01/04/2025
O inconsciente é parte do discurso concreto, como transindividual - a trama do outro, da qual não nos livramos - que falta à disposição do sujeito para restabelecer a continuidade de seu discurso consciente (LACAN, 1953, p. 260).
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A realidade do discurso é autônoma justamente por conta do simbólico, que permite os equívocos se movimentarem.
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O que ensinamos o sujeito (aqui sujeito do ics e não o indivíduo, ok) a reconhecer como seu inconsciente é a sua história. Uma historicização dos fatos que determinaram a vida do sujeito, aquilo que já existia antes mesmo dele nascer.
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Uma análise que é transindividual visa uma retificação subjetiva e o sujeito (ics) vai muito além do que o indivíduo experimenta “subjetivamente”: vai exatamente tão longe quanto a verdade que ele pode atingir, e que talvez saia dessa boca que você já acaba de fechar outra vez (ob.cit., p. 266).
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Vivianne Parente
Psicanalista