06/10/2020
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No surto do coronavírus, a Educação Física poderia ser parte da solução e ajudar as pessoas a serem saudáveis física e psicologicamente. Mas muitos preferiram ser parte do problema, disseminando pânico, atacando segmentos e profissionais. Isso afastou muitos das atividades físicas e deixou outros com medo de retornar, mesmo após a liberação oficial.
Para tentar ajudar, fizemos um estudo com especialistas em atividade física e infectologistas de instituições do Brasil, Reino Unido, Espanha e Itália (Gentil et al., 2020) e aqui resumo alguns pontos. 1) segurança. É importante limpar materiais (álcool 70%, peróxido de hidrogênio 0,5% ou hipoclorito de sódio 1%), reforçar a higiene individual (evitar tocar olhos, nariz e boca), e distanciamento (1 a 1,5m para atividades leves e ≥2m para intensas). Outros cuidados importantes são a renovação do ar e controle de acesso (termômetros, limpeza das mãos e pés, etc.). 2) imunidade. A relação entre adoecimento e exercício segue uma curva em “J” (sedentarismo aumenta o risco, quantidades adequadas a reduzem e excesso aumenta mais que sedentarismo). Portanto, quem estiver sob risco de adoecer deve evitar atividades de longa duração e de alto estresse metabólico. 3) sistema respiratório. Como o uso de máscara é obrigatório em muitos locais, é recomendável controlar o estresse respiratório, usando aeróbios de baixa intensidade, tiros com menos de 10s e séries de musculação com ≤6 reps. 4) equipamento e espaço. Treine com doses mínimas e exercícios básicos, para reduzir a permanência e deslocamento no espaço e o manuseio desnecessário de objetos.
Partes dessas recomendações estão contempladas com sobras nos protocolos de reabertura das academias e afins, já os demais dependem da boa orientação profissional. Isso dá tranquilidade para quem gosta de academia, como eu. Para quem não gosta, treinar em casa ou espaços abertos é uma ótima opção. Escolha o que for mais agradável e prático para você, mas não ceda ao pânico ou desinformação, pois os protocolos de segurança e as possiblidades de adaptação dos treinos estão muito bem fundamentados. Lembre-se: o sedentarismo é uma das piores