03/09/2025
Os tumores renais são crescimentos celulares anormais que podem ser benignos ou malignos. Entender a diferença entre esses tipos é fundamental para o diagnóstico e o tratamento. Com os avanços em exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada, muitos desses tumores são descobertos incidentalmente, ou seja, durante exames realizados por outros motivos, o que contribui para um diagnóstico mais precoce.
Os tumores renais podem ser classificados em dois grupos principais:
- Tumores benignos: Não se espalham para outras partes do corpo (metástase). Embora não sejam cancerosos, podem necessitar de tratamento se crescerem o suficiente para causar sintomas ou comprometer a função renal. Os tipos mais comuns incluem o angiomiolipoma, composto por tecido adiposo, muscular e vasos sanguíneos, e o oncocitoma, que se forma a partir das células renais.
- Tumores malignos (câncer): Têm a capacidade de se espalhar para outros órgãos. O tipo mais frequente é o carcinoma de células renais (CCR), que responde por aproximadamente 90% dos casos de câncer de rim. Dentre os subtipos de CCR, o mais comum é o carcinoma de células claras, que representa 70% a 90% dos casos.
A diferenciação entre tumores benignos e malignos, principalmente os pequenos, é um desafio, muitas vezes exigindo uma biópsia ou a remoção do tumor para análise histológica. O diagnóstico precoce é crucial, pois aumenta as chances de cura. A detecção incidental, proporcionada pelo uso rotineiro de exames de imagem, tem sido um fator positivo nesse cenário.
Apesar do câncer de rim ser um dos tipos mais frequentes, com uma estimativa de 12 mil novos casos anuais no Brasil, a evolução do diagnóstico e do tratamento tem melhorado o prognóstico. O foco atual em terapias mais direcionadas e abordagens cirúrgicas minimamente invasivas, como a cirurgia robótica, contribui para a preservação do órgão e uma recuperação mais rápida, o que é um avanço significativo para os pacientes.