15/09/2025
Na clínica, especialmente no início, muitos de nós buscamos segurança nos protocolos. Eles são essenciais: estruturam, validam cientificamente e nos dão direção. Mas (ironicamente) quando exigimos demais, eles podem aumentar a autocobrança, roubar nossa espontaneidade e até prejudicar a relação terapêutica.
A verdade é que não existe protocolo capaz de substituir a força de uma relação genuína. Beck, Padesky, Linehan, FAP, até Yalom… todos reforçam que a autenticidade do terapeuta é parte essencial do processo.
✨ Isso significa que ser humano, se permitir adaptar, se expressar de forma estratégica e compassiva, também é terapêutico.
E para conseguir sustentar essa postura, precisamos cultivar algo fundamental: a autocompaixão.
Autocompaixão não é permissividade. É reconhecer nossas limitações, cuidar de nós mesmos e lembrar que não precisamos ser perfeitos para sermos eficazes. Aliás, sermos “bons o bastante” já é suficiente, e é isso que cria espaço seguro para o cliente florescer.
📌 Então, talvez a grande pergunta não seja “Será que estou seguindo o protocolo certo?”, mas sim:
👉 “Estou presente, humano e compassivo o suficiente para este encontro?”
💡Não tem como oferecer mais do que o nosso melhor aos nossos clientes. E esse “melhor” só acontece quando cuidamos de nós mesmos também.