aceitar que alguns nós não se desfazem… apenas se transformam.

Porque amar é também suportar o movimento: o aperto, o laço, o afrouxar.

É permitir que o “nós” exista sem que o “eu” desapareça.

Entre nós e os nós, existe o trabalho de se reconhecer.

E isso, talvez, seja o verdadeiro laço do amor. 🦋

Há quem enxergue apenas o gesto cruel.A pedra lançada, a palavra cortante, o silêncio que fere.Mas poucos suportam olhar...
12/09/2025

Há quem enxergue apenas o gesto cruel.

A pedra lançada, a palavra cortante, o silêncio que fere.

Mas poucos suportam olhar além — para o vazio que antecede o ato, para as cicatrizes que moldaram aquela violência.

Quem agride não nasce pronto para ferir.

Carrega dentro de si fantasmas antigos, dores não ditas, um passado que insiste em gritar.
Nada disso apaga a responsabilidade. Nada disso torna o mal menor.

Mas lembrar que há uma história por trás do agressor é reconhecer a tragédia humana em sua forma mais nua: a dor que não foi acolhida se transforma em dor que é devolvida.

O humano é contraditório, frágil e imprevisível.
Julgar é fácil, mas compreender exige coragem: coragem de ver que até na escuridão pulsa a marca de uma ausência de luz.

Até na violência mais fria, pulsa a marca de uma dor que não encontrou voz. 🦋

Ser psicanalista é fazer morada no enigma,é abrir espaço para o outro existir — sem moldá-lo, sem calá-lo.É atravessar s...
06/05/2025

Ser psicanalista é fazer morada no enigma,
é abrir espaço para o outro existir — sem moldá-lo, sem calá-lo.
É atravessar sombras, inclusive as próprias,
e seguir escutando… com ética, com afeto, com presença.

Parabéns a cada um que, como eu, escolheu escutar o indizível.
Que habita o silêncio sem pressa,
acolhe a dor sem fórmulas,
e sustenta o tempo do sujeito florescer.

Parabéns a nós, que trabalhamos com o que escapa,
com o que falta,
com o que insiste.

Hoje, não apenas celebro um ofício — celebro um modo de estar no mundo.
Reverencio o caminho que me atravessa e me refaz.
E estendo esse reconhecimento a você, que também se deixa transformar
a cada encontro, a cada silêncio, a cada escuta.

Feliz Dia do Psicanalista!

Semana passada, fomos surpreendidos pela partida muito precoce de um grande colaborador para a saúde mental. Uma notícia...
14/04/2025

Semana passada, fomos surpreendidos pela partida muito precoce de um grande colaborador para a saúde mental. Uma notícia que dói. Dói porque nos lembra que mesmo aqueles que estudam a dor humana, que acolhem o sofrimento do outro com escuta e presença, também estão vulneráveis.

Profissionais da saúde mental não são imunes. Nós também sentimos medo, solidão, esgotamento, dúvidas… Também enfrentamos nossos próprios abismos.

Por isso, mais do que nunca, precisamos falar sobre autocuidado emocional para quem cuida. A terapia não é apenas uma ferramenta de formação — é um espaço de sustentação, elaboração e continência.

Se você é profissional ou estudante da área e sente que está difícil segurar tudo sozinho, saiba: não precisa. Você também merece ser cuidado.

Porque cuidar de si não é egoísmo — é compromisso com a vida.

Se esse texto ressoou em você, precisamos conversar sobre isso! 🦋

Se a ansiedade sempre formasse hematomas ou a depressão deixasse cortes aparentes, será que olharíamos para o sofrimento...
07/04/2025

Se a ansiedade sempre formasse hematomas ou a depressão deixasse cortes aparentes, será que olharíamos para o sofrimento psíquico com mais compaixão?

Na sociedade, muitas vezes, validamos apenas aquilo que enxergamos. O corpo quebrado recebe cuidado, mas a mente em colapso é silenciada com um “isso é só frescura” ou um “seja mais forte”. No entanto, o sofrimento psíquico é tão real quanto qualquer ferida aberta—ele apenas não sangra aos olhos.

Na psicanálise, entendemos que o sintoma é um pedido de escuta. E talvez a maior cura que possamos oferecer ao outro seja justamente essa: a disposição de ouvir, sem julgar, sem minimizar. Afinal, não é a visibilidade da dor que determina sua legitimidade, mas sim a experiência de quem a sente.

