24/11/2025
Olá, desejantes!
Hoje quero falar sobre algo um pouco mais pessoal. Nas últimas semanas, tenho vivido momentos de reflexão que me deixaram mais introspectivo. E, observando melhor, percebi que estava caindo numa armadilha que vejo muito na clínica: eu não estava me dando tempo.
Tempo para sentir o que eu realmente precisava sentir.
Tempo para respirar o que estava passando por mim.
Tempo para não “ficar bem rápido”, mas para me ouvir.
Eu estava mais preocupado em voltar a postar, em manter o ritmo, em seguir funcionando — do que em escutar o que meu próprio corpo e minha própria história estavam tentando me contar.
É curioso como fazemos isso: confundimos “melhorar logo” com “cuidar de si”.
Só que acelerar o processo emocional é como enxugar gelo — você até se ocupa, mas no final sobra só uma poça… seja de água, seja de sentimentos que você tentou pular.
Percebi que, para além de reconhecer a dor, é preciso escutá-la.
Dar espaço para que ela saia da timidez e diga por que veio, o que quer mostrar, que caminho aponta.
Às vezes, a dor não é um obstáculo — é uma indicação.
Um pedido de pausa.
Um chamado para reorganizar o mundo interno antes de voltar para o mundo de fora.
E tem sido disso que eu tenho me lembrado:
Não é só sobre sofrer menos,
é sobre me permitir sentir o suficiente para me reconstruir melhor.