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Neiva Balestreri

Psicóloga 🧠 CRP: 08/23234
Ajudo pacientes a transformarem sua intimidade! Membro da SBRASH

02/12/2025

Na virada do ano pode surgir a necessidade de rever pendencias. É o momento em que, sistemicamente, somos confrontados com as 'tarefas de desenvolvimento' que deveriam ter sido cumpridas em 2025.

A crise do casal, por exemplo, muitas vezes não é sobre a meia que ficou fora do lugar, mas sobre a frustração com os projetos não realizados em conjunto (a viagem, a mudança de casa, a melhora financeira, as expectativas individuais).

A família sente que "falhou" porque não conseguiu fechar o ciclo de forma satisfatória. E essa frustração se manifesta em irritabilidade, culpa, brigas constantes, desentendimentos e decepção mútua.

O erro é buscar culpados, e não soluções sistêmicas.

Já pensou em fazer o "balanço de 2025" da família. Olhamos para o que foi realizado, o que ficou pendente e, o mais importante, por que o sistema não conseguiu cumprir o que se propôs. Isso exige um olhar honesto para os padrões de comunicação e as lealdades invisíveis que podem estar sabotando os objetivos.

Comece 2026 com o sistema limpo. Essa observação emocional da sua família é importante para que as promessas de Ano Novo tenham chance de se concretizar.

Para você, o fim do ano desperta tensão ou sentimento de dever cumprido? 💡

09/11/2025

Muitas pessoas sofreram – e ainda sofrem – com a morte de parentes, amigos e familiares e têm dificuldade de enfrentar o luto. No livro - Terapia Familiar do Luto: da Morte à Vida, Moises Groisman sugere alternativas de rituais de despedida para que o luto seja superado.

Sobretudo quando a morte chega de surpresa, é possível amenizar as dores da perda com a orientação de um terapeuta - e algumas ferramentas são importantes nesse processo.

“A ocorrência da morte – de acordo com a sua forma: precoce, tardia, esperada, e o papel que o falecido desempenhava na família ou casal -, produzirá repercussões emocionais de maior ou menor grau (…). Sugiro que seja feita uma cerimônia de despedida, através de um terapeuta familiar especializado, com os envolvidos nesse processo”, destaca Groisman que é um dos precursores da Terapia Familiar no Brasil.

Ressignificar a dor, a perda e entender esse processo é importante para quem vive o luto. Busque informações sobre a Terapia o Luto.

07/11/2025

A terapia do luto não se limita a aliviar a dor da perda — ela ajuda a reconstruir significados, vínculos e identidades afetadas pela ausência.

Na perspectiva sistêmica, o luto não ocorre apenas dentro de uma pessoa, mas no sistema de relações em que ela está inserida. Quando alguém parte ou algo se vai, todo o campo familiar se reorganiza: funções mudam, papéis se redistribuem, e emoções reprimidas podem emergir como sintomas.

A terapia oferece um espaço seguro de integração, onde o enlutado pode:
Nomear o que sente, validando o sofrimento;
Reconfigurar o vínculo com quem se foi, sem precisar romper com o passado;
Encontrar sentido e continuidade, transformando dor em crescimento;
Restaurar o equilíbrio familiar, evitando que o luto se torne um trauma transgeracional.

Em essência, a terapia do luto não apaga a perda — mas permite que ela se transforme em presença simbólica, capaz de gerar maturidade, empatia e reconexão com a vida.

05/11/2025

O luto é frequentemente associado à morte, mas ele se estende a diversas situações que envolvem perda. Reconhecer essas perdas é essencial para um processo de ressignificação.

Cada uma dessas situações acima descritas - envolve uma perda significativa que merece ser reconhecida.

03/11/2025

A morte e a perda são experiências humanas, universais e transformadoras.
Froma Walsh nos lembra que, embora todos enfrentem perdas - o luto é único — moldado pelo tipo de vínculo, pelas circunstâncias e pelo significado atribuído à ausência.

Na visão sistêmica, o luto não pertence apenas ao indivíduo, mas ao campo relacional que o sustenta.
Cada perda reverbera como uma onda no sistema familiar, desorganizando papéis, funções e expectativas que antes mantinham o equilíbrio.

A ausência de alguém exige uma nova configuração: quem cuidava passa a ser cuidado; quem sustentava o grupo deixa um vazio que precisa ser redistribuído.