Que possamos exercitar a empatia não pelo que vemos, mas pelo que sabemos que existe, mesmo que invisível. 🦋

Nem sempre aquilo que sentimos encontra palavras. Às vezes, o que não conseguimos dizer, nosso corpo expressa, nossos há...
31/03/2025

Nem sempre aquilo que sentimos encontra palavras. Às vezes, o que não conseguimos dizer, nosso corpo expressa, nossos hábitos denunciam e nossas escolhas revelam.

O silêncio fala na insônia que insiste em roubar o sono, na ansiedade que aperta o peito sem explicação, no padrão de relacionamentos que sempre se repete. Ele se manifesta na procrastinação que nos impede de avançar, no estômago que dói sem motivo aparente, na raiva que explode por algo pequeno, mas que carrega uma carga muito maior.

O inconsciente não se cala – ele apenas encontra outras formas de ser ouvido.

A psicanálise nos convida a decifrar esses sinais, a ouvir o que está além das palavras e a dar sentido ao que parece ilógico. Porque quando ignoramos o que sentimos, isso não desaparece – apenas encontra outro caminho para se manifestar.

E você, já parou para ouvir o que seu silêncio quer dizer? 🦋

Você já percebeu como, em certas situações, reagimos de forma desproporcional? Como se, por um instante, deixássemos de ...
24/03/2025

Você já percebeu como, em certas situações, reagimos de forma desproporcional? Como se, por um instante, deixássemos de ser adultos e voltássemos a sentir aquela mesma angústia, aquele medo ou aquela dor da infância?

Isso acontece porque a criança que fomos ainda vive dentro de nós. Ela não desaparece com o tempo. Suas dores não são esquecidas, apenas silenciadas. Mas o inconsciente tem memória – e quando menos esperamos, aquela voz antiga volta a falar.

Ela se manifesta na insegurança que sentimos ao receber uma crítica, no medo do abandono que surge mesmo em relações estáveis, na dificuldade de dizer “não” e até na necessidade de provar constantemente o nosso valor.

A psicanálise nos ensina que, para crescermos de verdade, precisamos escutar essa criança. Não para reviver a dor, mas para acolhê-la e dar a ela o que faltou.

Quando ouvimos essa voz com compaixão, deixamos de ser reféns do passado e nos tornamos protagonistas do presente. Afinal, a criança que um dia fomos merece um adulto que a cuide – e esse adulto somos nós mesmos. 🦋

Desde pequenos, aprendemos a nos virar sozinhos. Crescemos ouvindo que ser forte é não precisar de ninguém. Que pedir aj...
17/03/2025

Desde pequenos, aprendemos a nos virar sozinhos. Crescemos ouvindo que ser forte é não precisar de ninguém. Que pedir ajuda é sinal de fraqueza. E assim, seguimos pela vida carregando pesos que não precisaríamos carregar sozinhos.

Mas de onde vem essa dificuldade? Às vezes, é o orgulho. O medo de parecer incapaz. Outras vezes, é a crença de que ninguém poderá nos entender de verdade. Ou talvez, lá no fundo, tenhamos medo de nos decepcionar… de estender a mão e não encontrar apoio.

A verdade é que pedir ajuda exige coragem. Significa reconhecer limites, aceitar que não damos conta de tudo, abrir espaço para o outro entrar. E isso pode ser assustador. Mas também pode ser libertador.

Você não precisa enfrentar tudo sozinho. Se permitir ser cuidado não é fraqueza - é um ato de amor próprio. 🦋

Quantas vezes você disse “tanto faz” quando, na verdade, importava? Quando queria escolher, mas o medo de desagradar fal...
10/03/2025

Quantas vezes você disse “tanto faz” quando, na verdade, importava? Quando queria escolher, mas o medo de desagradar falou mais alto? Quando preferia ficar, mas achou mais fácil partir?

O “tanto faz” pode parecer indiferença, mas muitas vezes esconde uma desistência silenciosa. A desistência de expressar o que se sente, de ocupar espaço, de ser visto.

Pode ser que, em algum momento, você tenha aprendido que seu desejo não importava tanto assim. Que era mais seguro calar do que enfrentar o risco de um “não”. E assim, aos poucos, foi se acostumando a engolir vontades, a aceitar o que vem, a apagar-se para caber no mundo do outro.

Mas até quando?

O que você cala não desaparece. Só se acumula. Só se transforma em angústia, em frustração, em um cansaço que nem sempre você entende de onde vem.

Talvez seja hora de perguntar: o que realmente importa para você? O que você gostaria de dizer quando solta um “tanto faz”?

Porque sentir importa. E sua voz merece ser ouvida. 🦋

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