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Psicóloga Clínica | Psicoterapia de Orientação Psicanalítica
Atendimento Presencial e Online
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Muito se fala sobre a importância de se sentir bem sozinha, de ser uma boa companhia para si mesma e de se priorizar aci...
19/11/2025

Muito se fala sobre a importância de se sentir bem sozinha, de ser uma boa companhia para si mesma e de se priorizar acima de tudo. Mas, como é possível sustentar o autocuidado onde nenhum tipo de relação aparece? É possível se cuidar 100% do tempo, sozinho?

Depois da pandemia - e principalmente, escutando os meus pacientes pós pandemia - eu percebo a importância da relação. Somos seres sociáveis, a gente sobrevive através das relações de cuidado. Nascemos e fomos cuidados por alguém que permitiu a nossa sobrevivência - esse é o início.

Não estou dizendo que não se priozar e não gostar da própria companhia está errado, muito pelo contrário, é fundamental - inclusive para sabermos onde podemos e onde vamos encontrar um outro que cuide e saiba cuidar.

Por exemplo, como sair de um relacionamento abusivo sem ter uma rede de apoio? Sem ter uma amiga pra falar “eu tô te sentindo estranha, tá tudo bem?” A gente se questiona através do outro, também. Por isso concordo com o Drauzio quando ele diz que as relações precisam, sim, de manutenção e esforço continuo.

O vínculo reduz danos - e pode salvar vidas.

Muito se fala sobre a importância de se sentir bem sozinha, de ser uma boa companhia para si mesma e de se priorizar aci...
18/11/2025

Muito se fala sobre a importância de se sentir bem sozinha, de ser uma boa companhia para si mesma e de se priorizar acima de tudo. Mas, como é possível sustentar o autocuidado onde nenhum tipo de relação aparece? É possível se cuidar 100% do tempo, sozinho?

Depois da pandemia - e principalmente, escutando os meus pacientes pós pandemia - eu percebo a importância da relação. Somos seres sociáveis, a gente sobrevive através das relações de cuidado. Nascemos e fomos cuidados por alguém que permitiu a nossa sobrevivência - esse é o início.

Não estou dizendo que não se priozar e não gostar da própria companhia está errado, muito pelo contrário, é fundamental - inclusive para sabermos onde podemos e onde vamos encontrar um outro que cuide e saiba cuidar.

Por exemplo, como sair de um relacionamento abusivo sem ter uma rede de apoio? Sem ter uma amiga pra falar “eu tô te sentindo estranha, tá tudo bem?” A gente se questiona através do outro, também. Por isso concordo com o Drauzio quando ele diz que as relações precisam, sim, de manutenção e esforço continuo.

O vínculo reduz danos - e pode salvar vidas.

Essa semana tivemos um feriado de finados (que sempre foi lembrado pois era o aniversário de uma grande amiga que falece...
05/11/2025

Essa semana tivemos um feriado de finados (que sempre foi lembrado pois era o aniversário de uma grande amiga que faleceu há 2 anos atrás) e que me fez mergulhar em algumas leituras sobre a morte e o luto.

Esse livro fala sobre a dor que é quando uma criança adoece, e morre; (não queria dar spoiler, mas se é sobre luto, vai ter morte, infelizmente). Uma criança pode morrer? Em que mundo isso é possível?

Essa leitura pode se tratar de um tema pesado, mas ela é escrita com um tanto de doçura. Pra mim, que nasci no Rio Grande do Sul, rodeada de rodas de chimarrão com a família e os vizinhos, a leitura me trouxe uma certa nostalgia gostosa; uma lembrança daquilo que se constrói em roda. Mesmo quem não gosta de chimarrão, participa da roda. As crianças estão na roda, os adultos e os idosos - e todos compartilham a mesma cuia, puxando a bomba um pouco pra cá ou um pouco pra lá, afim de desentupir ou desafogar a bomba. Ou as mágoas.

Uma criança lidando com o luto de perder uma criança, ou melhor, um irmão. Esse é o livro. E quando o tema é luto, tudo f**a muito singular. Impossível algo dessa escrita não doer em algum lugar do corpo. O signif**ado é particular, é da existência de cada um. Dito isso: pode ser um bom livro pra curar - ou pra desafogar.

(A próxima dica vai ser um livro para ler com roupas leves e tênis, nas férias de dezembro, prometo)!

Às vezes é bom dar uma sumidinha, né? Um mergulho, uma pausa, um intervalo - pra mim, faz (e fez) muito sentido. E é iss...
03/11/2025

Às vezes é bom dar uma sumidinha, né? Um mergulho, uma pausa, um intervalo - pra mim, faz (e fez) muito sentido.

E é isso que tenho escutado de quem me acompanha virtualmente aqui e, por privilégio da vida, me encontrou pessoalmente e pode dizer: “eu gosto da tua escrita, porque ela não é de todo dia, ela é de quando algo te toca”. E eu concordei - é exatamente isso.

Poderia compartilhar aqui como foi fazer uma outra mudança de casa em um ano? Poderia. Queria? Não. Eu tava vivendo a mudança. Eu tava vivendo os novos cenários de Florianópolis e os desafios que se camuflam no meio do mar azul.

Atendi muito nesses últimos meses. Estudei muito também. Queria compartilhar algo dizendo que eu ainda estava atendendo e que não tinha fechado a agenda só porque parei de postar aqui; mas, aos poucos, também entendi a insignificância disso.

A legenda com “A vida acontecendo”, seguida de várias fotos vividas sem dia, data e horário ganharam o meu coração nesses últimos meses. Algo me fez retornar a esse espaço que sempre f**a aberto (acredito muito que seja as trocas que só se dão por aqui, infelizmente) e aqui estou: me contradizendo na fala de não compartilhar e escrevendo um texto com mil carácteres.

