22/12/2021
Bebeu todas e mandou mensagens de saudade para algum ex? Deu em cima de metade da turma da sala na última festa? E ainda contou seus segredos para todo mundo? E acordou com a maior cara de tacho… Que barra, hein. Ainda bem que existe "alguém" para assumir a culpa: o álcool. Mentira, a culpa é sua mesmo, o etanol só deixa vir a tona aquilo que já estava no seu emocional, apenas freado pela razão.
O álcool não tira sua habilidade de entender e saber direitinho o que você está fazendo. Ele só anula os sentimentos de culpa, remorso e vergonha. Ou seja, mesmo embriagado, você só faz e fala o que sempre teve vontade de fazer, mas nunca o fez por medo ou insegurança.
Quando a bebida alcança o córtex, ela afeta primeiramente o córtex pré-frontal, o etanol potencializa a ação do GABA, o principal neurotransmissor inibitório do cérebro, causando inibição desse local. Essa região é a que controla nossos impulsos, desejos e vontades, e aí quando é inibida pelo álcool, surge a sensação de euforia e alegria e, geralmente, a pessoa se sente menos inibida e f**a mais falante, ainda sem prejuízo do raciocínio. Depois de mais algumas doses, no entanto, o efeito da bebida passa a ser exatamente o oposto: o papudim f**a deprimido e começa a perder a coordenação motora e parte dos sentidos. Isso acontece porque, em concentrações maiores, o álcool interfere na ação do principal neurotransmissor excitatório do cérebro, o glutamato.
Ao atingir os lobos parietal e temporal, tem-se outros problemas. A pessoa pode cometer um desatino, como cruzar um sinal vermelho. Quando chega ao lobo occipital, responsável pela visão e equilíbrio, torna-se difícil f**ar em pé e andar direito. A vista embaça. O cerebelo coordena nossos movimentos. Quando a região é atingida pelo álcool, a coordenação f**a bastante comprometida. O tronco encefálico controla a respiração. O álcool demora a afetar essa área, mas, quando chega, leva à inconsciência e ao coma, por insuficiência respiratória e cardíaca. A única defesa do corpo, então, é provocar um desmaio para o sujeito parar de beber.