28/05/2025
Dia mundial do Brincar.
Para a psicanálise brincar é coisa séria!
O psicanalista André Green nos faz refletir sobre o desafio que é lidar com a realidade externa, a qual é horrorosa demais. E, questiona como tolerar a realidade sem o brincar?
Refiro-me ao horror que o mês de maio também enuncia. Maio vem colorido pela luta, que ainda evidencia, em pleno século XXI, as violências sexu@is perpetradas contra bebês, crianças e adolescentes. Na luta contra a cultura da violência e suas tipologias, estão os movimentos sociais, promovidos por Fóruns da Criança e do Adolescente, instituições da Rede de Garantia dos Direitos infantojunvenis. Garantir que a violência não se repita... em casa, na escola, na rua, na vida.
O brincar, diante a complexidade do ser e existir do sujeito, atravessado pelo contexto social, econômico, político, cultural e espiritual me parece um desafio. Desafio este deslocado pelo brincar.
Para o pediatra e psicanalista Winnicott, o brincar é em si uma atividade terapêutica.
Brincar promove deslocamentos. É preciso se deslocar. No cotiadiano com crianças e adolescentes, não se aplica teorias. A gente vive, pensa, atua, constrói e inventa novos caminhos através e por meio do brincar. Brincar com e brincar junto. Deixar -se se conduzido em uma dança transferencial.