01/09/2025
O pedido de ajuda nem sempre vem com a voz. Às vezes, ele é um silêncio que grita, um olhar que se apaga, uma ausência que se faz presente.
A dor que leva ao limite é, muitas vezes, invisível aos olhos apressados. Ela se disfarça na rotina, mas deixa rastros. Vaza pelas frestas de uma força que está se esgotando, em frases que carregam o peso de um mundo e que jamais deveriam ser ignoradas.
Aprender a ler as entrelinhas do sofrimento é um ato de responsabilidade coletiva.
É ouvir "eu gostaria de sumir" e entender o desejo de apagar a dor, não a vida.
É ouvir "não tenho mais esperança" e enxergar um futuro que se tornou uma parede.
É ouvir "sinto uma dor que não passa" e compreender um sofrimento que transcendeu o corpo.
Ignorar esses sinais, tratá-los como drama ou esperar que passem sozinhos, é fechar uma porta que pode ser a única saída. Sua escuta pode não trazer a solução, mas ela representa algo fundamental: a conexão. É ser a ponte segura até a ajuda profissional.
Não desvie o olhar. Não subestime uma frase. Sua atenção pode ser o ponto de virada.
Esteja atento. Ofereça uma escuta sem julgamentos e incentive ativamente a busca por um profissional. A prevenção ao suicídio começa quando decidimos, como sociedade, enxergar a dor do outro.
Se precisar, peça ajuda. Se perceber os sinais, ofereça ajuda.
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