03/12/2025
A dermatite atópica não tem cura, mas tem tratamento.
E quanto mais cedo entendemos essa condição, melhor cuidamos da pele e reduzimos as crises.
Gosto sempre de explicar que o objetivo não é “acabar com a doença”, mas manter a barreira cutânea íntegra pelo maior tempo possível.
Quando a pele está bem hidratada e os gatilhos são reconhecidos, as crises se tornam mais espaçadas e menos intensas. Tenho pacientes que permanecem estáveis por anos.
Com o tempo, a família aprende a identif**ar o que faz a pele reagir e a se preparar para momentos previsíveis de piora.
Alguns fatores que baixam o limiar inflamatório da pele são muito comuns nos primeiros anos de vida e passam despercebidos: o nascimento dos dentes, infecções, resfriados e até vacinações. Esses eventos podem sensibilizar temporariamente a pele e desencadear coceira ou vermelhidão.
Nessas fases, reforçar a hidratação faz diferença.
Não é “milagre”, é fisiologia: quando fortalecemos a barreira da pele, ela reage menos e se recupera melhor. A dermatite atópica acompanha a criança, mas não precisa comandar a rotina.
Com cuidado diário, conhecimento dos gatilhos e um plano individualizado, é possível viver muitos meses ou anos, sem crise.
Dra. Camila Batista • Alergista, Imunologista e Pediatra
**aDraCamila