:)

Amanhã temos o dia dos namorados e não é sobre isso que eu vim escrever por aqui - mas talvez esse dia tenha me lembrado...
11/06/2025

Amanhã temos o dia dos namorados e não é sobre isso que eu vim escrever por aqui - mas talvez esse dia tenha me lembrado cartas de amor? Pode ser, mas o assunto é sobre o amor (e, de alguma forma, acaba sempre sendo).

No último mês me peguei esgotada das redes sociais. De tantos anúncios, informações, propagandas, descontos, vídeos acelerados e tanta coisa que cabe dentro desse universo em descom(passo). Passos sem fim; passos sem pausa.

De que forma estamos cuidando do amor que transcreve a vida? O que estamos “precisando” acelerar que acaba nos fazendo falta ali na frente? Qual o custo de pedir para o ChatGPT escrever uma mensagem genérica para alguém querido?

Nesse desabafo eu vim te lembrar que o amor, para ser visto, precisa de um olhar atento. Sensível para o encontro.

E se você escrevesse uma carta de amor? Com destinatário ou sem - apenas palavras que, juntas, acabam fazendo sentir.

Desacelera • e escreve.

Desde os primeiros anos de vida, nos constituímos no reflexo do outro. O bebê sorri porque a mãe sorri. Com alguns meses...
06/05/2025

Desde os primeiros anos de vida, nos constituímos no reflexo do outro. O bebê sorri porque a mãe sorri. Com alguns meses ele se reconhece no espelho, mas só valida sua imagem quando o outro, ou seja, um olhar de fora, confirma: “esse é você”.

Na vida adulta, isso se repete; com curtidas, visualizações, elogios, validações externas e por aí vai… Do mesmo modo, é a partir desse olhar do outro que nos perguntamos constantemente: “será que estou indo bem?” “Será que estou sendo aceita dessa forma?” Ou ainda “será que o outro me vê?”

Na psicanálise, o olhar do outro nunca é neutro. Ele nos constitui e - cheio de “sugestões” desse outro - nos aprisiona; f**amos dependentes da imagem que devolvem de nós. Nos perdemos tentando nos encontrar, ou melhor, nos perdemos tentando fazer com que o outro nos encontre.

O outro não vai encontrar para nós o que desejamos - já não somos mais crianças. Existe um limbo entre o que eu gostaria de fazer por mim e o que o outro gostaria que eu fizesse. Então, não esqueça de se olhar no espelho e se reconhecer - e não só de ser visto pelos olhos do outro. (Afinal, quem seriam?)

_______________

Camila Moraes - CRP 07/40135
Psicóloga e Psicanalista

- Tu sonha muito, Chico… - Foi a morte que me ensinou. O tempo de sonhar é em cima da terra. A cabeça do santo é um livr...
26/04/2025

- Tu sonha muito, Chico…
- Foi a morte que me ensinou. O tempo de sonhar é em cima da terra.

A cabeça do santo é um livro escrito por uma mulher cearense apaixonada e influenciada pela literatura de Gabriel Garcia Marquez. A partir disso, já coloquei na minha lista imaginando que algo bom surgiria por aí.

O livro tem um ritmo legal, fluido e bem humorado. Senti como se eu fosse uma criança ouvindo histórias antigas que meus avós contavam: um pequeno vilarejo onde existia uma cabeça de Santo Antônio que virou, por alguns dias, morada para Samuel, que saiu lá de Juazeiro do Norte na busca de cumprir uma promessa que sua mãe lhe confiou.

O enredo é criativo e encantador. Uma cabeça de santo que escuta as preces das mulheres da cidade. O que daria para fazer com essas informações? É com isso que Samuel se deparou - e com muitas pessoas peculiares que cruzaram o seu caminho.

Gostei. O início achei um pouquinho arrastado, mas a partir da metade do livro acabei rapidinho. Escrita bonita, história cativante e nada previsível. Já quero ler outros livros de Socorro Acioli. “Oração para desaparecer”, quem sabe?

É carrossel - só passar para o lado :)
24/04/2025

É carrossel - só passar para o lado :)

Na psicanálise, o sintoma é uma solução.Imperfeita, às vezes dolorosa — mas uma forma que o inconsciente encontrou de fa...
10/04/2025

Na psicanálise, o sintoma é uma solução.
Imperfeita, às vezes dolorosa — mas uma forma que o inconsciente encontrou de falar quando outras vias estavam bloqueadas.

Por isso, ao invés de apagar o sintoma como quem silencia um incômodo, a análise convida a escutá-lo.
Porque ele fala de nós. Do que foi recalcado, do que não pôde ser simbolizado, do que insiste em retornar.

Cultivar o sintoma não é desejar o sofrimento.
É reconhecer que ele tem uma função — e que arrancá-lo à força pode fazer o sujeito adoecer de outras formas.

Na escuta analítica, o sintoma vai se transformando.
Não por negação, mas porque, uma vez escutado, ele já não precisa gritar.

- o sintoma é como um cacto que a gente se acostumou a abraçar.

* ilustração:

Psicóloga Camila Moraes 🌱 CRP 07/30135

Para além da curva da estradaTalvez haja um poço, e talvez um castelo,E talvez apenas a continuação da estrada.Não sei n...
08/04/2025

Para além da curva da estrada
Talvez haja um poço, e talvez um castelo,
E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.

Enquanto vou na estrada antes da curva
Só olho para a estrada antes da curva,
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado
E para aquilo que não vejo.

Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada,
Esses que se preocupem com o que há para além da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.

Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva
Há a estrada sem curva nenhuma.

Endereço

Rua Edmundo Lauffer, 299, Sala 503
Igrejinha, RS

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