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Psicóloga Isabela Berghe

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Brasil
Indaiatuba, SP
Psicóloga Isabela Berghe

Psicóloga Especialista em Clínica Psicanalítica

25/11/2025

A alegria é a coisa mais séria da vida. Não aquela alegria performada, expansiva, que a gente aprende a exibir. Mas a que se sustenta por dentro, silenciosa, quase imperceptível e, justamente por isso, tão decisiva.

Ela aparece quando algo faz sentido de verdade, quando conseguimos respirar sem culpa, quando um limite é respeitado, quando deixamos de carregar o que nunca foi nosso.

A alegria que importa não é espetáculo, é direção. No consultório, vejo como ela surge nos desvios do caminho… No momento em que uma mulher enxerga o próprio cansaço sem se punir, ou quando reconhece que pode interromper a repetição de um padrão que a aprisionava. É um deslocamento discreto, mas que muda o eixo.

A alegria é séria porque reorganiza. Não com euforia, mas com clareza. Ela nos lembra do que ainda pode ser vivido com autenticidade, do que merece continuar, do que precisa ser encerrado.

Talvez cuidar da alegria seja, no fim, um gesto de precisão: escolher com honestidade o que nos sustenta e deixar ir o que nos distorce.

Com amor, Bela | Psicóloga Esp. Psicanálise 🤎

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16/11/2025

Fazer terapia não é sobre encontrar respostas rápidas. É sobre se autorizar a perguntar de novo, de outro lugar, com outra escuta.

Com o tempo, a gente percebe que crescer não é empilhar certezas, mas aprender a sustentar o não saber.

Abrir espaço para o silêncio, para o vazio, para aquilo que ainda não tem nome.

E, nessa entrega, algo se transforma. O que antes era repetição, começa a se ressignif**ar. O que era peso, vira palavra. E o que era falta, começa a se preencher de presença.

Psicoterapia é um trabalho artesanal: de ir desfazendo os nós, reconhecendo o que já não serve e costurando, com cuidado, um novo jeito de estar no mundo.

É reaprender a ser casa para si, com menos ruído, mais verdade e mais ternura.

Com amor, Bela 🤎✨

12/11/2025

Nem toda pausa é ausência de vida ⏳🍃

Hoje, ao regar uma planta, percebi 4 novos brotinhos. Poucas semanas atrás, ela parecia estagnada, como se o tempo tivesse cessado seu agir sobre ela.

Meu sogro, mais experiente e disposto, sugeriu mudá-la de vaso e levá-la para fora. Ele tomou frente do processo e fez os devidos ajustes. E foi o suficiente: ela se refez. Um novo ar, um novo espaço, e a vida voltou a se expressar! 🌱

Fiquei pensando em quantas vezes também f**amos assim… Sem conseguir crescer, sem ânimo, sem perceber que talvez o solo já não nos nutre como antes.

Às vezes, não é sobre esforço, mas sobre condição. Certas relações, contextos e modos de vida deixam de nos sustentar, e o psíquico responde com retraimento. Um tipo de pausa que também é defesa, acolhimento.

Quando algo muda (o ambiente, o olhar, o cuidado) nosso eu se reorganiza. O inconsciente, enfim, encontra passagem. E então, o novo pode nascer. Discretamente, como um broto que anuncia o retorno da vida.

Talvez hoje o convite seja esse: perceber onde a vida ainda pode florescer em você. Em quais espaços você tem se colocado? E o que neles ainda te faz respirar?

Com amor, Bela | Psicóloga Esp. Psicanálise 🤎

29/10/2025

O trecho acima é de Sérgio Vaz, poeta brasileiro, que utiliza em suas obras a palavra como instrumento transformador.

29 de Outubro: Hoje é o Dia Nacional do Livro, curiosamente celebrado na mesma data em que, séculos atrás, a corte portuguesa chegou ao Brasil e, pela primeira vez, autorizou a impressão de livros em nosso território.

A data, que poderia simbolizar liberdade, também revela o quanto o acesso à palavra sempre foi um privilégio. Ler, no entanto, é um gesto de deslocamento. É sair do lugar comum, é abrir brechas no pensamento, é permitir que o outro nos atravesse.

A literatura, quando realmente viva, não cabe em estantes sagradas. Ela provoca, desassossega, dá voz a quem, por tanto tempo, foi silenciado.
Democratizar a palavra é isso: permitir que ela circule, que chegue, que toque.

E talvez o verdadeiro sagrado esteja aí: no ato de ler com o corpo inteiro, com o que sentimos e com o que ainda podemos nos tornar.

