15/10/2025
Nos últimos anos, um consenso internacional (2018) redefiniu o bruxismo como um comportamento (ou atividade parafuncional), e não como uma doença em si. Ele pode ser normal em certas pessoas, mas em outras, quando excessivo ou em presença de outros fatores, torna-se um fator de risco para problemas orofaciais, desgaste dentário, dor, disfunção têmporo-mandibular etc.
Primário x Secundário
• Primário: é quando o bruxismo aparece “por si só”, sem uma causa médica óbvia, embora fatores como estresse, neurotransmissores, genética, qualidade do sono, sistema nervoso autônomo estejam envolvidos. 
• Secundário: quando o bruxismo decorre ou é agravado por outra “doença primária” ou condição, por exemplo: uso de certos medicamentos, distúrbios do sono, transtornos de ansiedade, apnéia do sono, ou condições neurológicas. Nesse caso, tratar ou controlar a causa primária pode reduzir muito o bruxismo.
Quando o comportamento bruxista provoca prejuízos ou incômodos, ou está vinculado a uma causa secundária, as estratégias baseadas nas evidências incluem:
• Placa oclusal / placa estabilizadora: para proteger dentes, reduzir o desgaste dentário, aliviar os efeitos mecânicos. Não elimina o bruxismo em si, mas reduz danos. 
• Intervenções musculares e de fisioterapia: alongamentos, relaxamento ou liberação muscular.
• Abordagens psicológicas / manejo de estresse: terapia cognitivo-comportamental, técnicas de relaxamento, identificar gatilhos emocionais. 
• Acupuntura, compressas, métodos físicos: embora existam menos estudos fortes, há relatos e alguns ensaios sugerindo benefícios, especialmente nos sintomas de dor e tensão muscular. 
• Tratar condições associadas/primárias: se houver apneia do sono, distúrbios neurológicos, uso de medicação que contribui, etc, controlar essas condições pode reduzir o bruxismo secundário.