25/09/2025
O torcicolo muscular congênito (TMC) é uma das principais alterações da região crânio-cervical em bebês — e, por isso, faz parte da rotina clínica de muitos fisioterapeutas.
Um recente estudo publicado no European Journal of Pediatrics comparou bebês de 4 a 6 meses com TMC (subclassificação muscular, sem incluir os tipos postural e com massa) com bebês sem a condição.
Foram avaliados o desempenho motor grosso/fino e o processamento sensorial, trazendo informações que dialogam diretamente com os desafios do consultório.
O resultado mostrou que o grupo com TMC apresentou alterações motoras sim, mas mais do que isso: até 30% dos bebês foram classificados com processamento sensorial anormal.
🔎 A discussão reforça que:
• O reflexo de endireitamento comprometido e a assimetria da cabeça podem repercutir no equilíbrio, coordenação e tônus.
• A persistência de reflexos primitivos, pode favorecer assimetrias motoras.
• Os achados não se limitam ao motor grosso: também impactam o motor fino.
• A postura assimétrica interfere em múltiplos sistemas: vestibular, visão, tato e propriocepção etc. — afetando a forma como o bebê percebe e interage com o ambiente.
👉 Ou seja, o TMC não é apenas uma alteração muscular ou postural. Ele pode modificar a forma como o bebê se move, percebe e interage com o mundo ao redor — e isso exige do fisioterapeuta uma visão clínica mais ampla e integrada.
📅 No Workshop Desenvolvimento Motor Crânio-Cervical do Bebê, vamos aprofundar como os sistemas sensoriais podem ser usados como aliados no tratamento de bebês com alterações nessa região, conectando evidência e aplicabilidade prática.
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