22/10/2025

Tenho pensado muito sobre o quanto a vida se esconde nas frestas. Entre uma tarefa e outra, no instante em que o dia silencia e eu posso, por um segundo, respirar sem pressa.

Durante muito tempo, achei que estar viva era dar conta. Responder, produzir, estar sempre à altura das expectativas. Mas hoje, talvez um pouco mais cansada e também mais inteira, tenho descoberto que viver é também algo muito mais sutil.

É o frescor da manhã que me desperta, o sorriso da minha filha, o sol que entra pela janela quando eu estou cozinhando. São essas pequenas delicadezas que, de algum modo, me devolvem ao corpo, ao presente, a mim mesma.

Percebi que preciso de espaço pra cultivar o que me move, mesmo que seja só por prazer. Ter paixões regadas por pequenas alegrias não é luxo.
É o que nos ajuda a continuar.

Eis aqui um lembrete para mim (e, talvez, pra você também): estar viva diante da vida! 🥂✨

Com imenso amor, Bela

11/09/2025

Sempre que precisei de colo, o encontrei nas páginas de um livro. Eles me acompanham desde a infância… Acolhendo minhas pausas, reacendendo a magia e oferecendo ternura quando a dor parecia grande demais para caber dentro do peito. Vez ou outra, a leitura me relembra que, aqui dentro, ainda mora uma menina cheia de sonhos e encanto. 🪄✨

Resgatar e validar essa criança interna é um dos pilares fundamentais dentro do consultório. É nesse espaço de ternura e magia que, muitas vezes, reencontramos forças para seguir.

No Setembro Amarelo, falar de saúde mental é também relembrar desses refúgios que nos sustentam. Para mim, são as páginas que constroem pontes para novos mundos e também para dentro de mim mesma. Ler transforma dias comuns em aventura, cada página é um convite a universos desconhecidos e emoções inesperadas. Aqui, mesmo os instantes mais comuns se enchem de luz. 🕯️

Por fim, por acreditar que paixões assim merecem ser partilhadas, em breve nasce o Anti Social Book Club, um espaço íntimo para jovens senhoras cansadas que também desejam transformar a leitura em encontro, aconchego e partilha.

💌 Com carinho, Bela | Psicóloga Esp. Psicanálise
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28/08/2025

✍🏼 Uma vez Freud escreveu em uma carta para Jung que a psicanálise é, em essência, uma cura pelo amor. Essa frase me faz pensar no quanto cada encontro em análise é atravessado por esse amor que não se explica, mas que se sente na forma de acolhimento, presença e escuta.

👁️ É nesse espaço que o outro se percebe visto, reconhecido e sustentado para tocar em dores que sozinho não caberia suportar.

🫀 O amor, nesse sentido, não é romantizado, mas sim a base silenciosa que dá contorno e possibilita transformação. É ele que abre caminho para que cada pessoa encontre, pouco a pouco, novas formas de existir em si e no mundo.

💌 Com carinho, Bela | Psicóloga Esp. Psicanálise

14/08/2025

Tenho refletido bastante sobre o quanto algumas escolhas contribuíram com os meus dias. Ao longo dos últimos anos, fui me sentindo cada vez menos atraída por algumas redes. Em um processo natural de limpeza e desapego, fui desativando uma a uma. Adeus LinkedIn, Twitter, Instagram pessoal, Facebook, TikTok.

Hoje utilizo apenas o WhatsApp Business e essa conta, os dois voltados para o consultório e com uma brecha discreta para bobeiras pessoais. E o resultado disso? Mais tempo de qualidade e intenção em absolutamente tudo que me proponho a fazer.

O ritmo de leitura deslanchou. Os momentos com a Clarice são mais divertidos e cheios de presença. As tarefas já não se acumulam com tanta facilidade. As plantinhas recebem mais cuidado e atenção. Os encontros são mais verdadeiros.

Confesso que, as vezes, ainda me pego meio agitada com o celular na mão. Mas essa sensação logo passa e uma coisa ou outra da vida captura minha atenção. O celular f**a de lado, sempre no silencioso… E a vida nunca esteve tão nítida.

Percebi que o silêncio das notif**ações reabriu espaço para o som da vida ao redor. E, no fim, não sinto que perdi nada. Pelo contrário: ganhei tempo, leveza e uma clareza que há muito tempo eu não sentia.

Talvez a terapia seja justamente esse lugar seguro onde a gente aprende a se escutar, a perceber o que já não faz sentido e a criar coragem para abrir espaço para o novo. Um espaço para silenciar o ruído e enxergar, com mais nitidez, a vida que queremos viver.

