28/06/2020
💥A dor é a causa mais frequente de procura dos serviços de saúde e de absenteísmo ao trabalho.
☑ A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor estima que cerca de 60 milhões de brasileiros tenham queixas de dor persistente. Acredita-se que somente 1 em cada 4 pacientes com dor crônica receba tratamento adequado, o que é um grande fator de contribuição para a cronificação.
☑ De uma forma geral, os profissionais de saúde entendem a dor como uma resposta de que algo não está funcionando bem no corpo. Por isso, frequentemente, a dor é associada a um dano real de tecidos do corpo (lesão tecidual) e a uma doença ou patologia, considerando-se que tratar essas condições controlará a dor. Esse modelo é chamado de biomédico, explica bem a dor aguda.
☑ Porém, com sua persistência, entende-se a dor como um problema crônico de saúde (alguns até chamam de doença crônica), com menor probabilidade de existir uma relação entre “causa e efeito”, ou seja, entre lesão tecidual e dor. Para isso, o modelo biopsicossocial aplica-se diretamente à dor crônica.
☑ O modelo que melhor explica os diversos fatores contextuais envolvidos na dor, principalmente na dor crônica, é o chamado modelo biopsicossocial. Ele valoriza a integração entre o paciente e o terapeuta, bem como o estado geral de saúde. Fatores biológicos, psicológicos e sociais relacionam-se diretamente ou indiretamente aos quadros de dor.
⭐O modelo biopsicossocial vem sendo usado como base há, pelo menos, duas décadas para o tratamento multidisciplinar e interdisciplinar da dor. Porém, nos dias de hoje, a dor ainda é vista apenas como resultado de doenças e patologias, para as quais é utilizado o modelo biomédico de avaliação e tratamento.
❌Eis o GRANDE ERRO!!!
🎯Referências:
1) Mata MS, Costa FA, Souza TO, Mata ANS, Pontes JF. Dor e funcionalidade na atenção básica à saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2011.
2) World Heatlh Organization. Neurological disorders: public health challenges. Geneva: WHO Press; 2006.