17/08/2021
A saga da competitividade- nem sempre óbvia- pode estar mais frequente em sua vida do que você imagina.
Quem nunca escutou um elogio por ter sido o espermatozoide vencedor? Parece ridículo e é. Só usei como contexto para ressaltar que a competição é nossa companheira desde a concepção. Quando criança, competimos com nossos irmãos no pique-pega. Nas amizades, competimos a maior atenção dos amigos e, no trabalho, a do chefe. Levamos o espírito competidor para o casamento e até para a maternidade/paternidade.
Você compete com as pessoas ao seu redor (não estou perguntando, é uma afirmação mesmo).
Competir não precisa ser acompanhada de perversidade e definitivamente não se resume ao dualismo vitória x derrota.
A valer, a competitividade é natural do ser humano e pode ser muito benéfica quando desejamos nossa evolução e o autoaperfeiçoamento. Nós, enquanto espécie, só estamos onde estamos por conta dela. O problema surge quando vivemos em constante estado de alerta e sentimos estar em uma eterna competição com os outros. Vira um looping irreal e tóxico para a nossa saúde mental.
Sendo assim, é importante entender: você não vai eliminar a competitividade, mas pode se blindar dos seus efeitos negativos. Tenha em mente que as relações humanas, mesmo as afetuosas, não são necessariamente livres de competitividade. Elas, na verdade, incorporam essa condição para o benefício de ambas as partes.
Quer exemplo? As medalhas de ouro divididas entre amigos nas Olimpíadas, após uma justa disputa no salto em altura masculino. Ambos competiram, se forçaram ao máximo, mas não deixaram isso ser mais relevante do que a relação humana.
E você, como enxerga essa competição?