07/12/2020
A grande queixa na retomada dos exercícios físicos durante esse período de pandemia tem sido a necessidade do uso de máscaras em ambientes públicos. E, infelizmente, isso faz com que muitos se desestimulem a realizar exercícios. 👉Não há como negar que, a princípio, essa ideia é de fato incômoda: um estudo com máscaras cirúrgicas e N95 demonstrou que o desconforto e rendimento foi pior ao avaliar diversas variáveis num exame de ergoespirometria, porém não houve prejuízo na capacidade cardíaca, na oxigenação e nos níveis de CO2 (gás carbônico). Como imaginado, o resultado foi pior com a N95, que não deve ser utilizada em exercício. 👉Um outro estudo recente avaliou as trocas gasosas em pessoas saudáveis e com doença pulmonar obstrutiva, uma doença associada a piora de trocas gasosas, com máscaras cirúrgicas, numa caminhada de 6 minutos. O estudo foi claro: não há alterações nas trocas gasosas mesmo em pessoas já com doença pulmonar prévia e o desconforto tem provável origem em reações neurológicas ou psicológicas (o q não muda o fato dele existir). O estudo cita que a máscara N95 pode até aumentar o CO2 em pessoas saudáveis, mas em níveis que não geram nenhuma consequência. 👉A conclusão é: não podemos negar que há desconforto no exercício e piora de rendimento; por isso novas tecnologias vem sendo desenvolvidas. No entanto, as máscaras não geram nenhum prejuízo pulmonar, nem em exercício, nem no dia-a-dia e, diante da situação que vivemos, são imprescindíveis no combate à pandemia. Ref1: Fizenker. Clin Res Card; Ref2: Samannan. Annals ATS.