01/10/2025
Muitas vezes estamos tão engolidos pela correria do dia a dia que acabamos funcionando no piloto automático. Fazemos o que precisa ser feito, mas sem realmente parar para ver e ouvir nossos filhos.
E quando isso acontece, corremos o risco de enxergar apenas o comportamento e não a necessidade que está por trás dele. Às vezes, um choro é um pedido de acolhimento; uma birra é um pedido de atenção; um silêncio é um pedido de escuta.
As crianças não precisam apenas de comida, roupas e escola. Elas precisam sentir que são vistas, ouvidas e amadas. Precisam do nosso olhar que diz: ‘você é importante para mim’.
Por aqui, na tentativa de minimizar o caos do dia a dia, decidimos cortar alguns compromissos da agenda deles e, consequentemente, da nossa também. Eu acreditava que isso traria mais leveza, mais tempo, mais espaço para estarmos juntos.
Mas quando finalmente consegui parar para contemplar de verdade, percebi que não era isso que estava pesando. O que faltava não era apenas menos atividades… o que faltava era eu estar de fato presente, mesmo quando já estava ali, ao lado deles.
Presente com meu olhar, com minha escuta, com minha atenção. Porque presença não é apenas dividir o mesmo espaço, é estar inteira de corpo e coração. Esse foi o meu maior aprendizado: não basta reduzir a agenda, é preciso aprender a estar.
Que possamos, no meio da correria, dar alguns segundos de pausa, baixar na altura delas, olhar nos olhos e ouvir de verdade. Esses pequenos gestos constroem vínculos eternos.
Então eu repito: já olhou com carinho para sua criança hoje? Se ainda não, este é o momento perfeito para começar.”