Ely Carvalho - Fisioterapia

07/10/2025

11/09/2025

Vamos imaginar que as sementes são os tratamentos, e o terreno o seu organismo.

Se o terreno não está preparado — com sono desregulado, alimentação desequilibrada e sedentarismo —, a chance dessa semente germinar diminui.

O sono, especialmente, é a base que sustenta todo o processo de recuperação. Sem ele, o corpo não responde como poderia.

Por isso, antes de pensar apenas no tratamento, é essencial cuidar do terreno. Assim, a semente tem muito mais chance de florescer 🌱

08/09/2025

O agulhamento seco é um recurso bastante utilizado no tratamento da síndrome miofascial,mas é importante entender: ele não funciona da mesma forma em todos os casos.

Nos estágios em que existem pontos gatilhos musculares bem definidos e o sistema nervoso ainda não está tão sensibilizado, o agulhamento pode trazer excelentes resultados:

Reduz a dor localizada
Diminui a tensão muscular
Facilita o retorno às atividades

Já em quadros crônicos e muito sensibilizados, o agulhamento seco isoladamente pode não ser o recurso mais indicado.

Nesses casos, o tratamento precisa ser mais abrangente, envolvendo outras estratégias.

E vale lembrar: se o paciente tem fobia de agulhas, existem outras técnicas ef**azes que podem ser aplicadas.

O mais importante é respeitar cada caso e cada pessoa.

Cada paciente é único — e a escolha da técnica depende do momento em que ele se encontra no processo de dor.

05/09/2025

Você já ouviu falar em sensibilização central? 🤔

Ela acontece quando o sistema nervoso f**a mais “alerta” do que deveria e passa a amplif**ar os sinais de dor.

Isso explica por que algumas pessoas continuam sentindo dor mesmo depois que o tecido já cicatrizou ou quando os exames não mostram nada alterado.

Importante: isso não signif**a que a dor é psicológica ou inventada. A dor é real, mas envolve mudanças na forma como o cérebro e o corpo processam os sinais.

A boa notícia é que esse processo pode ser controlado com tratamento adequado, combinando recursos como fisioterapia, exercícios, mudanças de hábitos e, em alguns casos, apoio multiprofissional.

19/08/2025

✨ Nesse fim de semana testei uma receita de bolo de banana . Parece só uma sobremesa, mas na verdade também é uma forma de autocuidado.

Momentos como cozinhar sem pressa, ler um livro, caminhar ao ar livre ou cuidar das plantas ajudam a regular nosso sistema nervoso, reduzir o estresse e podem influenciar diretamente no controle da dor e de disfunções como a DTM, cefaleias e até o zumbido.

Cuidar de si não é só tratar a dor — é também criar espaços de bem-estar no dia a dia.

E você, qual é o seu jeito favorito de praticar autocuidado?

18/08/2025

Quando se fala em bruxismo, muita gente pensa logo em “ranger os dentes à noite”.

Mas nem todo bruxismo acontece no sono.

Bruxismo do sono: geralmente associado a episódios de ranger ou apertar os dentes durante o sono, muitas vezes ligado a microdespertares e alterações na atividade do sistema nervoso central.

Bruxismo em vigília: acontece enquanto estamos acordados, quando a pessoa mantém a mandíbula contraída ou os dentes encostados sem perceber — algo comum em situações de foco ou estresse.

Essas duas manifestações são condições diferentes, com mecanismos próprios, mas têm algo em comum:

Estão muito mais relacionadas a processos do sistema nervoso central do que a problemas nos dentes.

Por isso, o bruxismo hoje não é visto apenas como uma “doença dos dentes”, e sim como uma atividade muscular regulada pelo SNC, que em algumas pessoas pode até não trazer consequências, mas em outras gera dor, fadiga, desgaste e distúrbios do sono.

Já percebeu se você aperta mais os dentes durante o dia ou à noite?

14/08/2025

Você sabia que existe um músculo dentro do ouvido que pode causar dor, zumbido, ouvido tampado e até tontura?
Ele se chama tensor do tímpano e, quando f**a contraído por muito tempo — por barulhos súbitos, tensão, estresse ou problemas na mandíbula/pescoço — pode desencadear a Síndrome Tônica do Tensor do Tímpano.

Esse quadro pode virar um ciclo vicioso, aumentando a sensibilidade dos nervos e espalhando a dor para outras regiões da cabeça e pescoço.

Cuidar da musculatura, controlar o estresse e proteger-se de sons intensos ajuda.

A avaliação com um otorrinolaringologista é essencial para confirmar o diagnóstico e indicar o tratamento certo.

01/08/2025

Você já ouviu falar em mobilidade torácica no contexto da dor cervical crônica?

Na prática clínica, é comum encontrar pacientes com dor no pescoço que não apresentam uma limitação signif**ativa na cervical — mas que têm a coluna torácica rígida e pouco funcional.

A torácica participa da movimentação global do tronco e tem ligação direta com o comportamento mecânico e postural da cervical.
Se essa região está restrita, a cervical acaba compensando — e isso pode alimentar a dor crônica.

Estudos mostram que trabalhar a mobilidade torácica ajuda a:

Reduzir a intensidade da dor
Melhorar o movimento cervical
Diminuir a sensibilidade dos nervos periféricos
Otimizar a função do sistema musculoesquelético

Ou seja: olhar para além do local da dor faz diferença.

29/07/2025

Comecei a ter crises de enxaqueca aos 17 anos.
Dores que me levavam à emergência e que me acompanharam por anos.

Foi então na faculdade, que descobri que além da enxaqueca, tinha DTM.

Nesse momento, comecei a entender melhor o que estava acontecendo — e a perceber que parte das dores vinha da mandíbula, dos músculos da cabeça e do pescoço.

O tratamento com fisioterapia mudou minha história. E, mais do que isso, me ajudou a escolher meu caminho profissional.

Hoje, ajudo pacientes com dores parecidas com as que já senti.

E isso faz toda a diferença.

💬 Você também convive com crises de enxaqueca? Já investigou a relação com a DTM e a tensão muscular?

25/07/2025

Essa é uma das perguntas que mais escuto no consultório quando começo a explicar sobre essa técnica.

E a resposta é: sim, funciona — desde que bem indicada e feita por profissionais habilitados.

Estamos falando de uma técnica baseada em evidências, usada principalmente para tratar a dor miofascial, aquela dor muscular persistente, com pontos dolorosos que podem irradiar para outras regiões.

Em 2017, uma revisão sistemática publicada no JOSPT analisou diversos estudos e concluiu que o agulhamento seco, quando feito por fisioterapeutas, reduz a dor e melhora a função em diferentes condições musculoesqueléticas.

Mas é importante lembrar: agulhar não é resolver tudo com uma agulha.

A técnica funciona melhor quando inserida dentro de um plano de tratamento que envolve movimento, orientação e mudanças no estilo de vida.