21/11/2025
Somos as únicas criaturas na Terra capazes de alterar nossa própria biologia através do que pensamos, sentimos e alimentamos em silêncio no coração. Cada célula do seu corpo observa seus estados internos e responde a eles, como alunos atentos ao professor invisível da consciência.
Quando a mente mergulha na tristeza profunda, o corpo se retrai. O sistema imunológico perde vigor, as defesas se enfraquecem e tudo parece mais pesado.
Mas quando você sereniza, quando respira com inteireza, quando permite que a paz toque seus centros vitais, algo extraordinário acontece: seu corpo floresce.
A alegria, mesmo discreta, é uma farmácia aberta.
A simples memória de uma dor antiga é capaz de liberar novamente os mesmos hormônios destrutivos do estresse. É como reviver tempestades passadas dentro de um céu que já está limpo. Suas células metabolizam cada experiência, cada interpretação, cada emoção. Elas mudam conforme você muda, porque sua biologia é moldada pela lente com que enxerga a si mesmo e o mundo.
Quando a alma se agita, neurotransmissores se alteram, hormônios se elevam, o sono perde ritmo, e até a superfície das células se torna mais propensa ao desgaste. Suas lágrimas também falam: lágrimas de dor têm uma composição diferente das lágrimas de alegria.
Mas tudo isso se transforma quando você entra no território da calma. A serenidade é um regenerador natural. Ela reorganiza, renova, desinflama, reconstrói. Há estudos que mostram que até o envelhecimento desacelera quando o espírito encontra repouso.
Quer saber como está seu corpo hoje? Observe o que você pensou e sentiu ontem.
Quer saber como estará seu corpo amanhã? Preste atenção no que está pensando e sentindo agora.
Ao abrir o coração e a mente, você impede que a vida precise abri-los à força. O remédio está em você. A cura também. Ela se move na direção dos seus pensamentos, responde à sua forma de amar, ao que você guarda e ao que decide libertar.
A doença muitas vezes nasce daquilo que ignoramos em nós mesmos. A saúde também. E a grande lembrança é esta: você não é o que pensa que é, mas o que pensa e sente sem perceber.
A cura começa quando você escolhe se escutar.