Dr. Danilo Borges

Dr. Danilo Borges Psiquiatria, Medicina, Transtorno Bipolar de Humor, Saúde Mental.

Conviver com alguém que tem Transtorno de Personalidade Borderline não é simples.E quase ninguém fala sobre o quanto os ...
05/12/2025

Conviver com alguém que tem Transtorno de Personalidade Borderline não é simples.
E quase ninguém fala sobre o quanto os familiares sofrem também.

Sofrem tentando entender mudanças bruscas de humor.
Sofrem com medo de ferir.
Sofrem pisando em ovos.
Sofrem tentando ajudar, mesmo quando se sentem completamente perdidos.
Sofrem amando alguém que vive tudo no volume máximo.

E nada disso é “falta de amor”.
É excesso de carga emocional.

Família também adoece quando carrega tudo sozinha.
E família também precisa de limites, descanso e apoio.

Se você acompanha alguém com TPB, lembre-se disso:

- Você não é responsável pelas emoções dele(a).
- Você não tem a obrigação de consertar ninguém.
- Você também merece cuidado.
- E pedir ajuda não é fraqueza, é necessidade.

A recuperação nunca acontece isolada.
Mas ela começa quando cada um, paciente e família, aprende a se cuidar sem se perder.

Se esse conteúdo fez sentido, compartilhe com alguém que vive essa realidade.

Ninguém deveria passar por isso sem orientação.

04/12/2025

Muita gente ainda pensa que lítio é “remédio de bipolaridade”. E sim, ele é um dos pilares do tratamento do transtorno bipolar. Mas essa é só uma parte da história.

Na prática clínica, o lítio tem um papel muito maior. Ele pode aumentar a resposta de antidepressivos em casos resistentes, ajuda a reduzir risco de recaídas e, em alguns pacientes, diminuir pensamentos suicidas. É um dos poucos medicamentos com evidência real nesse ponto.

O que faz diferença é saber quando usar, como usar e como monitorar. Lítio não é um medicamento para ser iniciado sozinho. Precisa de acompanhamento, exame de sangue, checagem de rim e tireoide, ajuste fino da dose. Quando bem indicado, ele muda trajetórias.

A gente fala pouco sobre isso. Mas talvez o lítio esteja salvando muito mais vidas do que muitos imaginam.

Você também achava que ele era usado só para bipolaridade?

Nos últimos anos, criamos um hábito perigoso:transformar qualquer desconforto em diagnóstico.E isso tem um preço.Quando ...
03/12/2025

Nos últimos anos, criamos um hábito perigoso:
transformar qualquer desconforto em diagnóstico.

E isso tem um preço.

Quando tudo vira transtorno, nada é levado a sério.
A fronteira entre quem eu sou e o que eu tenho f**a borrada.

E isso confunde pacientes, famílias… e até profissionais.
Traços não são doenças.
Traços são JEITOS de ser. Preferências, tendências, estilos.
Todos nós temos os nossos.

O transtorno aparece quando isso ganha força demais,
quando te prende, te limita, te causa sofrimento, e começa a interferir na vida real: relacionamentos, trabalho, sono, rotina, planos.
É impacto + intensidade + prejuízo.
Sem isso, não é transtorno.
É vida.

E o que mais falta hoje não é diagnóstico.
É escuta.
É contexto.
É entender a história antes de rotular.

Só assim a gente devolve sentido ao diagnóstico, segurança ao paciente e responsabilidade ao nosso trabalho.

O autismo em mulheres pode ser muito diferente do que vemos em homens — e é por isso que tantos casos passam despercebid...
24/11/2025

O autismo em mulheres pode ser muito diferente do que vemos em homens — e é por isso que tantos casos passam despercebidos.

Enquanto o modelo clássico de TEA foi construído a partir de comportamentos masculinos, muitas mulheres aprendem a se adaptar, a mascarar sinais e a funcionar “por fora” muito melhor do que realmente estão “por dentro”.

O resultado?
- Subdiagnóstico.
- Diagnósticos tardios.
- E uma vida inteira tentando explicar sensações que nunca fizeram sentido.

21/11/2025

Fluoxetina x Sertralina: 3 diferenças que ninguém te conta

Apesar de serem da mesma classe, elas não se comportam igual na prática.