O luto, então, se torna um processo de reorganização — emocional, social, cultural e espiritual — que redefine o pertencimento e revela vínculos que antes estavam invisíveis.

A dor da perda é proporcional ao significado que aquilo que se perdeu tinha na vida pessoa.

30/10/2025

NOSSO TEMPO JUNTOS PASSAMOS ''SEPARADOS''

Não é o tempo separado que destrói — é o tempo que não tem mais significado.
Quando o casal já não busca prazer na presença um do outro, o relacionamento entra na fase da “vida paralela”.

A terapia convida a olhar para o que cada um está tentando preservar ao se afastar emocionalmente: autonomia, proteção, silêncio...

🌿 Às vezes a desconexão é apenas o jeito mais fácil de pedir para ser visto.

26/10/2025

Quando o diálogo se torna perigoso, o silêncio passa a ser defesa.
Esse é um dos sinais de “retraimento emocional” — quando o casal deixa de tentar.
Por trás do silêncio, existe medo: de não ser ouvido, de ser ridicularizado ou de reabrir feridas.
Mas o silêncio também é um sintoma — o sistema dizendo: “Não aguentamos mais desse jeito.”

O que deixamos de dizer não desaparece — apenas se transforma em distância.

25/10/2025

Por trás da amargura, quase sempre há luto pelo que foi perdido.
Casais que se distanciam emocionalmente começam a conviver com pequenas dores diárias: o toque que não vem, a falta de olhar, a ausência de curiosidade.
A amargura é uma frustração não dita.
Quando conseguimos falar da dor sem acusar, abrimos espaço para que o vínculo se reorganize.

🌿 Já pensou em reparar algo que tem frustrado a sua relação para buscar uma reconexão genuina?

24/10/2025

Quando a rotina desorganizada ocupa o espaço total, o casal se transforma em uma equipe logística, não em um vínculo vivo.
Na terapia entendemos que esse “distanciamento” emocional é o sintoma de um vínculo sem trocas, onde cada um sobrevive dentro de sua própria bolha. Se não observada, a rotina esmaga o relacionamento.

O amor precisa de contato, e o contato exige presença para o amor.
AQUI A INTENÇÃO É A CHAVE PARA UM CASAL CONECTADO!

🌿 Coabitar não é o mesmo que se encontrar com quem se ama.

22/10/2025

Conversar sem propósito — apenas para existir junto — é o oxigênio dos relacionamentos.
Quando tudo se torna tarefa, o casal perde o espaço simbólico da escuta e da partilha.
A ausência de tempo compartilhado não é falta de agenda, é falta de prioridade emocional.
Gottman chama isso de erosão conjugal, um estágio do afastamento afetivo.
O amor não se perde de uma vez — ele se apaga quando deixamos de nos olhar.

19/10/2025

Muitos casais entram em crise pelo choque entre a bagagem emocional que cada um carrega e a vida real — com suas imperfeições, limites e frustrações.
Cada parceiro traz um sistema de crenças, modelos familiares e roteiros invisíveis sobre o que é amar, cuidar e ser amado. Idealizam uma vida a dois, e nem sempre ela acontece como se sonha.
É o famoso pensamento: “Não pensei que seria assim.”

Entendemos que o conflito não pertence só ao casal — ele se alimenta de um campo maior: histórias de origem, família, rotina, filhos, trabalho, cultura, gênero, fé e até lealdades herdadas.

As crises em um relacionamento precisam ser olhadas a partir da expectativa de cada um.

🌿 O amor amadurece quando deixamos de lutar contra o outro e começamos a traduzir o que nos formou.

Negociar entre o sonho e o possível é o que torna o vínculo humano — e não idealizado.

18/10/2025

John Gottman passou décadas estudando casais e conseguiu prever, com mais de 90% de precisão, quais relações estavam destinadas ao divórcio.
O segredo? Microexpressões e padrões emocionais sutis — críticas veladas, olhares de desdém, falta de curiosidade genuína e silêncio defensivo. Os quatro cavaleiros do apocalípse evidentes( veja os 4 posts anteriores) .

Segundo ele, não é o conflito que destrói o amor, mas a forma como o casal se desconecta durante o conflito.

A crise começa quando a conversa deixa de ser ponte e passa a ser muro.
Antes que o amor acabe, ele se torna inaudível.

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