💌 Com carinho, Isabela | Psicóloga Esp. Psicanálise

24/07/2025

O verdadeiro luxo é um sistema nervoso calmo. Não há ouro, viagem, conquista ou reconhecimento que se compare à paz de estar inteira dentro de si.

Paz não barulhenta, não performática. Mas aquela que mora nas entrelinhas: no silêncio depois do café, no suspiro que não aperta o peito, na noite que chega sem insônia, no corpo que não vive em alerta.

É o privilégio de não precisar se defender o tempo todo. De não ser empurrada para a produtividade constante, para a comparação exaustiva, para a obrigação de dar conta de tudo. É poder repousar. Confiar. Soltar os ombros.

Um sistema nervoso calmo é um corpo que não grita. É uma mente que não corre. É uma vida onde o amor próprio virou estrutura, e não cobrança.

Porque o luxo verdadeiro é viver sem que o mundo inteiro more dentro da sua ansiedade. É acordar e não se sentir em dívida com o dia, sem correr o dedo para as notif**ações. É sentir-se segura em si mesma, ainda que o resto esteja um caos.

É isso que a gente busca, no fundo. Não mais coisas. Paz.

💌 Com amor, Bela | Psicóloga Esp. Psicanálise

16/07/2025

Talvez você já tenha tentado de tudo. Respiração, chá calmante, alongamento, meditação guiada no YouTube às duas da manhã. E em alguns momentos, tudo isso até funciona. Mas em outros, parece que nada é suficiente.

O peito ainda aperta. A mente ainda acelera. E você se pergunta se tem algo errado com você. Não tem. É que existem dores que não se resolvem sozinhas. A ansiedade, quando se torna frequente e intensa, não precisa apenas de estratégia. Precisa de escuta e acolhimento qualif**ados.

Você não precisa esperar o fundo do poço para pedir ajuda. A psicoterapia não é apenas para crises agudas. É um espaço onde você aprende a se escutar de verdade. A nomear o que sente, a entender de onde vem, a lidar com os gatilhos sem tanto julgamento. E principalmente: é onde você deixa de caminhar sozinha.

Cuidar da ansiedade é também aceitar que há um limite no autocuidado feito em silêncio. Que às vezes, é no encontro com o outro que a gente começa a se reencontrar consigo mesma. Fazer terapia é uma escolha de responsabilidade, mas também de ternura. Um passo em direção a uma vida menos urgente. A ajuda existe… E ela pode começar agora!

💌 Com amor, Bela | Psicóloga Esp. Psicanálise

11/07/2025

Em alguns momentos, a inquietação nos cega para todo o resto. Sabe quando a gente nem consegue pensar direito por onde começar? Criar um ritual é como abrir uma fresta de luz no meio desse aperto. Não precisa de muito, só de um pouquinho de presença.

Um gesto escolhido por você, repetido com carinho, como quem oferece abrigo ao próprio corpo. É um lembrete de que o dia pode não estar leve, mas ainda assim você pode se cuidar dentro dele.

Quando a ansiedade vier forte, você pode se perguntar: qual é o meu ritual de hoje? E talvez a resposta esteja num chá quente, numa respiração consciente, num canto de silêncio. O ritual é um fio de volta. E mesmo que pareça pouco, ele pode resgatar a paz que se perdeu em meio a todo o resto.

💌 Com carinho, Bela | Psicóloga Esp. Psicanálise

08/07/2025

Tem dias que tudo parece apertar ao mesmo tempo. O corpo corre, mesmo quando você está parada. O peito pesa, como se uma pedra invisível tivesse se instalado ali. O mundo exige respostas, mas você mal consegue escutar a sua própria cabeça.

Nesses momentos, é comum ansiar por algo que tire logo do peito essa angústia. Mas o caminho, às vezes, começa no mais simples: respirar, mesmo que só por alguns segundos. Inspirar devagar, como quem recolhe o ar com delicadeza. Expirar longo, como quem solta o que já não cabe mais.

Pode parecer pouco, e é exatamente por isso que funciona. Quando a ansiedade toma conta, ela nos sequestra do tempo presente. A respiração consciente, então, se torna um fio de volta. Um lembrete de que o corpo está aqui, agora.

Respirar é resistir ao impulso de desaparecer dentro da própria mente. É dar ao corpo a chance que ele precisa de lembrar que existe segurança, mesmo que por instantes. E nesses instantes, algo já começa a mudar. Respirar não é solução mágica, mas é abrigo. E às vezes, tudo o que a gente precisa é de um segundo de paz para conseguir atravessar a tempestade.

💌 Com carinho, Bela | Psicóloga Esp. Psicanálise

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