A fluoxetina tem mais risco de interações medicamentosas, porque bloqueia enzimas do fígado. Em pacientes polimedicados, isso muda o jogo. A sertralina costuma ser mais segura nesse ponto.

A sertralina, por outro lado, dá mais diarreia nas primeiras semanas. Às vezes não é grave, mas interfere no dia a dia e pode piorar quadros como intestino irritável.

No apetite, acontece o inverso: a fluoxetina costuma reduzir o apetite no início — muita gente perde peso. A sertralina quase não faz isso. Em depressões com perda de apetite, ela tende a ser uma escolha melhor.

Antidepressivo não é tudo igual. Cada um tem seu estilo.

Se quiser que eu compare outras medicações, comente aqui embaixo.

19/11/2025

Fazer diagnóstico de depressão parece fácil.
Mas é justamente aí que muitos profissionais escorregam.

Na semana passada, atendi uma paciente com todos os sinais clássicos:
choro, anedonia, queda funcional, indisposição…
Qualquer pessoa diria: depressão.

Mas quando investiguei episódios de mania/hipomania, vieram relatos claros de hipomania passada.
O diagnóstico deixou de ser “depressão” e passou a ser Transtorno Bipolar tipo 2.
E isso muda tudo no tratamento.

Regra de ouro para profissionais:
Antes de fechar diagnóstico de depressão, sempre investigue história de mania ou hipomania.
Se você não perguntar, você não encontra.
E o paciente paga o preço com um tratamento errado.

17/11/2025

Esquizofrenia ou Borderline?
Parece parecido… mas não é.

Esquizofrenia
É uma doença com evolução marcada e uma quebra da curva vital.
Podem surgir delírios, alucinações, pensamento e comportamento desorganizados, além de sintomas negativos (retraimento, redução da motivação).

Transtorno de Personalidade Borderline
É um padrão de funcionamento, não uma ruptura do desenvolvimento.
Marcado por medo intenso do abandono, tristeza crônica, instabilidade, impulsividade e relacionamentos intensos.
Podem aparecer sintomas psicóticos, mas curtos e ligados ao estresse, sem continuidade.

15/11/2025

Duas mulheres, o mesmo diagnóstico, tratamentos totalmente diferentes.

E é exatamente assim que deve ser.

Caso 1: 42 anos, tristeza persistente, anedonia, insônia, culpa… mas também dor crônica.
Nesse cenário, a duloxetina faz todo sentido: atua na depressão e nos sintomas dolorosos, modulando serotonina e noradrenalina.

Caso 2: 35 anos, quadro depressivo semelhante, mas agora com comprometimento cognitivo (atenção, memória, tomada de decisão).
Aqui, a vortioxetina é a melhor escolha — além de antidepressiva, melhora funções cognitivas.

Mesmo diagnóstico ≠ mesmo tratamento.

A psiquiatria clínica exige olhar o fenótipo, o padrão de apresentação, e não apenas o nome do transtorno.

13/11/2025

“Diagnóstico psiquiátrico = Remédio”

Muitas pessoas acham que o tratamento psiquiátrico se resume somente a medicações.

Mas o tratamento não necessariamente vai envolver uso da medicação.

12/11/2025

Vortioxetina + Bupropiona?

Sim. É uma associação possível, mas tem que tomar cuidado.

A bupropiona é um inibidor potente da CYP2D6, principal via metabólica da vortioxetina. A coadministração aumenta as concentrações plasmáticas de vortioxetina o que pode elevar o risco de efeitos adversos relacionados à vortioxetina, como náusea, cefaleia e sintomas serotoninérgicos.

Ao associar vortioxetina com inibidores potentes de CYP2D6 como a bupropiona, a dose de vortioxetina seja reduzida pela metade.

Sobre amar alguém com Borderline.
06/11/2025

Sobre amar alguém com Borderline.

Muitos profissionais incríveis sentem que estão estagnados — mesmo se dedicando profundamente à clínica.O que poucos per...
04/11/2025

Muitos profissionais incríveis sentem que estão estagnados — mesmo se dedicando profundamente à clínica.

O que poucos percebem é que a clareza diagnóstica pode ser o divisor entre uma carreira instável… e uma trajetória próspera e segura.

Esse carrossel mostra por que acertar o diagnóstico cedo transforma tudo — inclusive sua agenda e seu valor.

Link na bio.

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Rua 1123, N° 359, Setor Marista
Goiânia, GO
74175070

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