04/08/2019
Só por hoje
4 de agosto Quando um segredo não é um segredo?
“Os adictos tendem a levar vidas secretas(...) É um alívio nos livrarmos
de todos os segredos e partilharmos a carga do nosso passado”.
Texto Básico, p. 35
Ouvimos dizer que “a nossa doença é do tamanho dos nossos segredos”. O que mantemos em segredo, e por que?
Mantemos em segredo aquelas coisas que nos causam vergonha. Podemos nos agarrar a tais coisas porque não queremos abrir mão delas. Mas, se nos causam vergonha, será que não viveríamos com mais tranqüilidade se nos livrássemos delas?
Alguns de nós se agarram às coisas que nos causam vergonha por outra razão. Não é que não queremos nos livrar delas; simplesmente não acreditamos que podemos nos livrar delas. Elas nos atormentam por tanto tempo, e tentamos tantas vezes nos livrar delas, que perdemos a esperança de alívio. Mas continuam a nos envergonhar e continuamos a mantê-las em segredo.
Precisamos nos lembrar quem somos: adictos em recuperação. Nós, que por tanto tempo tentamos manter o nosso uso de dr**as em segredo, libertamo-nos da obsessão e da compulsão de usar. Apesar de muitos de nós gostarem do uso até o final, de qualquer maneira buscamos recuperação. Simplesmente não podíamos agüentar o tributo que o nosso uso estava nos cobrando. Quando admitimos nossa impotência, e procuramos ajuda de outros, o peso de nosso segredo foi retirado de nós.
O mesmo princípio se aplica a quaisquer outros segredos que possam estar pesando sobre nós. Sim, a nossa doença é do tamanho de nossos segredos. É somente quando nossos segredos deixam de ser segredos que podemos começar a encontrar alívio daquelas coisas que nos causam vergonha.
Só por hoje: Meus segredos podem em adoecer se permanecerem como segredos. Hoje, eu vou conversar com meu padrinho, ou minha madrinha, sobre os meus segredos.